O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, fevereiro 27, 2024

Os homens não sabem o que é amor...




UM HOMEM QUE DIZ A VERDADE...


 "Um filho é uma armadilha que se fechou."

“De forma geral, os homens não sabem o que é amor, é um sentimento que lhes é totalmente estranho. Conhecem o desejo, o desejo sexual em estado bruto e a competição entre machos; e depois, muito mais tarde, já casados, chegam, chegavam antigamente, a sentir um certo reconhecimento pela companheira quando ela lhes tinha dado filhos, tinha mantido bem a casa e era boa cozinheira e boa amante - então chegavam a ter prazer por dormirem na mesma cama. Não era talvez o que as mulheres desejavam, talvez houvesse aí um mal-entendido, mas era um sentimento que podia ser muito forte - e mesmo quando eles sentiam uma excitação, aliás cada vez mais fraca, por esta ou aquela mulher, já não conseguiam literalmente viver sem a mulher e, se acontecia ela morrer, eles desatavam a beber e acabavam rapidamente, em geral uns meses bastavam. Os filhos, esses, representavam a transmissão de uma condição, de regras e de um património. Era evidentemente o que acontecia nas classes feudais, mas igualmente com os comerciantes, camponeses, artesãos, de forma geral com todos os grupos da sociedade. Hoje, nada disso existe.
 
As pessoas são assalariadas, locatárias, não têm nada para deixar aos filhos. Não têm nada para lhes ensinar, nem sequer sabem o que eles poderão vir a fazer; as regras que conheceram não serão de todo aplicáveis a eles, porque eles viverão num mundo completamente diferente. Aceitar a ideologia da mudança permanente significa aceitar que a vida de um homem está reduzida estritamente à sua existência individual e que as gerações passadas e futuras não têm, aos seus olhos, nenhuma importância.
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É assim que nós vivemos, e ter um filho, hoje, para um homem, já não faz qualquer sentido.
O caso das mulheres é diferente, porque elas continuam a sentir a necessidade de terem um ser que amem – o que não é, nem nunca foi, o caso dos homens. É um disparate acreditar que os homens também têm necessidade de acarinhar e de brincar com os filhos, de lhes fazer festinhas. Por mais que no-lo digam, é um disparate. Depois de nos termos divorciado e de o quadro familiar se ter desfeito, as relações com os filhos perdem o sentido. Um filho é uma armadilha que se fechou, é o inimigo que temos de continuar a manter e que vai acabar por nos enterrar.“
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— Michel Houellebecq (n. Michel Thomas, na Ilha da Reunião, a 26 de Fevereiro de 1956), romancista, poeta, ensaísta, realizador e argumentista francês, in ”As Partículas Elementares”.

O SER HUMANO SEM MÃE É INCAPAZ DE AMAR...




NO BRASIL - "CORPO QUE PARIU"


AS MÃES e as mulheres ESTÃO A SER anuladas da sua essência, em nome dos hibridos e já não há protecção à criança, nem à Mãe, mas às aberrações de mulheres que NÃO se sentem mulheres mas depois parem como "homens"... E a verdadeira Mulher-Mãe que era antes condenada à partida e julgada se fosse incapaz de proteger o filho e a quem a criança era retirada em nome de uma lei de protecção a criança, ela e a criança é agora como Mãe cilindrada pela Maquina estatal cega, pela mesma lei, em nome de mulheres trans e tudo isto conduzido por gente sem escrúpulos e sem humanidade que são os politicos.
Este é o estado de alienação dos valores essências da vida a que chegamos. A MÃE e o bebé, são coisas alienáveis...o bebé apenas vale dinheiro para os gays e trans, mas a verdadeira Mãe e a Mulher não valem nada...
rlp 

O SER HUMANO SEM MÃE É INCAPAZ DE AMAR...

"O Amor da Mãe é a essência fundamental da feminilidade e identidade da mulher. A sua ausência na psique de uma mulher cria uma ferida profunda que deve ser curada. No actual estágio da experiência humana, a desconexão do amor da Mãe Original é uma ferida arquetípica generalizada para quase todas as mulheres. O facto da Mãe Humana não ter estado lá leva a mulher a inconscientemente negar a existência da Mãe Divina. A mensagem inconsciente profunda é de que a Mãe Sagrada não existe ou não está lá para a apoiar. E, assim, a mulher vira-se para os homens e para um Deus masculino na esperança de que eles possam dar-lhe o que lhe falta. No processo, ela compromete os seus valores, desliga-se da sua feminilidade, e vende-se por barato. " Guru Rattana

sexta-feira, fevereiro 23, 2024

A ANIQUILAÇÃO DA MULHER




 COMO PASSAMOS DA SACRALIDADE A ABERRAÇÃO
 


NO BRASIL A NOVA DESIGNAÇÃO PARA A MULHER GRAVIDA - "CORPO QUE PARIU"
Em Portugal há um designação parecida..."Puta que pariu" - já era feio e máu, mas agora "corpo que pariu"...é imundo e anuncia o fim de um mundo decente e digno - ou a esperança disso. 

TESTEMUNHO DE UMA JOVEM MÃE BRASILEIRA

Rosa querida creio que já sabes que por aqui no Brasil o ministério da saúde adotou o termo mãe por "corpo que pariu" e já temos figurinhas no whats de homem grávidos. Eu alertei em um grupo de mães sobre essa figurinha e sobre o que o "corpo que pariu" fomos reduzidas para refletirmos. Me chamaram de homofóbica e não entenderam que somente o corpo da mulher que pode pari e acham que está tudo certo pois temos que acolher a todos e eu estava sendo preconceituosa, pois a figurinha do homem grávido pode representar uma mulher Trans. Eu acabei me machucando feio depois desta discussão virtual por um descuido meu, mas passo bem. Meu companheiro disse que foi energia negativa que as próprias mulheres me mandaram. Muitas escreviam que eu estava confusa. Que a Deusa nos perdoe, como pode uma mulher não compreender que não nada para incluir nesta política? Uma mulher Trans tem útero, e é também mãe. É nosso fim e as mulheres se dividem mais ainda. E meu companheiro ainda me alertando "você pode ser denunciada" e eu perguntei por defender as mulheres e a mãe? São tempos sombrios, para mim este é o próprio sistema da besta que a mulher defende a sua aniquilação. E quem defende com alma e amor é "apedrejada". Nem as mulheres têm mais alma. Eu já estou tão desiludida, mas vejo uma categoria de mulheres egoístas e já sem alma, onde a emoção pulsante de carregar um filho ou sentir -se mulher desapareceu ou nuca existiu nesses seres. Me sinto uma tola por me expressar e defender as mães e mulheres. Quase não pude usar a palavra mulheres que já foi considerado ofensivo. Profundamente abalada. E o que seremos? Abraços B.



SÓ A MULHER TEM UTERO E SÓ A MULHER ENGRAVIDA:
As mulheres modernas perderam a identidade, a dignidade e a hoje não tem carácter nem  a menor consciência do seu valor e prostituiem-se das formas mais ignóbeis ao aderirem a estas teorias de géneros e assim os estados e países trabalham na sua anulação negando a Mãe e a Mulher. 


El útero es hoy un gran desconocido

Las mujeres tenemos que contarnos muchas cosas. De mujer a mujer, de mujer a niña, de madre a hija, de vientre a vientre.
(...)
Recuperar la sensibilidad del útero es posible Cuando una niña llega a la adolescencia tiene el útero tan rígido y contraído, que hasta la mínima apertura del cervix para la menstruación le produce fuerte dolor. Pero sabemos de jóvenes que tenían reglas muy dolorosas, que han dejado de tenerlas después de adquirir conciencia de su útero, visualizándolo, sintiéndolo y relajándolo. Tomar conciencia del útero, visualizarlo, sentirlo y relajarlo puede lograr mejores y más satisfactorios resultados que las saldevas.

Para recuperar la sensibilidad uterina la primera cosa que hay que hacer es explicar a nuestras hijas desde pequeñas que tienen un útero, para qué sirve y cómo funciona. Explicarles que cuando se llenan de emoción y de amor, su útero palpita de placer. Tenemos que recuperar con ellas las verdaderas danzas del vientre, para que cuando lleguen a la adolescencia no tengan reglas dolorosas, sino que se sientan en ese estado especial de bienestar.

Hay que recuperar la transmisión por vía oral de la verdadera sabiduría, de una sabiduría hecha de experiencia, complicidad y empatía visceral; es decir, una sabiduría gaiática, que se comunica por abajo, al margen de las relaciones de Autoridad, que fluye con la sinfonía de la vida, que se derrama con el deseo, que sabe sin saber que sabe prácticamente todo acerca de la condición femenina escondida en el Hades, y reconoce lo que es bueno y lo que es malo para la vida humana.

(...)
Cacilda Rodrigñes Bustus

quarta-feira, fevereiro 21, 2024

O MEDO DAS MULHERES

 

"A consciência da mulher é diferente; ela já percebeu as coisas quando o homem ainda tateia na escuridão. A mulher percebe as circunstâncias que a cercam e as possibilidades a elas ligadas, algo que um homem costuma ser incapaz. Por isso, o mundo da mulher parece-lhe pertencer ao infinito, para fora do tempo e para o transcendente, pode fornecer as indicações e os impulsos mais válidos. Essa transcendência é a sabedoria, e esta supera o saber intelectual...A mulher e tudo a ela associado parecem bem estranhos ao macho e, no entanto, isso faz parte de seu universo mais íntimo, à espera de se realizar por ele"*



EM SEREM VERDADEIRAS



As encruzilhadas de Hecate...

"A Crone está desaparecida na nossa cultura há tanto tempo que muitas mulheres, especialmente raparigas jovens, não sabem nada sobre a sua tutela. As raparigas jovens da nossa sociedade não são iniciadas por mulheres mais velhas na feminilidade com a sua dignidade e poder acompanhantes.
Sem a Crone, a tarefa de pertencer a si mesmo, de ser uma pessoa inteira, é praticamente impossível."
**

Este e outros textos que referem a Velha, ou anciã, a dita Crone, termo pouco usual no português, fazem-me reflectir na minha própria realidade actual ou na minha condição de anciã de facto, porque não é fácil cortar a direito e dizer verdades incómodas e ver como me olham e me acusam de intolerante e radical perante algumas mulheres que não ousam ser verdadeiras para si mesmas e por eu o dizer, me criticam e se afastam zangadas. Mas é quando somos verdadeiras que moldamos as nossas almas...se não tivermos medo. Se o não fizermos atempadamente acabamos por destruir a nossa integridade e impedir outras mulheres de avançarem também sendo autenticas...
Precisamos ousar dizer o que sentimos e pensamos umas sobre as outras. Não deve haver adulação nem perjuro...mas sinceridade e transparência, em vez de buscamos facilmente cumprimentos e elogios, pois isso favorece a nossa fraqueza e adultera o ambiente, seja ele qual for...
É perfeitamente notório que nos círculos de mulheres e entre amigas a maioria das mulheres se esconde em estratagemas e cenários com nuances diversas, para se afirmarem, em vez de procurarem a sua verdade. Elas preferem permanecer na ignorância ou em negação de si em vez de dizerem o que realmente sentem, e quando as situações surgem ou as pessoas não estão a dizer aquilo que sentem. Preferem também não dizer a verdade daquilo que veem e desse modo acabam por serem coniventes e ao calarem-se isso pode ter um peso enorme nas outras mulheres que até confiam nelas e assim abalam os alicerces do que quer que tenham construído, seja a amizade seja um grupo. Quando as mulheres não confiam em si mesmas elas falseiam e por isso mentem, acabando por não tomar decisões importantes nas suas vidas no momento certo, os momentos de verdade - que são os momentos de tomar "decisões cruciais, diante das encruzilhadas", como diz Jean Shinoda Bolen e eu tanto sinto na minha vida actualmente.
Sim, "Sempre que diz a verdade a outra pessoa, sobretudo se a verdade abala uma premissa, esse momento, torna-se numa encruzilhada. Do mesmo modo, sempre que procura a verdade, Hécate é a sabedoria interior que a preparar para ouvir.
Por vezes pode sentir-se inesperadamente na encruzilhada da Hécate, quando alguém está a dizer ou a fazer algo que a porá numa situação difícil. Pode ser um momento de falar em público ou uma situação em que “calar é consentir”, talvez perceba por si que se trata de um momento de verdade que lhe exige que faça o que sabe ser difícil, mas verdadeiro para sí.
Além do efeito que pode ter sobre a própria situação, estes momentos moldam a alma.
Por vezes, quando sabe que o que está prestes a fazer parece “herético”, surge um temor irracional, uma reacção emotiva que parece antecipar o grito “Bruxas á fogueira!” Trata-se de um medo transpessoal existente na psique das mulheres, um terror de serem rotuladas de bruxas e perseguidas.
Sentir este medo e ainda assim fazer o que tem de ser feito, exige coragem. Tendo em conta as repercussões no campo da energia colectiva feminina, quanto mais mulheres enfrentarem este medo mais fácil será para outras." **



rosa leonor pedro

(*p.172   J. Guendher, em yuganaddha, The Tantric View of live)
in As Deusas em cada Mulher, a Deusa Interior, de Jean Shinoda Bolen
**Marion Woodman, Dançando nas chamas,"

Toda a vida humana no nosso planeta nasce de mulher.



" Nascido de mulher. O que significa para os homens terem nascido de um corpo de mulher " 

(Garzanti, 1996) de Adrienne Rich. Saiu em 1976 nos EUA, oferece uma análise da maternidade numa perspectiva feminista.

" Toda a vida humana no nosso planeta nasce de mulher. A única experiência unificadora, incontestável, partilhada por todos, homens e mulheres, é o período de meses passado a formar-nos no colo de uma mulher. Uma vez que os pequenos do homem necessitam de cuidados muito mais tempo do que os outros mamíferos, e uma vez que a divisão do trabalho desde há muito estabilidade nas sociedades do homem atribui às mulheres a quase total responsabilidade pela criação dos filhos para além de os criar e amamentar, Nós temos as primeiras experiências de amor e de decepção, de poder e ternura, através de uma mulher.
Toda a vida e até na morte, guardamos a impressão digital desta experiência. No entanto, estranhamente, há pouco material que nos ajude a compreendê-la e a utilizá-lo. Sabemos muito mais sobre os mares que navegamos do que da maternidade... há muitos elementos a indicar que a mente masculina sempre foi obcecada pela ideia do dever a vida a uma mulher, o esforço constante do filho para assimilar, compensar ou negar o Feito de ter nascido de mulher.
As mulheres também nascem das mulheres. Mas sabemos pouco sobre os efeitos culturais deste facto, porque as mulheres não foram as protagonistas e as portadoras da cultura patriarcal... expressões como ' Estéril ' ou ' sem filhos ' foram utilizadas para lhe negar qualquer identidade adicional. O termo "não pai" Não existe em nenhuma categoria social.
O fato físico da maternidade é tão visível e dramático que o homem demorou algum tempo a perceber que ele também tinha uma parte na geração. O significado de "paternidade" continua a ser tangencial, exclusivo. Ser Pai sugere fornecer espermatozóides que fertilizam o ovo. Ser mãe implica uma presença contínua, pelo menos nove meses, e geralmente durante anos. A maternidade chega-se primeiro através de um ritual de passagem de grande intensidade física e psíquica - gravidez e parto - e depois com a aprendizagem dos cuidados necessários à criança, que não se conhecem por instinto. Um homem pode gerar um filho em um momento de paixão ou de violência, e depois repartir; também pode não rever mais a mãe, não se interessar pelo filho. Nestas circunstâncias, a mãe encontra-se confrontada com uma série de escolhas dolorosas, tornadas opressivas pela sociedade: aborto, suicídio, abandono da criança, infantil, criar um filho com a marca de "Ilegítimo", geralmente na pobreza e sempre no Fora da lei. Em algumas culturas, espera-lhe a morte pelas mãos da sua família. Algum que seja a sua escolha, a sua mente nunca mais será a mesma, o seu futuro como mulher está marcado por este evento... quase todas as mulheres, mesmo que como irmãs e tias, amas, professores, mães adoptivas, madrastas, foram mães porque dedicaram seus cuidados às crianças... para a maior parte de nós foi uma mulher que nos deu continuidade e estabilidade - mas também as repulsas e negações - dos nossos primeiros anos, e nossas primeiras Sensações, as nossas primeiras experiências sociais estão associadas às mãos, aos olhos, ao corpo, à voz de uma mulher... neste livro eu tentei distinguir entre os dois significados de maternidade, geralmente sobrepostos: A relação potencial da mulher com As suas capacidades reprodutivas e com os filhos; e o instituto de maternidade que visa garantir que esse potencial - e, consequentemente, as mulheres - permaneça sob controlo masculino ".


AS MULHERES PATRIARCAIS...

 


As Mulheres Também Podem Ser Patriarcais

O patriarcado também penetra na psique das mulheres, condicionando muitas  de nós a concordar e incorporar valores patriarcais.

Assim como um homem não é automaticamente patriarcal em virtude de ser um homem, uma mulher, em virtude de ser uma mulher, não está impedida de ser patriarcal.

Como uma mulher branca que foi criada em uma sociedade patriarcal, sei muito bem como posso ficar atordoada com meu condicionamento. Eu sei o quão facilmente muitas de nós podemos ficar impressionadas com o absolutismo em preto e branco e a autoconfiança dogmática do patriarcado, e como é fácil ser intimidada a ceder nosso poder a uma figura de autoridade patriarcal e confiar nele para nos dizer o que é certo e errado.

Quando as mulheres se encontram impotentes para identificar abusadores e sermos capazes de nos proteger da masculinidade abusiva, é porque temos dentro de nós a voz crítica de um homem patriarcal nos colocando para baixo, nos diminuindo, nos fazendo sentir inferiores e erradas. Esta sombra masculina insidiosa dentro de nós concorda com o comportamento abusivo dos homens patriarcais que encontramos em nossas vidas. Em seguida, nos alinhamos com a visão de mundo do nosso agressor ou opressor.

É por isso que algumas de nós, mulheres, acabamos defendendo líderes abusivos e apoiando uma legislação que vai contra nossa própria igualdade, auto-soberania e segurança como mulheres. Como consequência, acabamos abraçando as próprias crenças que desrespeitam as mulheres, colocam em risco a vida das mulheres e diminuem o valor das mulheres.

Este é um caminho que inexoravelmente nos leva a nos tornar mulheres patriarcais.

Há muitas maneiras pelas quais uma mulher se torna patriarcal, mas vou delinear três padrões principais aos quais muitas de nós somos particularmente suscetíveis, na esperança de que nossa consciência dessas tendências nos capacite para transformá-las.

1. Mulheres que incorporam um tipo de autoridade patriarcal

A primeira maneira pela qual uma mulher se torna patriarcal é renegar completamente sua identidade como mulher e se tornar “um dos meninos”. Esta é uma estratégia para evitar pertencer a um grupo que é considerado inferior e sujeito a discriminação e sexismo. Se ela adotar atitudes, crenças e comportamentos patriarcais, ela se sentirá precariamente igual aos homens no poder e se sentirá privilegiada pela associação. Ela pode então competir com eles dentro da estrutura de poder existente e até mesmo ganhar uma posição de poder sobre alguns deles. O perigo é que, quando chegar ao topo da escada patriarcal, ela não considerará mais as necessidades e desafios específicos das mulheres, como os associados à maternidade, nem defenderá os valores femininos de colaboração, flexibilidade e inclusão como sendo importantes. Este é um produto de seu condicionamento patriarcal para vencer a todo custo e ver o feminino como fraqueza.

Nossa sociedade está-se transformando rapidamente, e precisamos desesperadamente de mulheres líderes em todos os campos. Mas essas mulheres devem integrar valores e atitudes saudáveis em seu estilo de liderança, a fim de harmonizar o masculino saudável com o poder do feminino, permitindo assim que as mulheres mudem a estrutura de poder da sociedade de dentro para fora. Porque, caso contrário, mulheres poderosas também podem ser homens patriarcais. Se nossos líderes expressam sua autoridade através de valores patriarcais, não faz diferença se são mulheres ou homens.

2. Mulheres Que Se Tornam Submissas À Sombra Masculina

A segunda maneira pela qual uma mulher se torna patriarcal é aceitando uma posição de inferioridade e tornando-se subserviente ao masculino patriarcal. Ela perde seu poder, seu senso de si mesma e seu melhor julgamento, abdicando de tudo para uma autoridade patriarcal, a fim de receber reconhecimento e validação de si mesma, ganhando sua aprovação.

Essa autodiminuição insalubre não deve ser confundida com aceitar e abraçar os papéis tradicionais das mulheres como mães e cuidadoras. Na verdade, uma mulher pode ser uma mãe que fica em casa e ainda ser perfeitamente empoderada e auto-soberana porque ela vê seu trabalho como criticamente importante para sua família e para a sociedade e valoriza sua própria sabedoria.

Pelo contrário, uma mulher se torna patriarcal quando internaliza a mentira perniciosa de que os valores femininos e todas as características do feminino e, por extensão, das próprias mulheres, são inerentemente inferiores. Essa mentira se manifesta como uma autocrítica muito subtil ou através de uma crença enraizada de que as contribuições dos homens para a sociedade são mais importantes, ou que os homens são mais adequados para empregos que exigem a projeção de autoridade. Isso leva muitas mulheres a acreditar que as mulheres devem obedecer aos homens de forma inquestionável e, portanto, é perfeitamente natural que os homens sejam desproporcionalmente representados na política e nos negócios.

3. Mulheres que são privilegiadas por seu status em estruturas patriarcais

O terceiro padrão pelo qual uma mulher apoia a estrutura patriarcal acontece quando ela não quer balançar o barco porque perderia seu status privilegiado. Essa posição é mais prevalente entre as mulheres brancas de classe alta porque temem que, se o patriarcado entrar em colapso e a sociedade se tornar mais inclusiva e igualitária, elas possam perder seus privilégios. Esse tipo de padrão patriarcal muitas vezes leva a mulher a aceitar compromissos difíceis em troca da proteção do homem do qual ela depende.

 Extratos dum texto de Tiziana Dellarovere

segunda-feira, fevereiro 05, 2024

VIVEMOS NUM MUNDO DE HOMENS



Tem a mulher um pensamento próprio e distinto do homem?

Para mim sim! E só não se percebe isso porque as mulheres de hoje são incapazes de pensar por si, pensar no feminino...Elas pensam como os homens e agem como os homens. Não fazem a menor diferença deles a não ser na aparência. Elas usam o hemisfério cerebral esquerdo - razão e logica – masculino - pouca ou nenhuma emoção (emotion - o que move) e intuição hemisfério feminino, do qual praticamente abdicaram.
Há décadas que todas elas, de um modo geral, foram formatadas e ligadas a um Programa mental especifico (de controlo) e para serem adequadas ao Sistema de pensamento masculino para assim ficarem presas dos seus parâmetros, guiadas pelas suas cartilhas teóricas ou filosoficas, maçónicas e esotéricas ou religiosa-politicas. Só isto explica que com a percentagem galopante de mulheres formadas nas universidades do Sistema, pouco ou nada evoluiram no sentido de unir a Humanidade...Todas elas, grosso modo, desconhecem a sua essência, antes em parte guiadas pel intuição e emoção...posteriormente formatadas pela racionalidade masculina sendo que hoje estão eivadas da cultura patriarcal centenária que se serve da mulher em benefício próprio e da espécie, obedecendo ao Pater familia, servindo a Igreja, o Estado e o Homem, sem pensar nem entender qual a sua verdadeira essência mulher, da qual se foram afastando progressivamente (ou regressivamente!) manietadas pelo Poder patriarcal.
As mulheres modernas bebem das mesmas fontes patriarcais - intelecto+mente - sem ver nem perceber que foram aglutinadas e excluídas simultaneamente do Ser em si, tornadas apenas mulheres objectos, não Entes com vida própria, mas seres sem identidade e sem pensamento próprio - a Mulher pensa com o Coração inteligente (síntese dos dois hemisférios) e não só com a razão.
Compreendo o que é um facto: que vivemos exclusivamente num mundo de homens e onde o Homem é o único ser individuo que é considerado e respeitado na linguagem e que o ser mulher tal como as suas caracteristicas próprias foram paulatinamente apagadas e diminuídas como inferiores (coisas de mulheres!), diria mesmo anuladas, no exercício pleno da emoção intuição – as bruxas queimadas nas fogueiras - ao longo de séculos e seculos ficando apenas um ser submetido e subserviente ao macho a todos os níveis, seja na Arte e na Cultura em geral, e neste caso tudo o que diz respeito a Humanidade é do Homem e tratado no masculino exclusivamente – como toda a linguagem verbal e não só - deixando subentendido a subalternidade e insignificância da mulher na sociedade e na vida – ainda que sendo a Mãe do Homem – ela é ignorada, ainda que nas ultimas décadas as mulheres se tenham iludido de uma falsa emancipação (abandonou o lar e os filhos e tronou-se trabalhadora e mão de obra barata para o sistema) o que acabou por as tornar mais homens do que mulheres e que por isso tinham chegado a um patamar de igualdade mas não. Elas chegaram apenas a imitação do Homem sem sentirem nem expressar a Mulher em si de que se alienaram completamente.
Portanto, para mim o trabalho urgente e inalienável da mulher é reconectar-se com a sua essência Mulher e resgatar essa identidade perdida nos confins da memória colectiva e que nada tem a ver com deusas mas apenas com a espécie Mulher – a mulher como um ser totalmente distinto do homem – e que perdeu todas as suas qualidades tendo sido apenas a escrava a concubina e mais tarde apenas a parideira pecadora do sistema / igreja que como diz o medico Albino Aroso, (1923-2013) AINDA "Vivemos numa sociedade em que os homens acham que os ovários e o útero são da humanidade e o seios e a vagina são deles." Isto é válido para o nosso seculo…

rosa leonor pedro


O questionar é o princípio da compreensão



AS MUDANÇAS OU AS CURAS ACONTECEM DENTRO...

Obedecem a um movimento de consciência interno em que ninguém pode interferir de fora e por isso considero o papel dos pseudo terapeutas e dos dito curadores, invasores alheios dos processos de cada um/a e que só os pode atrasar a si mesmos e o pior aos outros. Dai ser veemente contra esta gente que se arvora em curadores da treta para mera afirmação egoica só para se dar importância. Falam muito em energia verde com que se alimentam, mas na verdade  são vampiros de energia alheia, a verde e a outra a que nos anima...
E em vez de se curarem a si mesmos eles esquecem-se de se questionar acerca das suas vidas e de fazer aquilo que deviam fazer consigo mesmos e seguir os seus processos em vez de querer curar os outros...
Sei de pessoas que pretendem ajudar e curar os outros sofrendo de todo o tipo de psicoses e disturbios e complexos e é isso que não entendo como se pode querer curar sem perceber o grau da nossa doença e alienação que não  tem fim...
Essas pessoas poderiam ser exemplos e podiam falar das suas feridas e do que as aflige pois isso seria mais util do que mezinhas e terapias que não passam de paliativos ou placebos...
 
Como é que essas pessoas não veem que "Todo o crescimento causará grandes distúrbios que conduzem a uma transformação imensurável. Não há que ter medo de perder o equilíbrio temporariamente quando o movimento de crescimento holístico se põe em marcha pelo vosso questionar. Quando ocorre uma investigação genuína sobre o que é a verdade, sobre o significado da vida, põe-se em marcha um processo de transformação.
O questionar é o princípio da compreensão. Toda a investigação, toda a exploração, se é genuína e honesta, mudará com certeza o “status quo” interior, transformando a natureza da vossa relação com a família, os amigos, a sociedade. "

VIMALA THAKAR


O BRANCO E O PRETO



 O ANDRÓGINO PSIQUICO

ESCRITO EM  2008

"As duas faces (do ser) são a expressão da dualidade que forma a natureza da vida que vocês conhecem pela vossa própria experiência humana. Ao longo da história, houve momentos de incrível iluminação espiritual mas também períodos de impenetrável escuridão e vocês podem constatar que estes dois extremos coexistem muitas vezes num mesmo momento e ocupam o mesmo espaço enquanto pólos da mesma energia. Estes pólos opostos confrontam-se e opõem-se, e no entanto, vocês podem perceber que eles são simplesmente reflexos de um todo.

Como estudantes de sabedoria esotérica, vocês aprendem que devem integrar as duas polaridades: o bem e o mal, a luz e a obscuridade, o amor e o ódio. Enquanto estiverem a alimentar as forças opostas, a guerra reinará sobre todos os planos.”

Le Haut Conseil de Sirius – Patrícia Cori

 AS POLARIDADES YIN E YANG

Deste modo torna-se claro para nós que tanto a Igreja secular  tanto a judaica como a romana assim como os Governos do Mundo, há séculos manipulam as pessoas mantendo-as em permanente luta e conflito interior através da dualidade (bem/mal) em que o individuo se vê continuamente projectado em luta interna  contra o seu pólo oposto – seja ele o masculino seja ele o feminino-negativo, seja ele o diabo ou o inimigo - em vez de clarificar que o que o verdadeiro Conhecimento alquimico nos propõe é a necessidade de integrar esses dois lados da natureza que coexistem dentro de nós e são parte do nosso ser para integrar e formar o Ser Uno ou Andrógino. Que as polaridades principais como o feminino e masculino se encontram em luta dentro de cada individuo e que essa separação é intencionalmente provocada pelos poderes da escuridão. Por isso a Integração do Pólo Feminino – completamente destruído por esses poderes - reverte-se da maior urgência. Eles sabem que o seu poder depende de separar a mulher do homem e na divisão intrínseca da Mulher em dois ou mais estereótipos, para impedir o encontro da “chama gémea” e a sua fusão alquímica, e assim exercem o controlo e a manipulação da humanidade através das Religiões e dos Estados, que colocam os seres humanos impotentes e temerosos entre um deus e um diabo fora de si mesmos.

A sujeição da mulher e a sua anulação como ente é o factor fundamental para o reino do Poder Oculto que domina o Mundo na obscuridade e na mentira. Por essa razão as mulheres continuam a ser sonegadas nas suas capacidades próprias e prostituídas e exploradas sem que os Estados façam nada, degradadas pelos meios de comunicação social, dos anúncios, e mesmo pelos Blogues de jornalistas e políticos que se servem de imagens aberrantes e destrutivas da sua beleza e a rebaixam ao lixo…

Eles promovem a alienação da mulher de si própria desde menina e do seu poder interior, educada para servir a espécie dos escravos que os humanos ainda são e da ideia única de produzir-consumir e morrer, na ilusão da evolução tecnológica que os afastou do contacto com a Natureza e a vida, dando-lhes instrumentos sofisticados e inúteis que poluem e destroem o sistema ecológico. Milhões de telemóveis, computadores, jogos e televisões, carros, e paraísos artificiais para férias que não fazem senão destruir ainda mais o equilíbrio da Terra, da flora, da fauna e dos oceanos…

O Eixo do Mal e o Eixo do Bem, representam os fundamentalismos americano e árabe, como pano de fundo dessa guerra milenar e nuclear, entre ocidente e oriente, que nos pode destruir a todos e que continua a alimentar os “vampiros invisíveis”…

A Mulher essencial, como mediadora das forças cósmicas e telúricas é a Pedra Basilar da construção do novo Mundo. As forças Yin, maternais, são absolutamente necessárias para entrar no período de oscilação da Terra para contrapor as forças Yang de destruição e guerra. Sem o despertar interior da mulher em relação ao seu poder interno e sem a consciência da sua actual cisão, a mulher não conseguirá interagir no mesmo plano que o homem e o homem não pode integrar o seu feminino.

Tal como os cientistas, apesar das suas fantásticas descobertas as inutilizam, por ignorarem ou negarem o plano da espiritualidade do Planeta, e não verem Gaia como um ser vivo assim também as mulheres modernas e intelectuais que lutam pelos seus direitos e alteração das leis a seu favor, ao fazê-lo sem a dimensão espiritual  e sem conexão com o feminino sagrado, as inutilizam e acabam por as virar contra si próprias.

Considerar a evolução espiritual do homem ou em conjunto sem que a mulher primeiro acorde para o seu feminino sagrado e primordial é um erro enorme porque se cai na ilusão de uma evolução que não é baseada nem na paridade nem na verdadeira integração dos pólos opostos complementares a nivel interior, continuando a luta agora mais subtil, entre o positivo e o negativo e a nova e mais nefasta religião que é a new age sempre baseada na sujeição/anulação da mulher e ainda no bem e no mal…

Ignorar que a mulher esta desconectada da sua femininlidade e principio feminino e que ainda não alcançou esse patamar de união consigo mesma  sendo plena  e consciente da sua cisão milenar é ignorar algo de fundamental e servir ainda o mundo da escuridão…persistindo na ideia errada de que a Mulher é igual ao Homem...

Um mundo supostamente espiritual, que ainda afastou mais as mulheres de um caminho só seu, onde proliferam egos, medos, ódios e competição entre mulheres …onde o dinheiro e a aparência continuam a ser o apanágio de guias e terapeutas e curadoras, astrólogos, gurus e discípulos…que acabam na sua ingenuidade ou ignorância por servir os interesses dos senhores das trevas…

Ah! Parece apocalíptico…pois parece…

in (O Livro) MULHERES & DEUSAS

rosa leonor pedro

RESPOSTA A UM "AMIGO" TEIMOSO...





SEMPRE QUE TENTO DIALOGAR COM UM HOMEM É IMPOSSIVEL...neste caso e nem com toda a boa vontade do mundo se consegue uma compreensão quando se trata da mulher que eles sentem ser pertença sua - ora é o seu feminino dentro, ora é a mulher masculina e agressiva que não lhes cede toda a atenção e não encontro excepções...
Não, os homens não são amigos das mulheres...

...meu caro, nem sempre lhe respondo com a atenção que me merece porque nem sempre estou nessa disposição...mas a questão é que cada um de nós experimenta nesta vida uma dimensão diferente de ser enquanto humano e enquanto ser homem e mulher. A dimensão da mulher é uma e a do homem é outra ainda que a alma seja neutra e o espirito uno, MAS HÁ AQUI UM GRANDE MAS, se quisermos compreender o que vivemos enquanto corpos e funções e mais do que isso - para mim somos espécies diferentes, bem diferentes - e não pode ignorar a Mãe que forma o filho dentro do seu ventre, carne da sua carne (e genes) e que dá a criatura humana a dimensão do seu ser terreno e não só dentro do utero na gestação mas depois na exo-gestação - o contacto com o corpo da mãe e do aleitamento fluidos e caricias e de quem a igreja separou pelo pecado - e como certamente sabe os mamiferos e nos caso os macacos, quando separados da mãe ao nascer ou ela morre, tornam-se agressivos e não sabem, em adultos copular... e assim penso que o homem. Sendo que não podemos escamotear que a mulher é o que contem e o homem o contido - e esse é o fenômeno vida na terra que tem uma dimensão maior e natural do que o Homem lhe deu...escondendo o valor e a função da mulher como mãe reduzindo-a a parideira e a objecto sexual. Tudo isso lesa o homem também. Repare que todo o erotismo tem origem no aleitamento... os seios da mulher são o primeiro movimento de prazer desde que se nasce até morrer pelos vistos... Assim, essa mulher imago é a Mãe que todos trazemos em nós e que nos deu o primeiro prazer e sentido da vida...natural e fecundo - acontece que essa Mãe foi morta... e o drama humano parte dela começa ai, não tem solução na sublimação nem na transcendência, mas na vivência real enquanto num corpo o que nos dará essa dimensão superior de entendimento próprio da nossa Humanidade.
E há uma coisa que discordo de si, a religião e Jesus, o credo o cristo ou seja lá quem for o avatar o mestre ou o buda como ser superior que venha de não sei onde - o ser humano pode realizar a sua essência e ser soberano se ele perceber os planos da encarnação sem ser a luz de não importa que religião. E ai cada ser tem de compreender o seu papel. Você vê de forma indiferenciada o homem e mulher e isso para mim é um absurdo - nasci mulher e a minha vida teve apenas um sentido - sentir e redimensionar o feminino original, na sua genese e restituir a mulher o seu dom de amor e beleza - o que qualquer homem devia ansiar também.
Somos corpo alma e espirito e juntos temos de dar um sentido a essa função-missão ou o que seja a razão de estarmos encarnados.

rosa leonor pedro

EIS UM FRAGMENTO DE RESPOSTA DESSE AMIGO...

"...obrigado pela interação. Para mim é sempre uma oportunidade de ir esclarecendo as minhas ideias e ver, se é que consigo, onde e porquê os outros têm dificuldade em compreendê-las. Respeito, como é óbvio as suas opiniões, mas eu também não compreendo como a Rosa não consegue distinguir a realidade fisica e biológica da mulher da sua realidade psicológica.
E quando falo em realidade psicológica da mulher, falo de três camadas distintas. Uma de grande proximidade á sua parte "hormonal" e biológica, digamos assim. Outra cultural e egóica, que é aprendida e passada de geração em geração, dependendo da latitude e das diferenças culturais dos diversos povos. E finalmente, uma terceira camada psicológica feminina, a mais profunda de todas, que é partilhada e vivida por homens mulheres, quando ambos se conseguem desprender das suas respectivas primeiras duas camadas. Quando digo "desprender" quero dizer fazer com que coexistam paralelamente a um nível consciente.
A diferença entre a Rosa e eu, é que a Rosa pretende fazer do feminino um atributo específico, ou mais específico da mulher, enquanto eu, afirmo que o feminino é um atributo de ambos os géneros. Até lhe digo mais, qualquer pessoa introvertida é feminina no seu modo de apreensão do mundo e no seu modo de funcionamento interno, seja homem ou mulher. E isto nada tem a ver com uma potencial homossexualidade. E o oposto se passa para um indivíduo extrovertido, homem ou mulher, pois a sua consciência e o seu ego seguem os atributos do arquétipo masculino."
A.B.

domingo, fevereiro 04, 2024

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL É MACHISTA...



ESTA É A MULHER IDEALIZADA PELA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL,
ARTIFICIAL COMO TODOS OS HOMENS QUE A FABRICAM...
AO CENTRO E AO FUNDO O FALO SUPERIOR E OS MAIS PEQUENOS EM REDOR...


ESTA IMAGEM ilustra bem o que diz Camila Paglia:

“Os ciclos da natureza são os ciclos da mulher. A feminidade biológica é uma sequência de retornos circulares, que começa e acaba no mesmo ponto. A centralidade da mulher confere-lhe uma identidade estável. Ela não tem que tornar-se, basta-lhe ser. A sua centralidade é um grande obstáculo para o homem, cuja busca de identidade é bloqueada pela mulher. Ele tem que se transformar num ser independente, isto é, libertar-se da mulher. Se o não fizer acabará simplesmente por cair em direcção a ela. A união com a mãe é o canto da sereia que assombra constantemente a nossa imaginação. Onde existiu inicialmente felicidade agora existe uma luta. As recordações da vida anterior à traumática separação do nascimento podem estar na origem das fantasias arcádicas acerca de uma idade de ouro perdida. A ideia ocidental da história como movimento propulsor em direcção ao futuro, um desígnio progressivo ou providencial que atinge o seu apogeu na revelação de um Segundo Advento, é uma formulação masculina. Não creio que alguma mulher pudesse ter concebido tal ideia, já que a mesma é uma estratégia de evasão em relação à própria natureza cíclica da mulher, na qual o homem teme ser aprisionado. A história evolutiva ou apocalíptica é uma espécie de lista de desejos masculinos que desemboca num final feliz, num fálico cume”*
In, Personas Sexuais
Camille Paglia