O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, agosto 31, 2021

O medo invocado por eles está apenas começando...



′′ Devemos especialmente ter cuidado de atender demasiado em qualquer era ao que emerge como autoridade. Enquanto não tivermos conhecimento espiritual, isto pode enganar-nos seriamente. Isto é particularmente verdade numa área da cultura humana: o campo da medicina materialista. Aqui podemos discernir a influência decisiva da autoridade, e a reivindicação cada vez maior de autoridade, que é, de facto, muito mais terrível do que qualquer tipo de tirania medieval.

Encontramo-nos no meio desta tendência, que vai continuar a aumentar.
As pessoas podem zombar dos fantasmas da superstição medieval, mas podemos perguntar se alguma coisa mudou. Este medo de fantasmas desbotou? Na verdade, as pessoas não têm muito mais medo dos fantasmas do que naquela época? O que acontece na alma humana quando as pessoas dizem que eles carregam 60,000 bacilos nas mãos é muito mais terrível do que geralmente reconhecido.
Na América, as estatísticas foram calculadas sobre quantos bacilos podem ser encontrados no bigode de um homem. Pelo menos os fantasmas dos tempos medievais eram, diriam, fantasmas decentes; mas os fantasmas modernos bacilos são demasiado minúsculos para lidar com isso. O medo invocado por eles está apenas começando, e leva, em questões de saúde, as pessoas que sucumbem a uma crença realmente terrível na autoridade."

Rudolf Steiner #rudolfsteiner
Fonte: Rudolf Steiner - A Missão do Novo Espírito Revelação - Mannheim, 5 de janeiro de 1911 (p. 9)

segunda-feira, agosto 30, 2021

AMOR LÍQUIDO




AMOR LÍQUIDO

Zygmunt Bauman
Relógio d'Água, 2006
196págs.


"O amor líquido: nada é para durar?
Amor líquido: nada é para durar?


“Relacionar-se é caminhar na neblina sem a certeza de nada”, escreveu Zygmunt Bauman, em “Amor Líquido” (2003), um livro em que alerta para a crescente fragilização das relações sociais e afetivas no mundo moderno.
Traçando um paralelo entre a velocidade das transformações e a durabilidade dos relacionamentos, o sociólogo aponta que não temos mais o hábito de reformar ou consertar algo que se estragou.
Tomados pela necessidade de acompanhar o ritmo alucinante dos acontecimentos, jogamos o objeto fora e substituímos por outro novo. O que importa não é um produto que simplesmente funcione, mas o poder de escolher, comprar e possuir o que é novo e atual. Desse modo, o importante não é mais apenas o “ter”, mas a constante atualização do que se tem.
Este novo modelo, em que tudo se tem, mas nada se retém, foi transferido para as relações afectivas, em que, com o auxílio das redes sociais e aplicações, cada vez mais se escolhe as pessoas ‘pela capa’: se ao ultrapassá-la encontramos algo que não nos agrade, basta desconectar, bloquear, trocar por outro.
Sem aprofundar um compromisso entre as partes, o relacionamento se torna frágil, uma mera conexão, a nova forma vigente de se relacionar na modernidade líquida. Todos podem, a qualquer tempo, trocar seus parceiros por outros melhores.
O amor líquido é aquele que escorre por entre os dedos feito água, é instável, não tem forma e substância, não dura; e encontrar alguém para fazer essa água se transformar em algo sólido e permanente é um grande desafio.
É preciso ter coragem para se caminhar pela neblina, arriscar-se, para ser capaz de sair desse mundo líquido.
Bauman descreve que a “insegurança inspirada por essa modernidade líquida, estimula desejos conflitantes de estreitar esses laços e ao mesmo tempo mantê-los frouxos”. Para ele, este conflito fica evidente quando pensamos nas crescentes estatísticas de casos de depressão e síndrome do pânico, relatadas em todo o mundo.
Mas será que Bauman tem razão? E como podemos lidar com isso?
Bem, a resposta à primeira pergunta é, provavelmente, sim. Quanto à segunda questão, não há respostas prontas, mas algumas sugestões podem abrir um caminho. Por exemplo:
Procure ‘estar presente’: exercite a atenção plena onde e com quem estiver; ouça, olhe nos olhos, concentre-se na interação e no momento. Assim poderá conhecer e deixar-se conhecer melhor.
Lembre-se de que, assim como você, cada pessoa é única em sua singularidade e merece um contacto verdadeiramente humano. Não somos descartáveis.
Trabalhe a sua autoestima: o amor próprio reduz a carência, evitando que você fique vulnerável a envolvimentos negativos.
Arrisque-se: estamos sim, sempre em risco, quando resolvemos nos apaixonar; é preciso doação e troca, além de paciência para construir uma relação. Mas é claro que vale a pena!
Resumindo, se conseguirmos estar sempre atentos ao outro e a nós mesmos, abertos para o momento presente, sem medo de tentar, pode ser que encontremos um amor que não seja líquido e nem gasoso, mas finalmente sólido".

segunda-feira, agosto 23, 2021

AS MULHERES ESTÃO EM PERIGO

  


AS MULHERES ESTÃO EM PERIGO
CARTA ÀS MULHERES - escrita em 2016

Minhas amigas:
...sinto que muitas de vocês pensam que de algum modo tenho sido muito radical em relação ao Sistema patriarcal, e que há mulheres que têm ainda muitas esperanças nele e que se insurgem contra mim pelo que eu digo convencidas que tem um papel activo nele... e que vão obter resultados da sua luta...
Isso pode até ser verdade em relação a algumas de vocês, inseridas no Sistema, e sendo muito jovens são muito idealistas também e não viram ainda a outra face do jogo; no meu caso sinto-me muito apreensiva com tudo o que se passa pelo mundo e venho aqui rectificar uma posição, quando digo que não voto e não acredito de forma alguma no Sistema patriarcal e como ele se voltará sempre contra a mulher, aparentemente dando-lhe até algumas liberdades que mais à frente - passadas décadas - acaba por lhe cobrar ou a violentar por isso mesmo. É o caso do que está a acontecer nos nossos dias às mulheres do mundo no que diz respeito a violação e abuso sexual.
Escrevo hoje com a intenção de vos dizer que eu também não só me preocupo como gostaria de fazer alguma coisa socialmente, ser solidária com esta humanidade e também acreditar na possibilidade da nossa acção ser possível alguma mudança...contudo, digo-vos que no fundo não creio que adiante nada a nossa vontade ou acção e que isso me causa alguma afectação e por isso não me sinta amiúde colocada entre dois fogos: Por um lado queria fazer alguma coisa e acreditar neste mundo ainda... mas por outro, já não consigo ver nenhuma hipótese para ele enquanto sobe o jugo do Homem e do dinheiro e dominado pelo poder material... Especialmente no que concerne as mulheres. Sempre compradas ou vendidas... cedendo de uma maneira ou outra, mesmo sem perceber que é assim...
Eu sinto o terror porque Vejo-as ameaçadas e alienadas de si e dos perigos que correm. O seu idealismo, a sua fantasia, e as ideologias e o pior o conto da New age, as projecta em mundos ficiticios e elas acreditam nisso. Por isso me sinto tão apreensiva...
Eu sei que o que eu digo parece excessivo e por vezes até exagerado...mas há tanto tempo que vejo isto a caminhar para um beco sem saída e as mulheres sem verem nada, alheias e convencidas de que chegaram a algum lado...Sim, isto é muito subtil e difícil de enxergar porque na verdade nós mulheres estamos formatadas e educadas para nos ocuparmos dos outros e acima de tudo prestar serviço à humanidade sem ver nem pensar, fazemo-lo do coração...e não vemos que humanidade é essa, metade de uma humanidade cuja outra metade, somos nós mulheres e ainda estamos escravizadas - esse é o culto que nos é destinado. Servir o nosso Senhor Deus e o Homem e os filhos do Pai. É certo que somos mães e não podemos abdicar de cuidar e salvaguardar os interesses dos nossos filhos nesta sociedade, mas o que eu vos digo é que nós mulheres não temos outra valia que não seja servir o Homem e a liberdade da mulher - conquistada a preço tão alto pelas feministas, mas até estas perderam a perpectiva real do que lhes está a acontecer cegas pelo marxismos e positivismo materialista - e entre os aspectos económicos e socias das suas "conquistas", destaco os meios e os métodos contraceptivos e também a pseudo liberdade sexual (que virou total promiscuidade entre adolescentes sem qualquer sentimento) a começar com a pilula e a do dia seguinte e o amor livre etc. quando isso nunca favoreceu de facto a sua saúde, a sua Dignidade, nem a sua integralidade como mulher - pelo contrário, sobrecarregou-a de mais encargos e riscos, colocou sim a mulher livre e jovem sem quaisquer limites, sem qualquer tabu ou preconceito ao serviço do prazer do homem, pensando que o prazer do homem é o seu, desafiando-o sem qualquer pudor as práticas mais insanas, sofrendo elas todas as consequências, seja das gravidezes indesejadas, seja dos abortos, seja das doenças venéreas, seja do resultados dos químicos no seu corpo...e do desequilíbrio psíquico.
Não estou a fazer a apologia dos padrões antigos nem da castidade, nem virgindade, nem fidelidade ao homem, marido etc., mas tudo isso somado nos diz que a "liberdade" das mulheres não lhes trouxe grande coisa além de dinheiro ao fim e ao cabo...e de novo nos encontramos numa encruzilhada...estamos ameaçadas fortemente da violência crescente dos homens, dos abusos e violações assim como da invasão árabe - que já começou a acontecer na Europa a vários níveis com a migração e os interesses económicos o petróleo etc. - e que ameaça muito concretamente a mulher face a algumas dessa conquistas e colocando-a de novo na corda bamba. É o momento de vermos para onde estamos a ir e como tudo se volta contra a mulher pois o fundamento da sociedade machista e patriarcal nunca se preocupa com as mulheres e coloca-as na frente das suas batalhas e guerras quase sempre como cobaias, como o faz face a sexualidade ao serviço do homem continuando a fomentar a prostituição como mercado e a deixar que mafias usem as mulheres em tráfico sexual no mundo inteiro e pouco se importaram, no caso das agressões recentes em Colónias, na Alemanha, as mulheres que foram agredidas e violadas por muçulmanos em massa na noite de fim de ano.
As Mulheres estão em perigo, mas também a nossa arte e cultura, embora ela nunca tenha favorecido muito as mulheres...
Muitas mulheres e eu compreendo porque o fazem querem afastar esta visão de si, querem afastar este quadro da sua cabeça, fingindo que nada está a acontecer, mas esta ameaça é real e global e não dá para nos mantermos a dormir convencidas das nossas liberdades adquiridas pois nada está garantido. Se um Estado e um Governo de um Pais como Itália tapa esculturas e estátuas de nus homens e mulheres principalmente coma visita de um chefe árabe o que acham que vem ai a seguir?

rlp

. The Handmaid’s Tale é mais que ficção.



FICÇÃO OU ANTEVISÃO DE UM MUNDO ATERRADOR?
Publiquei este texto e imagem aqui no meu Blog em 2018...


"The Handmaid’s Tale de Margaret Atwood é aterradora. Desde o primeiro episódio ao último. Força-nos a olhar um Mundo ao virar da esquina do nosso. A um passo mínimos de desespero de nos tornarmos naquilo. Peões sem identidade. O olhar oferecido pela exímia e acutilante Ofred de Elizabeth Moss é horrífico e castrante. Da vontade própria. Do Ser. Bruce Miller, criador da série, dá palco ao feminino e muitos dos episódios são realizados por mulheres. E nelas vivemos imiscuídos. Na letargia profunda do quotidiano das Servas cuja única função é o serviço à Casa. Tudo culmina num ritual mensal de violação por parte do Dono assistido pela Esposa. Qualquer sinal de rebelião é punido fortemente, cujo castigo máximo é o do enforcamento público, para que todos possam assistir às consequências dos seus crimes: Herege, Paneleiro, Puta. Ou então de justiça levada a cabo pelas próprias Servas, um rito primitivo de erradicação de qualquer humanidade nelas presente.
Muitas vezes somos confrontadas e confrontados pela razão pela qual ainda lutamos. Porque ainda saímos às ruas. Pelos direitos das mulheres. Das pessoas LGBT. Das minorias. Porque gritamos. Porque marchamos. Muitas vezes com orgulho. Muitas vezes com raiva. É porque esta distopia está a um pestanejar de distância. Basta baixarmos os braços. Por um segundo. Com alarmes destes… não podemos fazê-lo. O cansaço não nos pode derrotar. A falta de esperança não nos pode petrificar. Ou estaremos, mais cedo que tarde, também nós numa sala de convento qualquer, a ter o nosso futuro escravizado. The Handmaid’s Tale é mais que ficção. É um ensurdecedor e penetrante alerta vermelho.
Uma das personagens mais aterradoras, em particular para a comunidade LGBT, é a de Ofglen, protagonizada pela extraordinária Alexis Bledel. Uma Traidora de Género como Moira. Tenta não se conformar às vidas fantasmagóricas e desumanas que lhes são impostas e cedo vêmo-la amordaçada como um animal, de gritos abafados. Apenas os olhos deixam transparecer o puro terror que vive. De querer resistir mas não conseguir mais que a subjugação total e incontornável. De querer lutar apenas para ser subsequentemente humilhada e mutilada. De tentar Ser e ver todas as suas fugazes e voláteis aspirações erradicadas à sua frente."


domingo, agosto 22, 2021

A MISSA DE DOMINGO - O HOMEM É A CABEÇA DA MULHER...



"Já viste o reboliço que a missa de hoje de manhã RTP está a criar? Uma manobra inacreditável de propaganda e contra informação na altura do episódio “Afeganistão” para continuar a dividir as pessoas? Meteram na missa uma mulher a dizer as mulheres têm de ser submissas ao homem… que o homem é a cabeça da família… nitidamente para picar as pessoas Nunca isto foi uma mensagem católica… e meteram isto agora mesmo para provocar”

UMA AMIGA enviou-me esta manhã esta mensagem, mas só agora ouvi o video e a dita senhora a pregar... Não consegui trazer o video da missa para aqui mas deixo o meu comentário ao video. 
Sim a dita mulher leu e recitou a formula de obediência ao marido e ao homem como sendo a cabeça do casal...

Ouvir isto deu-me um vómito...

AO OUVIR ISTO, SINTO UM VOMITO...
Esta santa senhora representa o que de mais retrógrado existe na sociedade e na igreja católica portuguesa e não esconde uma filosofia ou a ideologia que esteve sempre por detrás de todas as homilias... contra a Mulher e a sua liberdade!
Não é por acaso que tenha acontecido hoje. Começa assim a preparação para o ataque talibã às mulheres do ocidente pois esta missa não faz mais do que tentar destruir desde logo todo e qualquer avanço das mulheres em Portugal e isto é feito com a conivência do Estado que nunca foi laico e dos seus governantes que obedecem a cartilha papal...
Voltamos aos padrões de dominio militar estadal e religioso. Esta é a Ditadura em curso, agora só com uns laivos , mas na televisão estatal...
Este é porém - no mundo todo - com principal palco no Afeganistão, mais um anunciado teste de um RETROCESSO HISTÓRICO E CULTURAL tocante as mulheres e jamais imaginado nestes anos de dita "re-volução" e civilização democrática em que a ONU do muito catolico guterres recentemente entregou aos paises árabes a defesa dos direitos das mulheres e agora entrega-as aos criminosos talibãs no poder... e a igreja católica segue-lhe os passos - ela está em consonância com o espirito e a ordem de matar essa liberdade para todas as mulheres.
As mulheres vão dizer coisas ligeiras e pensar que é inofensivo e algumas aparentemente revoltar-se contra esta mulher submissa e obediente ao seu senhor na cama e no altar, mas sem perceberem muito bem o que está em curso...
Há anos que AVISO... enquanto pensam nas pobres mulheres afegãs elas serão as próximas visadas dos seus algozes...
Já usamos mascarilha...falta a burka...
(Os homens brincam com isto...mas no fundo...?)
rl

ESTA FOTO, QUE NÃO PASSA DE UMA FOTO BEM APANHADA PELO CONTRASTE ENTRE AS MULHERES DO OCIDENTE E AS MULHERES ÁRABES, É CENSURADA NO FAKEBOOK COMO FALSA...

sábado, agosto 21, 2021

A HISTÓRIA É TODA ELA FALSEADA




′′ Para liquidar as pessoas, você começa privando-as da memória deles. Eles destroem seus livros, sua cultura, sua história. E outra pessoa escreve outros livros, dá-lhe outra cultura, inventa outra história; depois disso, as pessoas lentamente começam a esquecer o que são e o que eram. E o mundo ao seu redor esquece ainda mais rápido ". 
~ Milan Kundera.

sexta-feira, agosto 20, 2021

CONHECER A SI MESMO

"A MEDITAÇÃO É AQUELA LUZ QUE, NA MENTE, ILUMINA O CAMINHO DA ACÇÃO; E SEM ESSA LUZ NÃO EXISTE AMOR." J. Krishnamurti


"Nenhum líder vai nos dar paz, nenhum governo, nenhum exército, nenhum país. O que nos vai dar paz é a transformação interior que nos conduzirá à ação exterior. A transformação interior não é isolamento, desistência da ação exterior. Ao contrário, só pode haver a ação correta quando há o pensamento correto, e não existe pensamento correto quando não existe autoconhecimento. Sem conhecer a si mesmo, não existe paz."

(J. Krishnamurti)

"Uma vacina longe demais


UM PAIS CEGO E ENTREGUE A CORRUPTOS

Dr. Pedro Girão

Texto completo. Misteriosamente, ficou indisponível no site do Público. (Ou texto censurado!)


"Uma vacina longe demais

Cada ciência tem a suas leis, as suas regras, o seu modo de fazer as coisas. As decisões decorrentes delas devem seguir as regras da ciência, impondo decisões lógicas e transparentes. Quando se trata de construir uma ponte, por exemplo, os detalhes técnicos não se debatem nos jornais, na televisão ou nas redes sociais. Não ouvimos “especialistas” de economia, ou de matemática, ou de sociologia, a defenderem que o betão do primeiro arco pode ou deve secar uma semana em vez das duas habituais. Não importa a urgência, a necessidade ou a bondade da obra: há normas de procedimento, há regras de segurança, há ciência. Fossem quais fossem as pressões, nenhum engenheiro aceitaria diminuir os prazos correndo o risco de que a ponte caia — eventualmente com carros e pessoas a atravessá-la.
Certamente, poderíamos dizer que a Engenharia é uma ciência bastante exacta — e a Medicina não o é. A Medicina é uma ciência aplicada, com graus de risco e de falibilidade que não são em geral bem compreendidos por quem raciocina sob o prisma das ciências exactas. A Medicina não é uma dessas ciências, mas tem igualmente as suas normas de procedimento, as suas regras de segurança. E não é a aparente urgência de tratamentos, exigidos diariamente pela loucura mediática e pelo pânico geral, que deve permitir ultrapassar as regras. No caso das vacinas em geral, antecipadas mais do que a segurança que sempre foi seguida impunha, e muito particularmente no caso da sua aplicação a crianças e jovens, não é isso que está a acontecer: a ciência médica está a ser ignorada, as regras estão a ser quebradas. Os argumentos que foram e continuam a ser utilizados publicamente acerca das vacinas em geral, e agora muito concretamente acerca da vacinação de jovens e crianças, são argumentos irracionais, emotivos e políticos. Isso é o pior que se poderia desejar para uma ciência que se pretende devotada a curar mas também, e antes de tudo, a não causar danos.
Os apelos recentes do Presidente da República e do responsável da vacinação (ambos excedendo de forma escandalosa e irresponsável as suas competências) são emotivos e políticos — dando de barato que possam ser “bem intencionados”. O vice-almirante, melhor do que ninguém, deveria saber o que pode acontecer quando se ignora a ciência militar e quando, pressionado por razões ou interesses de ordem política, se ordena uma ponte longe demais. A História lembra-nos como isso pode ser meio caminho andado para a tragédia; e, quer essa tragédia aconteça que não, esse tipo de decisão não deixa de ser uma irresponsabilidade. Colocar em risco a vida dos soldados, ou mesmo achar normal a existência de eventuais baixas e de vítimas colaterais, pode ser uma ideia com que as chefias militares convivam tranquilamente. Mas não são aceitáveis. E, convém lembrar, nós não somos soldados; e convém também frisar que recorrer a crianças como soldados não é tolerável.
Pelos mesmos motivos, a posição do Presidente da República nessa matéria é absolutamente escandalosa, parecendo baseada em conhecimentos débeis do assunto, em hipóteses duvidosas, em desvario emocional, ou em possíveis interesses. É pena constatar que ele não é actualmente o defensor dos portugueses, tendo-se progressivamente transformado num risco para os portugueses. E a posição de António Costa, congratulando-se com uma decisão final que ele próprio e as autoridades que ele tutela manobraram de forma palaciana, seria lamentável se não fosse apenas o seu registo habitual, cínico e falso.
Repito, os argumentos usados pelos (ir)responsáveis e pelos especialistas (alguns deles médicos) são emotivos e não-científicos. Deixemos a ciência ser ciência, sem pânicos, emoções ou estados de alma. Ou seja, paremos de fazer o que andamos a fazer há um ano e meio. Vacinar jovens e crianças com a motivação emotiva de que temos de salvar o resto da sociedade é um argumento revoltante. Insistir nessa ideia quando já percebemos que a eficácia das vacinas é muito relativa é uma atitude puramente disparatada. Não podemos usar os nossos filhos como escudo para a pretensa defesa da saúde dos adultos; e justificar a administração de uma vacina insuficientemente testada para o bem da saúde mental dos adolescentes é, em si mesma, uma ideia que remete para o questionar da saúde mental de quem a defende.
Pessoalmente, na covid como em qualquer outra doença, tomarei todas as precauções possíveis e farei todos os tratamentos adequados. Mas há limites, e a segurança dos meus filhos é uma deles. Se eu tiver que morrer por causa desse princípio, morrerei tranquilo; mas não submeterei os meus filhos a experiências terapêuticas e a riscos para me salvar. Sobretudo quando tudo indica que essa “solução” seja mais um fracasso e mais uma mentira a somar às anteriores. Sobretudo quando essas experiências se aproveitam do pânico de uma população desinformada e manipulada. Sobretudo quando essas experiências são exigidas e decididas por especialistas cobardes, por médicos cobardes, por políticos cobardes, por militares cobardes. Sim, porque só pode ser cobardia tentar usar crianças como um escudo humano. Deixem-nas crescer. E cresçam.”

"Depois de tudo, nosso corpo também não nos pertence."



"... A origem dos males do escravo moderno está na degradação generalizada de seu ambiente, do ar que respira, e da comida que ele consome; o stress provocado pelas suas condições de trabalho e pelo conjunto de sua vida social.
Sua condição subserviente é um mal que nunca encontrará remédio. Somente a total libertação da condição na qual ele se encontra, pode permitir ao escravo moderno se liberar de seus sofrimentos.
A medicina ocidental só conhece um remédio contra os males dos quais sofrem os escravos modernos: a mutilação. É à base de cirurgias, de antibiótico ou de quimioterapia que se trata os pacientes da medicina mercantil. Nunca se ataca a origem do mal, senão que a suas consequências, pelo motivo de que esta busca da origem do mal nos conduziria inevitavelmente à condenação fatal da organização social em toda sua totalidade.
Assim como ele transformou todos os detalhes de nosso mundo em simples mercadoria, o sistema atual fez de nosso corpo uma mercadoria, um objeto de estudo e de experiências para os pseudo-aprendizes de medicina mercantil e para a biologia molecular. Os donos do mundo já estão prontos para patentear os seres vivos.
A sequencial completa do ADN do genoma humano é o ponto de partida de uma nova estratégia posta em ação pelo poder. A descodificação genética não tem outro objetivo que o de amplificar consideravelmente as formas de dominação e de controle.
Depois de tudo, nosso corpo também não nos pertence."

(Trecho do Documentário - Da Servidão Moderna)


quinta-feira, agosto 19, 2021

A HIPOCRISIA MUNDIAL



A GRANDE  MENTIRA GLOBAL e dos seus lideres!

Primeiro entregaram de bandeja a "defesa dos direitos das mulheres" aos árabes...agora entregam as mulheres aos talibans...


"Regresso dos talibãs ao poder põe em perigo os direitos readquiridos pela população do sexo feminino, nos últimos anos, mas também a sua segurança.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, revelou preocupação com as mulheres e meninas do Afeganistão, depois de os talibãs terem ocupado, este domingo, a capital, Cabul, tomado o poder e preparem-se para decidir o destino do país.

“O secretário-geral está particularmente preocupado com o futuro das mulheres e das meninas, cujos direitos duramente adquiridos devem ser protegidos”, disse a ONU este domingo num comunicado, citado pela agência Lusa.


O líder da ONU apelou à “à maior contenção” entre todas as partes afegãs, na sequência da entrada em Cabul dos extremistas islâmicos, e para que permitam que os trabalhadores humanitários tenham acesso ao país "sem entraves para fornecer em tempo útil uma assistência que é essencial para salvar vidas”.


ELES, OS TALIBANS DE TODO O MUNDO...



Eles desejam o açaimo e a burka de toda a tua Alma e Corpo.


"Tornam-te mais inconsciente de Ti e de Pensares e de Evoluíres. Eles não querem a tua Evolução. Eles anseiam a tua ignorância e aspiram assim, o Poder da tua Inteligência. São sagazes nessa construção, e usam quem tu menos esperas para servirem de sorvedouro das tuas mais ricas capacidades.
Eles desejam o açaimo e a burka de toda a tua Alma e Corpo. Eles anseiam que descentralizes o mais que puderes de Ti, e te juntes à imbecilidade. Eles não querem a tua evolução e sim, o teu desastre humano. Eles são mais pobres de espírito, do que a tua pobreza física. Eles são os ávidos de Luz. Anseiam apagar a Luz da Vida. A tua Luz de Vida.
Eles nunca te dirão nada, dos seus reais intentos. Nunca. Nunca! Certifica-te disto, miúda. Mas serão hábeis, a fazer de ti um pião. Eles são egoístas, pensam em favor de si mesmos. Nada mais!!»



NãoSouEuéaOutra in «Cadernos Escorpiónicos


terça-feira, agosto 17, 2021

Nós...ainda não somos Seres Humanos...


A ALIENAÇÃO DAS PESSOAS EM GERAL É TOTAL...


Mais do que nunca podemos ver a total alienação do ser humano e como todos se vendem aos mercados. Ninguém sabe amar humanamente falando nem o outro, nem o próximo, nem o longínquo quanto mais o inimigo. Cada ser humano é completamente ignorante de si mesmo, egocêntrico egocentrado, egoísta. Como é que se poderiam amar uns aos outro/as, se os homens não são homens nem sabem nada das mulheres, se odeiam as mães e violam crianças - se as mulheres não são mulheres nem sabem onde andam, se o mundo está todo do avesso e ao contrário e ninguém sabe mesmo o que é esse AMOR ou Deus ou lá o que inventam, porque se ele fosse real e concreto o mundo estaria já salvo há muito…
Nós...ainda não somos Seres Humanos...
Nós não somos seres livres - a humanidade é escrava de propósitos obscuros e a idealização do mundo (tal como as religiões e as ideologias) é a forma como esses poderes obscuros nos controlam - enquanto sonhamos e crentes de deuses e julgamos que mudamos alguma coisa no exterior, com ideias e caridadezinha e boa vontade, eles dominam e destroem tudo...fazem isso há séculos.
Não, a Humanidade não é ainda humana e nem todos os humanos têm alma...Há na terra e no céu muitos DESALMADOS...
rlp



"O fim do ciclo involutivo coincidirá com uma manifestação de poder manipulativo contra o homem, de ordem psicológica e psíquica.
Ao mesmo tempo, a descida de uma nova consciência acabará com o reinado do astral no globo. Esta época será uma das mais difíceis nos registros da história, já que a humanidade será totalmente despojada de meios para vencer esse poder que se ataca em todas as formas imagináveis de influências.
Este usa tanto as forças cerimoniais da magia negra quanto as forças rituais da psicose e neurose, até o ponto final em que o homem perderá contato com a personalidade.
Por trás desse confronto maciço do homem consigo mesmo está escondido a última tentativa de recuperação, pelos planos da morte, de uma maior porção possível da humanidade, com o objetivo de garantir uma continuidade de evolução nos planos em que Essas forças estão ativas. O homem inconsciente não se dará conta do processo em curso.
Sua ignorância sobre as leis ocultas da vida o privará desse conhecimento interno que só a sua própria luz poderia fornecer. A época que se seguirá ao fim do ciclo também marcará o fim desse bullying mundial.
Mas o período que acabar com o ciclo presente será virtualmente uma manifestação agressiva do astral, e o homem poderá esperar qualquer eventualidade, mesmo o que mais possa ferir sua sensibilidade.
Nada será poupado que lhe seja doloroso, e será desta maciça astralização da consciência planetária que nascerá o novo homem.
Existem agora homens que, sem perceber, enquanto outros estão plenamente cientes disso, são seguidores do astral no plano material.
Eles são seres para quem domina, em todos os seus aspectos, excluem a boa vontade ou a possibilidade de reconhecer um. Esses seres são seguidores do astral e representam forças involutivas de grande poder, que só o homem novo poderá combater.
Esses seguidores do astral vão testemunhar uma inteligência superior, no centro frio e sem calor humano.
Eles serão identificáveis pelo novo homem, mas dificilmente identificáveis por seres ingênuos e inconscientes. No final do ciclo, eles serão usados para criar, em diferentes níveis da realidade social, o caos que a humanidade terá que viver antes que desça materialmente as forças da Regência Planetária, seguidas das civilizações ultramarinas. espaço.
Os fãs do astral vão cumprir um papel que não vão entender, exceto aqueles que demonstram consciência oculta avançada de sua ligação com o astral; assim será para os seguidores que estão condenados à magia negra ou a formas paralelas de Maquinações e poderes contra o homem.
Os seguidores do astral alimentarão apetites cada vez mais opostos aos grandes princípios civilizadores da involução; verão em suas ações uma medida de seus direitos e poderes.
Os governos tornar-se-ão impotentes perante a renovação destas potências destrutivas, porque estas irão usar as leis que os governos fracos, no passado, criaram para sua proteção.
Quem governa não pode grassar contra esses seres, porque já a proteção de seus atos terá sido sancionada pela diluição cada vez maior da autoridade legal e da inteligência legislativa.
No palco internacional mais importante será facilmente reconhecível por suas perversões psicológicas e psíquicas.
No entanto, outros serão fiéis a eles até a morte, só vendo heróis.
Os seguidores do astral farão tremer os governos que liderarão chefes impotentes e pouco dotados de espírito, sem força na inteligência.

* A gênese do real * 1988-32 anos atrás
(não enconrei o nome do autor)


quarta-feira, agosto 11, 2021

Ninguém salva ninguém...



Ninguém se salva senão a si mesmo...


"Alguém trata de converter a outrem? Nunca é para salvá-lo, mas para obriga-lo a padecer, para expô-lo às mesmas provações que atravessou o impaciente conversor: vigília, oração, tormento? Pois que o mesmo recaia sobre o outro, que suspire, que uive, que se debata em meio de semelhantes torturas. A intolerância é própria de espíritos devastados cuja fé se reduz a um suplício mais ou menos buscado e que desejariam ver generalizado, instituído. A felicidade do próximo nunca foi um móvel nem um princípio de ação, e só se a invoca para alimentar a boa consciência e cobrir-se de nobres pretextos: o impulso que nos move e que precipita a execução de qualquer um dos nossos atos, é quase sempre inconfessável. Ninguém salva ninguém; não se salva mais que a si mesmo, muito embora se disfarce com convicções a desgraça que se quer outorgar. Por mais prestígio que tenham as aparências, o proselitismo deriva de uma generosidade duvidosa, pior em seus efeitos que uma agressividade declarada. Ninguém está disposto a suportar sozinho a disciplina que assumiu e nem o jugo que aceitou. A vingança esconde-se sob a alegria do missionário e do apóstolo. Sua dedicação em converter não é para libertar, mas para converter."


CIORAN


Descendo a rua, já não há humanidade.



DISTOPIA


Descendo a rua, já não se reconhece a humanidade. Todos os marcos, tudo aquilo que é importante, que é belo, marcante, se foi. As pessoas adoeceram. Estão doentes de corpo e de alma. Uma doença degenerativa que jamais atinge a morte, mas destrói, destrói, destrói.
Descendo a rua, os cenários consomem a si mesmos, corroem-se e devolvem ao mundo nada mais que um refluxo de tédio. Todas as lojas fecharam. Já não há marquises, já não há bares, restaurantes, cinemas, padarias ou risadas. Todo barulho se calou. Todo olhar se apagou. Tudo ruiu. Em seu lugar, somente o pó... e as farmácias, e as clínicas, e as farmácias. Pessoas doentes. Aqueles que são doentes de corpo e de alma. Seus corpos são uma bactéria, suas almas são um vírus.
Descendo a rua, só as farmácias e as clínicas e os cubículos que vendem capinhas de celular e as lojinhas de 1,99. Tudo se desfez sob os pés das pessoas doentes. E a miséria faz parte da doença. As farmácias fazem parte da doença, os cubículos que vendem capinhas de celular e as lojinhas de 1,99 fazem parte da doença. Todo o resto virou poeira. Não há espaço para a vida. Felicidade é crime inafiançável.
Descendo a rua, lembranças apodrecem até virarem fantasmas feitos de bile. Não vivem, envolvem as pessoas doentes em seu abraço de mortalha.
Descendo a rua, vê-se a peste. Ela está no negacionismo, mas também está naqueles que jamais conseguirão sair dela, mesmo quando ela deixar de existir. Assim como aqueles que jamais conseguem sair da guerra, mesmo quando a guerra já acabou. Ambos os lados da mesma moeda. Todos são pessoas doentes. Constatar isso seria triste pra burro, só que já não existe tristeza. Só existe o vazio. Dessa mesma forma, não existem as lojas e os prédios, só as farmácias, as clínicas, as capinhas de celular, as lojinhas de 1,99, as farmácias.
Descendo a rua, abrem-se os portões do trem fantasma. E a doença faz morada nas esquinas e nos corações carcomidos das pessoas doentes. A força da doença está em seu canto de sereia. Descer aquela rua é tão fodido que vai chegar o momento em que você quase desejará estar doente. E quando cair em si, estará mesmo doente. E vai abraçar aquela mortalha com uma versão degenerada de um sentimento que poderia ser amor.
Descendo a rua, já não há humanidade. Se você dá de ombros à doença, você está doente. Se você luta contra a doença, é uma merda dizer isso, mas você também está doente. Porque para lutar contra a doença, é preciso olhar pra ela, e olhar por um tempão. Acaba se apaixonando. É como disse aquele cara, se você passa a vida a combater os monstros, torna-se um monstro, se você olha muito tempo pra dentro do abismo, o abismo olha pra dentro de você. Estão todos doentes. E não restou nada. E o que seria triste, se ainda existisse tristeza, é saber que abortaríamos qualquer possibilidade de renascimento do que quer que fosse, pois já estamos apegados ao nada, apegados à doença.. Já estamos todos doentes. Tudo o que não é inexistência, já não nos diz respeito. E a mortalha nos envolve. Uma mortalha muito pior que qualquer morte.
Descendo a rua, já não há mais rua.
Descendo a rua, já não há você.
-

Daniel Frazão


domingo, agosto 08, 2021

"Os dogmas são prisões formadas por conceitos coletivos.





VIVEMOS UM NOVO DOGMA - O DA "CIÊNCIA":

Seja em nome da religião ou moral, seja em nome da ciência e da saúde, o fanatismo e a cegueira mata e destrói o coração, mina todas as relações e afectos..

"Os dogmas são prisões formadas por conceitos coletivos.
O que parece estranho é que as pessoas gostam de suas prisões, pois elas lhes dão uma sensação de segurança e uma falsa impressão de que "sabem das coisas". - Eckhart Tolle

OS SEM ALMA

Vejo gente que julgava humana e pacífica, sensível, transformar se em animais raivosos dominados pelo medo. Há uma Psicose colectiva, um histerismo global e individual; foi criado um pânico desmedido, descomunal com que propósitos obscuros, não se sabe bem. Paira uma egrégora de medo, como os tentáculos de um polvo gigante, sobre a cabeça das pessoas. Agora podemos ver aqueles que não são verdadeiros humanos. Eles são tomados de um ódio infernal com que atacam os Humanos. Nada que me espante! Afinal eles sempre serviram o Bezerro de de Oiro... sempre venderam a alma ao diabo...

RLP

"Há em todo o ser comum a necessidade...

"É justamento quando tudo parece ir de mal a pior que devemos fazer um esforço supremo de fé e saber que a Graça não falha." 

Mirra Alfassa, The Mother


Entrevistas da Mãe

De seu nome real, Mira Alfassa, Mãe, companheira de caminho  de Sri Aurobindo, deixou várias obras escritas, incluindo as famosas entrevistas que contêm tesouros de reflexões e podem constituir para alguns um guia da vida. Alguns textos (nem todos) encontraram em mim um certo eco emocional, incluindo o que eu ofereço abaixo.

 

"Há em todo o ser comum a necessidade, a necessidade (uma necessidade absoluta) de traduzir fisicamente o que ele sente e o que ele quer interiormente. Estas são as pessoas que eu considero anormais e incompletas que sempre querem escapar da vida para se realizarem. E, basicamente, estas são geralmente as naturezas fracas.
Mas aqueles que têm poder, força e uma espécie de equilíbrio saudável em si mesmos sentem uma necessidade absoluta de realizar materialmente sua realização espiritual; eles não apenas vão para as nuvens, ou para  mundos onde a forma já não existe. Eles precisam de sua consciência física, e até mesmo de seus corpos, para participar de sua experiência interior.

Agora, podemos dizer que a necessidade de adotar ou seguir, ou participar de uma religião, como a encontramos pronta é sim parte da natureza de "rebanho" no ser humano. A verdade seria que todos encontrassem a forma de adoração ou a adoração que é pessoal para si e que expressasse de forma espontânea e individual a sua própria relação com o Divino; essa seria a condição ideal.

Ao adotar uma religião porque nascemos nessa religião, ou porque se conhece pessoas que se ama e confia que praticam essa religião, ou porque, quando se vai para um lugar onde outros rezam e adoram, se sente auxiliado na oração e adoração, não é um sinal de natureza muito forte; Prefiro dizer que é sinal de fraqueza, ou em qualquer caso de falta de originalidade.
Mas querendo traduzir, nas formas de sua vida física, a aspiração interior e a adoração é bastante legítima, e é muito mais sincera do que aquela que se corta em duas, que vive uma vida física de uma forma completamente mecânica e comum e que, quando pode, quando tem tempo, ou quando canta para ele, se retira dentro de si mesmo, escapa da vida física e da consciência física e vai para as alturas, mais ou menos distante para encontrar suas alegrias espirituais. Aquele que tenta fazer de sua vida material a expressão de sua mais alta aspiração é certamente de um caráter mais nobre, mais vertical e mais sincero do que aquele que se a corta em duas e que diz que a vida exterior não tem importância e que nunca mudará e que deve ser aceite como ela é e que, em essência, é apenas a atitude interior que conta."

quarta-feira, agosto 04, 2021

A PORNOGRAFIA É CRIME




CONTRA A MULHER E A HUMANIDADE

 
“O problema com esta pornografia aberta e ampla não é que ela corrompa, mas que ela dessensibiliza; não que ela liberte as paixões; mas que ela aleija as emoções; não que ela encoraje uma atitude madura, mas que ela é uma reversão para obsessões infantis; não que ela remova as vendas, mas que ela distorça a vista. A destreza é proclamada mas o amor é negado. O que temos não é liberação mas desumanização." 
Normar Cousins


O EXCESSO DE SEXUALIDADE E A SUA OBESSÃO 
faz a coisificação do Ser Humano...e penaliza sobremaneira a mulher!


"Talvez mais importante, a publicidade e a cultura popular definem a conexão humana quase que inteiramente em termos de sexo, assim enfatiza excessivamente a importância relativa do sexo em nossas vidas (e casamentos) e subestima outras coisas (amizade, lealdade, diversão, o amor das crianças, a comunidade).
De acordo com o poeta Robert Hans, a arte do produtor de pornografia “consiste na ausência de escala”. Não há senso de escala na publicidade, nenhum senso do que é mais ou menos importante. A vida é rica e variada, com tantos aspectos que são importantes e significativos – aspectos políticos, profissionais, educacionais, criativos, artísticos, religiosos e espirituais. Certamente, o sexo é um desses aspectos importantes, mas como diz Sut Jhally, “nunca na história, a iconografia de uma cultura foi tão obcecada ou possuída por questões de gênero e sexualidade.” As revistas masculinas estão repletas de imagens de mulheres perfeitas (as quais também cobrem nossas estradas e preenchem as telas de TV). As revistas femininas estão cheias de artigos desesperados sobre como manter nossos homens sexualmente felizes – instruções explícitas para felação, recomendações para tentar novas coisas como sexo anal."
in Publicidade e desconexão
Jean Kilbourne


A CAÇA AS FOI BRUXAS - IMPEDIR O CONTROLO DA FUNÇÃO REPRODUTIVA PELAS MULHERES


"Segundo esse esquema, a caça às bruxas buscou destruir o controle que as mulheres haviam exercido sobre sua própria função reprodutiva, e preparou o terreno para o desenvolvimento de um regime patriarcal mais opressor." 


" As acadêmicas feministas desenvolveram um esquema interpretativo que lança bastante luz sobre duas questões históricas muito importantes: como explicar a execução de centenas de milhares de "bruxas" no começo da Era Moderna, e por que o surgimento do capitalismo coincide com essa guerra contra as mulheres. Segundo esse esquema, a caça às bruxas buscou destruir o controle que as mulheres haviam exercido sobre sua própria função reprodutiva, e preparou o terreno para o desenvolvimento de um regime patriarcal mais opressor. Essa interpretação também defende que a caça às bruxas tinha raízes nas transformações sociais que acompanharam o surgimento do capitalismo. No entanto, as circunstâncias históricas específicas em que a perseguição às bruxas se desenvolveu — e as razões pelas quais o surgimento do capitalismo exigiu um ataque genocida contra as mulheres — ainda não tinham sido investigadas. Essa é a tarefa que empreendo em Calibã e a bruxa, começando pela análise da caça às bruxas no contexto das crises demográfica e econômica europeias dos séculos XVI e XVII e das políticas de terra e trabalho da época mercantilista. Meu esforço aqui é apenas um esboço da pesquisa que seria necessária para esclarecer as conexões mencionadas e, especialmente, a relação entre a caça às bruxas e o desenvolvimento contemporâneo de uma nova divisão sexual do trabalho que confinou as mulheres ao trabalho reprodutivo. No entanto, convém demonstrar que a perseguição às bruxas — assim como o tráfico de escravos e os cercamentos — constituiu um aspecto central da acumulação e da formação do proletariado moderno, tanto na Europa como no Novo Mundo. — Silvia Federici