O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, setembro 13, 2021

A CURTO E A LONGO PRAZO...



OS MORTOS VIVOS...

Não é só o neo liberalismo que nos impede de pensar...também os neo-espirituais.. RLP

"Todos os dias desaparecem espécies animais e vegetais, idiomas, ofícios. Os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Cada dia há uma minoria que sabe mais e uma minoria que sabe menos. A ignorância expande-se de forma aterradora. Temos um gravíssimo problema na redistribuição da riqueza. A exploração chegou a requintes diabólicos. As multinacionais dominam o mundo. Não sei se são as sombras ou as imagens que nos ocultam a realidade. Podemos discutir sobre o tema infinitamente, o certo é que perdemos capacidade crítica para analisar o que se passa no mundo. Daí que pareça que estamos encerrados na caverna de Platão. Abandonamos a nossa responsabilidade de pensar, de actuar. Convertemo-nos em seres inertes sem a capacidade de indignação, de inconformismo e de protesto que nos caracterizou durante muitos anos. Estamos a chegar ao fim de uma civilização e não gosto da que se anuncia. O neo-liberalismo, em minha opinião, é um novo totalitarismo disfarçado de democracia, da qual não mantém mais que as aparências." - JOSÉ SARAMAGO


"Requiem pela Europa.

NÃO EXISTE, nunca existiu NENHUMA UNIÃO, tal como nunca existiu nenhuma “EUROPA” que não fosse um mero conceito geográfico.
Apenas existem colonos e colonizados dentro de um espaço que se pretendia de manipulação “globalizada”, e que hoje sofre da expansão da sua enfermidade.
Quando Passos Coelho disse aos portugueses que teríamos que empobrecer, estava absolutamente certo.
E estava absolutamente certo dentro do contexto de um país falido, economicamente primitivo, encravado à força num sistema monetário inadequado, em grande parte responsável por bárbaras e devastadoras políticas de governação associadas a uma liberalização criminosa do sistema bancário.
Um cocktail demoníaco que apenas encontrava match na corrupta Grécia.
Assim, e contrariamente ao exemplo da Polónia, Portugal amarrado ao Euro e cativo de uma dívida pública estratosférica, grande parte dela na posse de Bancos falidos, pouco mais podia fazer do que abraçar a guilhotina do imperialismo global do neoliberalismo.
O que equivale a dizer que teria que ocupar o seu lugar, segundo a "diferenciação social" imposta aos países não "capitalistas", os quais (tal qual acontecia na expansão colonialista do sec. XIX) servem de manancial de recursos e/ou mão de obra barata.
E era a isto que Passos Coelho se referia. O que nem sequer faz dele um visionário.
De facto, antes um conformado seguidor da normalização em curso.
Vejamos:
A dependência económica de uns países perante outros, existente desde há muito, estava, até recentemente, escondida pela dependência política colonial clássica e tradicional, que postula o seguinte:
Uma nação “NOMINALMENTE INDEPENDENTE” está DEPENDENTE economicamente quando as suas empresas mais importantes são controladas por um país estrangeiro.
Ou seja:
OFICIALMENTE, o o seu governo toma as decisões no interesse nacional.
PRATICAMENTE, contudo, se são grupos estrangeiros quem controla as maiores concentrações de poder económico, terão certamente uma influência poderosa nas decisões do governo.
A ISTO chama-se GLOBALIZAÇÃO ECONÓMICA.
A globalização económica está a realçar uma linha de fractura profunda entre Grupos que têm competências e mobilidade para progredirem em mercados globais e aqueles que as não possuem.
Vive-se uma época onde são evidentes a expansão e a prosperidade mas, ao mesmo tempo, também a pobreza, a destruição ecológica e a degenerescência cultural que caracterizam a vida quotidiana da maior parte da humanidade, pois o fosso entre países ricos e países pobres aumentou.
O neoliberalismo ( forma de ditadura encapotada no liberalismo clássico) veio agravar ainda mais este problema.
Donde,
O colonialismo e o imperialismo não se desvaneceram com a quebra dos laços políticos entre colonizados e colonizadores.
Longe disso!
As nações continuam presas na rede da dependência económica e financeira que constitui o núcleo central daqueles dois conceitos e que dificulta seriamente o seu desenvolvimento, não se antevendo uma saída para esta ordem internacional no médio prazo que não passe por um rompimento brusco e tempestuoso dessa rede de dependência.
Algo que PARE com o colonialismo chinês, o qual representa o gradiente MAIS PERFEITO do neoliberalismo totalitário, ao combinar poder financeiro estatal com a expansão comercial de Mercado.
E, TAL, é coisa que a “Europa” não está preparada para fazer. Nem pode! Pois que a sua monstruosa faceta colonizadora abriu uma ferida profunda nos países sujeitos à “Austeridade” pela qual entrou e se fixou o vírus amarelo, o qual ameaça progredir na razão directa da fraqueza compungente da “liderança” europeia e do desespero ganancioso dos regimes socialistas dos seus governos."
- Maria Manuela


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