A ARROGÂNCIA SOCIAL E INTELECTUAL DOS ESTRANGEIRADOS...
É de reparar que alguns nomes sonantes da nossa praça - não os digo, mas há muitos e muitos titulos - e que
apareceram com sucesso nos jornais e televisões, eram filhos ora de mãe inglesa
ou de pai alemão ou netos de estrangeiros influentes… e isso perdura nos nossos
dias. Valem-se sempre das suas origens estrangeiras e o papalvo do português seja
ele qual for – mesmo doutor-engenheiro – continuam a bajular esses
estrangeirados (alguns já portuguesíssimos) tal como os nossos políticos servem
o estrangeiro, e já serviam os mais
privilegiados, banqueiros e poderosos …enquanto o povinho, mesmo os mais letrados ou cultos, ficam sempre como boi a olhar para o palácio,
como se todos esses estrangeirados que nos tratam com a tal complacência e até bonomia
– ai estes portugueses coitados – mas que se servem de nós e vivem a nossa
conta e da nossa saloiice há séculos, acabam rindo devido a esse deslumbramento aos
estrangeiros de que F. Pessoa falava, e em negação de si mesmos e das suas raízes
e origens. Muitos aproveitam-se a armam-se em “doutores” também e riem-se desse
nosso complexo, e de tudo fazer para inglês ver… quando se estivessem na sua terra… lá em
França na Bélgica, em Inglaterra ou na
Alemanha NÃO ERAM NINGUÉM.
rlp
DIZ FERNANDO PESSOA: "Para o provincianismo há só uma terapêutica: é o saber que ele existe. O provincianismo vive da inconsciência; de nos supormos civilizados quando o não somos, de nos supormos civilizados precisamente pelas qualidades por que o não somos. O princípio da cura está na consciência da doença, o da verdade no conhecimento do erro. Quando um doido sabe que está doido, já não está doido. Estamos perto de acordar, disse Novalis, quando sonhamos que sonhamos."
Fernando Pessoa, in 'Portugal entre Passado e Futuro'
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