"Por vezes, as relações magoam as pessoas. E elas procuram, uma fuga para a solidão, encontrar um terreno mais neutro que lhes permita sobreviver. É compreensível, mas na solidão ficamos no nosso “buraco”. O que nos permite redescobrir o motivo porque estamos vivos e a razão de estarmos aqui, neste mundo é a relação com os outros. É o amor que nos salva. O reflexo do olhar encantado do outro dá-nos vontade de viver. É evidente que há pessoas que têm ...mais interioridade que outras. Não temos de andar a esvair-nos em relações superficiais. Estas não nos conduzem a lado nenhum. O que é substancial é a intimidade partilhada. Permite-nos encontrar a alegria, o entusiasmo. É claro que precisamos de momentos de reflexão e fantasia pessoal, e de nos encontrarmos connosco, de não nos deixarmos evadir pelos outros. Mas é nas relações verdadeiras que a vida tem mais possibilidade de fluir. É aí que encontramos qualquer coisa que nos dá gosto de viver, que nos leva a identificarmo-nos connosco próprios."
António Francisco Mendes Pedro
via incalculável imperfeição
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