O tal que se celebra e no dia seguinte tudo continua igual...
Ana Santos - leitora de Lilith
Trecho escolhido pela Ana e o seu gato...
"Havia na Terra um culto antigo, no Templo da Deusa, que servia de base à verdadeira iniciação do homem (…) As sacerdotisas eram mulheres livres e cientes do seu papel. Elas eram sacerdotisas do amor, mulheres altamente iniciadas e consagradas aos mistérios do Amor e da Deusa. Hoje, é precisamente o contrário (…) Sendo essas mulheres iniciadas, elas conheciam o desejo da mulher, o mais profundo. E, foi esse saber e prazer que foi nela anulado, e é dela desconhecido uma vida inteira, para que pudesse submeter-se ao prazer e vontade do homem, sem ter em conta o seu. A grande maioria das mulheres ignoram o seu próprio desejo, mas em contrapartida vivem o desejo do homem, tornando-se assim meros objetos do desejo masculino, acabando elas mesmas por serem as suas defensoras, porque não só o defendem como o exaltam
(…) esse desejo que o homem inventou como sendo dela, e que mais não é do que o imaginário masculino, pervertendo esse sentir da mulher que nunca respeita. Prazer que só uma mulher consciente de si, quando o seu desejo mais profundo, e todos os seus sentidos são despertos, ela conhece e grita dentro de si pela sua liberdade. Aí, podemos ouvir o grito que é o desejo de Lilith, esse fogo que a queima, a paixão que a arrebata e que arde à sua revelia e nela conhece o seu despertar como Mulher. Essa Mulher seduz e é o seu desejo, mistério e revelação, que o verdadeiro homem almeja, mesmo dizendo que não, porque ignorante da verdadeira mulher ele continua imaturo e preso à imagem da casta mãe-esposa e da Outra, a pecadora que ele usa, abusa e mata.
Ela nunca foi dividida nem nunca seria dividida, entre a Santa e a Pecadora, divisão que acontece posteriormente já com Eva, e depois a partir da Ascensão da Virgem imaculada, e da redenção da pecadora Maria de Magdala, porque ela está para além da dicotomia Bem e Mal."
"Havia na Terra um culto antigo, no Templo da Deusa, que servia de base à verdadeira iniciação do homem (…) As sacerdotisas eram mulheres livres e cientes do seu papel. Elas eram sacerdotisas do amor, mulheres altamente iniciadas e consagradas aos mistérios do Amor e da Deusa. Hoje, é precisamente o contrário (…) Sendo essas mulheres iniciadas, elas conheciam o desejo da mulher, o mais profundo. E, foi esse saber e prazer que foi nela anulado, e é dela desconhecido uma vida inteira, para que pudesse submeter-se ao prazer e vontade do homem, sem ter em conta o seu. A grande maioria das mulheres ignoram o seu próprio desejo, mas em contrapartida vivem o desejo do homem, tornando-se assim meros objetos do desejo masculino, acabando elas mesmas por serem as suas defensoras, porque não só o defendem como o exaltam
(…) esse desejo que o homem inventou como sendo dela, e que mais não é do que o imaginário masculino, pervertendo esse sentir da mulher que nunca respeita. Prazer que só uma mulher consciente de si, quando o seu desejo mais profundo, e todos os seus sentidos são despertos, ela conhece e grita dentro de si pela sua liberdade. Aí, podemos ouvir o grito que é o desejo de Lilith, esse fogo que a queima, a paixão que a arrebata e que arde à sua revelia e nela conhece o seu despertar como Mulher. Essa Mulher seduz e é o seu desejo, mistério e revelação, que o verdadeiro homem almeja, mesmo dizendo que não, porque ignorante da verdadeira mulher ele continua imaturo e preso à imagem da casta mãe-esposa e da Outra, a pecadora que ele usa, abusa e mata.
Ela nunca foi dividida nem nunca seria dividida, entre a Santa e a Pecadora, divisão que acontece posteriormente já com Eva, e depois a partir da Ascensão da Virgem imaculada, e da redenção da pecadora Maria de Magdala, porque ela está para além da dicotomia Bem e Mal."
Excerto do Livro de Rosa Leonor Pedro
Lilith A Mulher Primordial
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