O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, junho 07, 2024

terça-feira, junho 04, 2024

QUAL É O LADO VENCEDOR DA MULHER?




"Ser uma mulher requer uma grande quantidade de força. O seu sistema glandular, a sua inteligência e a sua consciência têm que ser extraordinariamente fortes para que possam estar do lado vencedor."

NÓS MULHERES NÃO QUEREMOS PERTENCER AO LADO VENCEDOR!

POR ISSO Nenhum Mestre, nem nenhum homem, tem autoridade e conhecimento do que é ser Mulher - não tendo ele nascido mulher - para poder transmitir qualquer conhecimento à mulher sobre si mesma; isto é um absurdo independentemente da mulher ser um ser humano e como tal poder fazer um caminho espiritual paralelo ou não com o homem, ela é essencialmente diferente do Homem porque tem uma ligação directa ao Utero e do utero ao coração e a garganta... Sendo assim a mulher tem de reencontrar essa voz do Utero e encarnar de novo as forças que dão vida e nos ligam a Terra Mãe, Gaia. Sabemos que por isso a mulher tem um caminho interior próprio, diferente do homem, porque ela é Iniciada por Natureza e a ela ligada e só tem que entrar em contacto com a sua essência primeira. Essa Essência feminina que lhe foi roubada.
A inversão dos princípios, feminino e masculino, colocou a Humanidade em estado de desequilíbrio e portanto não se trata de lutar por adquirir "igualdades" e direitos nem estar do lado do "vencedor" homem, mas de a mulher readquirir o seu poder inato que é a sua ligação a Utero a Terra e à Mãe. E isso será feito por e entre Mulheres e não por ou com homens. Nenhum homem tem uma palavra a dizer sobre o que é ser mulher a não ser amá-la e respeitá-la como mãe e amante. São as mulheres as grandes iniciadoras dos homens tal como são elas as mães que lhes dão a vida.
Na verdade toda esta propaganda acerca do masculino sagrado e o desvio do tema central que é o Feminino Sagrado, sem que a mulher faça esse mergulho no utero e nas forças primordiais do feminino ontológico, tudo isto não é mais do que cosmética patriarcal para vender o produto "espiritual" e continuar a manter as mulheres dependentes dos homens e do seu romantismo serôdio e também continuarem fiéis do senhor seu deus misógino.
A titulo de exemplo podemos  destacar aqui a afirmação de uma mulher que se move dentro da espiritualidade new age  a seguinte frase durante uma entrevista:

"O SAGRADO FEMININO COMEÇA NOS HOMENS E O SAGRADO MASCULINO NAS MULHERES"...

Que enormidade e disparidade há  nesta afirmação, enganosa e desviante de um propósito feminino mais urgente do que nunca e que NÃO desvie as mulheres do seu centro animico e ontologico?
Que falta de senso e de genes femininos, que falta de consciência do que é a ESSÊNCIA da Mulher e da sua constituição genética e morfológica. É o Utero e os ovários que definem a capacidade geradora e receptiva e amorosa da mulher e esta senhora  inverte os aspectos psiquicos de cada um dos sexos, tal como de algum modo Jung fez ao dizer (grosso modo) que o homem é a anima e a mulher o animus...
E porque falar em SAGRADO aqui? O sagrado exige consciência de si e realização profunda do Ser Humano, exige transcendência. Mas exige principalmente que a Mulher seja A Mulher e que o Homem seja o Homem coisa que nem um nem outro ainda são...

Por outro lado, COMO PODE UMA MULHER FALAR DO HOMEM? é o que sempre pergunto...será da mesma maneira que o homem tem falado da mulher ao longo dos séculos, inventando-a...?
Que a mulher fale do seu sentir mulher e desejo (porque se trata do seu desejo-projecção) e não do sentir dos homens - que sabe a mulher ao certo do sentir masculino sendo ela uma mulher? Tal como sabe o homem do sentir da mulher - é por isso que diz que ela é estranha esquisita e histérica? 
Que pode uma mulher falar de homens que não o que inventa e projecta de si? Afinal as mulheres quando falam dos homens, falam do que seria o seu  ideal amoroso do casal, pois que falam e pensam  apenas em termos de par e de metades... E assim elas obedecem a todas as hierarquias patriarcais que obedecem a formatação da sujeição submissão da mulher? 
AS mulheres sem entenderem que dentro do Sistema patriarcal, no actual paradigma e sem sairem  dele existem apenas relações de dominação de um sobre os outros, ou antes do homem sobre a mulher, e assim não conseguem sair do circulo vicio da sua formatação romântica.  
 

rlp

A DOMINAÇÃO PATRIARCAL




COMO A SOCIEDADE PATRIARCAL NOS CONTROLA AO NIVEL DO PODER INSTITUIDO, SEJA PELA EDUCAÇÃO DESDE PEQUENOS, EM FAMILIA, SEJA NA "CATEQUEZE" SEJA NAS ESCOLAS.


“Li num texto que diz que as pessoas devem aprender a mandar sem arrogância e a obedecer sem humilhar-se. Como se o facto de mandar não pressupunha a arrogância – a superioridade hierárquica - de crer-se que se pode mandar. Porque quando mandamos nos noss@s filh@s estamos a inocular neles a falta de respeito à sua integridade como seres humanos, pois lhes estamos inculcando a ideia de que a hierarquização social é o normal e o natural. O que na realidade é proposto com a ideia de mandar sem arrogância é para que a ostentação da superioridade fique dissimulada, para que se aceite sem problemas o estado de inferioridade, e que a couraça especifica (as defesas criadas pelo individuo para se proteger) a da nossa submissão não nos permita perceber o ultraje à dignidade que supõe a submissão (por isso assim também aprendemos a obedecer sem nos sentirmos humilhad@s). É a ‘educação emocional’ contra natura. A forja de um bom encouraçamento (a armadura de defesa) para viver como normalidade as relações de dominação. Porém, mandar, e portanto, dominar alguém, não é próprio da condição humana: é uma arrogância per se e um ultraje à dignidade humana, essa mesma arrogância pode ser manifestada ou dissimulada; e submeter-se é prescindir da própria dignidade, ainda que estejamos tão acostumados a submetermos a tudo e todos os dias, que não consigamos percebê-lo. Para contar-se as coisas, dar ou receber informação, e agradar mutuamente, não é preciso, por um lado, ter arrogância, nem couraça, nem humilhação, nem pelo outro, de ultrajar a dignidade própria ou a alheia.
Esclarecido tudo isso, também há que se dizer que há uma possibilidade de se obedecer sem se humilhar: quando se compreende, por exemplo, que tenho que obedecer ao meu chefe no trabalho, ao meu pai ou à minha mãe em casa porque faz parte do sistema social, ainda que não faça parte da vida (precisamente sendo disso que nos querem convencer, mas isso é mentira). Ou seja, obedecer por imperativo legal, sem mentiras nem camuflagem, sem me interiorizar nem crer-me pela minha condição de menor, que me corresponde a de ser assalariad@, ou pelo meu sexo ou pela minha raça, etc. Temos que explicar à noss@s filh@s que as vezes obedecemos por imperativo legal, quando não há mais remédio (no colégio, no trabalho), mas dizendo a verdade para que não percam o respeito para com el@s mesm@s, nem caiam num estado de submissão inconsciente, e preservem a sua dignidade interior intacta, a integridade das suas qualidades inatas.
A dominação sempre começa em casa, na família. É a repressão que exerce a mãe e o pai sobre a criatura, e que eles exercem porque a sociedade lhes outorga o Poder de facto para exercê-la.


P 191 A rebelião de Édipo II parte – Casilda Rodrigáñez Bustos


segunda-feira, maio 27, 2024

O QUE NÓS NÃO ACREDITAMOS



GARIMPANDO A VERDADE

"Se eu te dissesse que coisas terríveis estão acontecendo neste mundo que você nem imagina!

Se eu te dissesse que a humanidade foi feita refém, não pelos nossos governos que são apenas fantoches, mas por um grupo de pessoas, muito poderoso chamado ′′ elites ′′ ou ′′ cabal ", ou ′′ Iluminati". Que eles mesmos são manipulados por um grupo de entidades muito negativas.
Se eu te dissesse que nós humanos fomos vendidos como gado, contra certas tecnologias, que obviamente nunca tivemos conhecimento.
Se eu te dissesse que essas ′′ elites ′′ são pedófilos satanistas.
Se eu te dissesse que milhões de pessoas e principalmente crianças desapareceram. Vendidos como escravos sexuais, pelos órgãos, por experiências, ou sacrificados em rituais satanistas, ou como comida para alguns grupos.
Se eu te dissesse que todo esse tráfico de escravos é organizado por aqueles que nos dirigem.
Se eu te dissesse que guerras, atentados, fome e até algumas catástrofes ′′ naturais ′′ são organizadas por eles, para manter os humanos com medo e melhor controlados.
Se eu te dissesse que cerca de 80 % das suas crenças, de tudo o que você foi incutado durante a sua infância, pelos seus pais, ou na escola ou até mesmo nos livros, é falso! Seja ciência, história etc... e até a religião é corrupta. Que isso é desejado por eles e faz parte da programação que os humanos recebem para impedi-los de evoluir.
Se eu te dissesse que eles lideram todos os bancos do mundo, indústria farmacêutica, comida, mídia... que tudo que você consegue ler nos jornais ou ver na TV é falso porque é manipulado por eles.
Que todos os filmes / séries de violência, estupro, rapto de crianças sejam feitos para nos fazer aceitar o inaceitável (como pedofilia), nos manter com medo, gerar violência. E que muitas séries / filme de ficção são, na verdade, reportagens sobre o mundo real.
Que a TV é apenas uma ferramenta para hipnotizar o povo idiota e manipulá-lo.
A lei da atração é uma lei universal, que faz com que nossos pensamentos sejam criativos. Nós mesmos criamos o nosso mundo com nossos pensamentos, atraímos para nós, o que mais pensamos, o que a nossa atenção presta. Isso nós não sabemos, mas a cabala entendeu isso há centenas de anos e usa-o à nossa custa.
Assim, quando a mídia nos mostra guerras, violência, castástrofes durante todo o dia, isso inculca dentro de nós medo e criamos, sem perceber, o que mais pensamos, ou seja, mais Medo, mais guerra, mais violência. Nós chamamos de ′′ egregores ", são nossos pensamentos criativos coletivos que os criam.
Se eu te dissesse que eles planejaram matar 90 % dos humanos para poderem controlá-los melhor (projeto Blue Beam), que envenenaram a água (presticida, cloro e flúor), a comida (OGM, pesticidas...), A Terra, O ar deles (chemtrails). Eles até trabalham em vírus capazes de eliminar o mundo inteiro!!!!
Eles que inventem doenças para nos vender medicamentos que nos matam, mas não muito rápido para que tenhamos tempo para lhes dar o pouco dinheiro que nos resta.
Quer eles vacinem nossos filhos com produtos que os matam, ou os deficientes, para diminuí-los para que eles se tornem bons escravos incapazes de refletir por si mesmos. TV, celular, videojogos também são utilizados para esse propósito.
Se eu te dissesse que a prata não existe porque já não está indexada ao ouro, porque o ouro desapareceu. Nosso dinheiro é apenas um número em um computador do banco que lhes pertence, eles podem imprimir quantos ingressos quiserem, na verdade, os ingressos só têm o preço do papel. O dinheiro que você ganha tão duramente é apenas vento, é apenas um esquema enorme!
Se eu te dissesse que eles escondem tecnologias que permitiriam que todos vivessem sem dinheiro, tendo tudo o que precisamos, e sem nenhuma doença.
Se eu te dissesse que eles são capazes de consertar qualquer tecido humano e até mesmo refazer nosso corpo totalmente como éramos há 20 anos (ver Corey Goode e Emery Smith). Que eles são capazes de se clonar como eles querem.
Se eu te disser que eles podem ′′ brincar ′′ com o tempo e já fizeram isso várias vezes. (veja efeito mandela)
Se eu te dissesse que eles estão em contato com entidades, que negociam com essas entidades negativas, usando humanos como moeda de troca, A não ser pela lavagem cerebral que eles nos fizeram passar.
Se eu te dissesse que há muitos grupos de entidades positivas e negativas que vivem na Terra há muito antes de nós (milhões de anos).
Eu acho que se eu te contasse tudo isso, estragaria um pouco o seu dia e você provavelmente pensaria que eu sou louca.
Então, talvez eu não devesse falar com você..."

QUEM É LILITH?



NOTA: ESTE TEXTO PUBLIQUEI-O JÁ HÁ ALGUM TEMPO
e corresponde a questões debatidas em  um comentário inicial no facebook, mas que desenvolvi em dois textos  e sei que poucas mulheres vão entender ou gostar...
Será mais umas pedradas no charco!
rlp



I
LILITH É UMA REALIDADE e não apenas um Mito refeito e desfeito a vontade de quem a quer usar aleatoriamente ou uma deusa como escape ao corpo de desejo, ou um aspecto da mulher a que queremos dar relevo decorativo ou discursivo para justificar aspectos subversivos da nossa personalidade fragmnetada, ou para nos subtrairmos a responsabilidade de sermos Mulheres Conscientes da nossa natureza selvagem e ctonica.
Lilith não é um mero aspecto no nosso mapa astral... Lilith é a nossa origem e integralidade como mulheres ligadas ao ADN de Eva micondreal. *

Que Eva? Outra senão Lilith ou Pandora?
Mulheres fundadoras da nossa história e originalmente defensoras da nossa liberdade...contra o dogma religioso cristão e o seu deus que fez com que a Mãe Imaculada esmagasse a seus pès Lilith (na imagem) a instigadora de Eva, esta considerada a pecadora pelo catolicismo para sempre.

Por isso Lilith é AGORA a emergência de um FEMININO INTEGRAL e de uma ENERGIA que nos liga a terra e à nossa essência. Lilith não é uma questão aleatória ou uma moda, mas uma chamada urgente a nossa integralidade de mulheres e ao Principio Feminino na Terra e a esssa Primeira Mulher Pandora.

Não há tempo para mais distracções nem para brincarmos as deusas ou curandeiras e bruxas ou ao que quer que seja de forma ligeira e superficial. Há que  encontrar  Lilith dentro de nós  e dar-lhe voz se quisermos fazer parte da mudança planetária e de um novo paradigma que se sustentara na energia do feminino ... pois sem que a Mulher vibre nessa energia e a expresse com integridade e verdade, cairemos no abismo do passado que nos devora e mente ou nos convence de que somos mulheres livres e autónomas sem o sermos e continuaremos a servir o patriarcado e fiéis ao ego do predador-dominador.

II
A CONFUSÃO SOBRE LILITH CONTINUA - fala-se de dela como se Lilith fosse apenas a sexualidade reprimida ou um pretenso e oculto erotismo da mulher, aquilo que as mulheres em geral não ousaram ser (excepto, no patriarcado, as raras mulheres cortesãs e concubinas na antiguidade) e nesse sentido, incapazes de se assumir durante estas ultimas décadas porque demasiado masculinizadas e frias e  há séculos reprimidas sempre sujeitas à repressão cultural económica, social e sexual masculina.
Por detrás desta nova abordagem do feminino, em nome do feminino sagrado e de uma nova espiritualidade, SINTO que estamos cada dia mais a resvalar perigosamente para uma copia de todas estas coisas antes anunciadas como uma libertação da mulher profunda indo ao encontro dela mesma e da sua Sombra, mas que sem conhecimento profundo, sem noção do que nos divide e antagoniza, navegamos agora em plena maionese de um idealismo pungente que vem eivado de catolicismo. 

Assim a mulher aparece agora sob a capa do dito "feminino sagrado" quer em nome dessa espiritualidade muito generalista, que abrange todas as formas de culto da Deusa e fé ou crenças do passado, tudo bem miscigenado, e é então que essa cópia pervertida da Mulher verdadeira aparece, aliás, ela surge em nome dessa Mulher verdadeira que foi Lilith, mas agindo ou falando sem nada sentir e por isso fiel ao patriarcado que as modela como quer para agradar ao homem. As mulheres inventaram uma religião da Deusa como cridora e rezam-lhe como se fosse afinal deus...
Digo-o, porque poucas mulheres nesses percursos tem feito esse trabalho em profundidade consigo mesmas e por isso não terem na verdade NENHUMA consciência de si nem da sua autonomia e poder intrinseco porque continuam divididas e sem acesso a essas experiências de totalidade que só são possíveis uma vez que tenham  integradas as duas mulheres no plano emocional e psiquico. Contudo elas falam e escrevem divulgando meramente ideias e conceitos que veiculam por todo o universo virtual, sem qualquer consciência de si, como mulheres integradas e plenas, e muito menos no caso de Lilith em que apenas exaltam ou ressaltam a sua sexualidade transgressora.
E assim, sob esta nova capa, elas oferecem-se ao seu novo heroi, o homem selvagem, mas de acordo com os conceitos nova era, a quem se prometem como mulheres sagradas e sensuais ou  como Liliths audazes e sedutoras, seja como sacerdotisas eróticas e desregradas, com promessas que lhes fazem de prazer eterno... 
E é vê-las por ai...a escrever poemas, a dançar, a cantar e a rezar em oferenda ao seu deus cornudo e ao masculino sagrado cheias de amor e paixão acesa!
E é ai que para mim surge a velha mentalidade camuflada dessa nova imagem da mulher mas que no fundo continua a ser a velha mulher incompleta e submissa, a pobre Eva, disfarçada de Lilith, que precisa do seu amante e complemento masculino - do Pai e do Filho - para se cumprir e servir, e essa mulher nada tem ou terá jamais a ver com Lilith.
 
SIM, TUDO CONTINUA IGUAL 
 
E “ ...ela explicou que as mulheres, mais do que os homens, são os verdadeiros sustentáculos da ordem social, e que, para cumprir este papel, elas foram educadas, uniformemente em todo o mundo, para estarem a serviço do homem.
- Não faz diferença se elas são criadas como escravas ou se são mimadas e amadas, observou ela.
- A finalidade e o destino fundamental das mulheres continuam sendo os mesmos: nutrir, proteger e servir os homens." 
- taicha abelar

Não, as mulheres não fazem a diferença porque ficaram presas pelo catolicismo serôdio e às crenças mais atávicas ou ainda socialmente presas ao "politicamente correcto"- o social politico e económico - que camufla o seu medo e inferioridade em se afirmarem pelo que sentem e são e então para se valorizarem recitam os mestres e os guias ou os instrutores - sei lá...os canalizadores...e esses heróis que elas elegem e acham ter uma sensibilidade especial, muito feminina... e se calhar bem mais feminina do que a delas...pois estamos a falar de mulheres Evas! As mulheres inventaram uma religião da Deusa como criadora e rezam-lhe e assim acabam por a cultuar como se fosse afinal deus...
Eu vejo as mulheres sempre com medo de se dizerem e confrontarem a si mesmas e umas às outras, simulando alegria e bajulando-se nas suas performances. Nunca falam da sua dor e emoções verdadeiras...dos seus complexos e medos, nunca se dizem vulneráveis ou susceptiveis... mentem para si e para as outras. Vivem para uma imagem de si que seja a mais cotada no mercado das aparências... andam distraidas por mais valias que não interessam a ninguém que seja realmente consciente de si enquanto seres individuais. Andam por ai em luta com os seus egos e cheias de fantasias na cabeça à espera do novo "Príncipe encantado" a vender o seu Mito do amor e agora vestido de xamã e de guerreiros de cabelos compridos e ar angélico ou do intelectual ou artista de vanguarda muito feminino. E só vendem a mercadoria que apregoam, claro se tiverem um parceiro a altura - ah que inveja e que delirio, o das outras mulheres e clientes!
No fim restam poucas mulheres autenticas, reais ou feias até, as gordas são suprimidas e as velhas espezinhadas, como se todas fossem muito bonitas e sedutoras... Restam poucas mulheres capazes de serem fieis a si mesmas e de se QUESTIONAREM FACE A ISTO TUDO, porque gostam do modelito... queriam ser assim, magras e belas e terem amantes lindos... Assim, elas são incapazes de se insurgirem contra esta farsa porque afinal não se sentem inteiras e são incapazes de se valerem a si mesmas na sua verdade e com sinceridade, sem que busquem uma imagem de si ou um parceiro que as complete...
Vejo-as em risco de perder toda a sua lucidez e a sua verdade interior em favor do de cultos e dos sonhos românticos de sempre. 

rlp

  *Quem foi a Eva mitocondrial?

A Eva mitocondrial não foi a primeira mulher a habitar o planeta Terra, isto é, não é o nosso ancestral mais antigo (i.e. o primeiro indivíduo humano). Estima-se que a Eva mitocondrial, originalmente apelidada como ‘lucky mother’ (em tradução livre, ‘mãe de sorte’) pelos cientistas que fizeram sua descoberta, tenha vivido em uma pequena comunidade na África por volta de 150 mil anos atrás, junto com outras mulheres e homens. Neste sentido, a Eva mitocondrial seria a nossa ancestral comum mais recente.

O que diferencia a Eva mitocondrial de outras mulheres ancestrais?

Visto que as simulações dos cientistas apontam para a existência de outras mulheres vivendo em comunidade com a ancestral do DNA mitocondrial, fica a pergunta: essas outras mulheres também não poderiam ser consideradas como “Evas” mitocondriais? A resposta é não, e tem explicação nas particularidades do DNA mitocondrial. Esta sequência genética encontrada em nossas células fica armazenada na mitocôndria, e ao contrário do DNA nuclear (que é uma combinação entre o código genético do pai e da mãe), o DNA mitocondrial corresponde a informação genética proveniente apenas da mãe, e sua transmissão ocorre de forma matrilinear (ou seja, apenas mulheres transmitem o DNA mitocondrial). Assim, a Eva mitocondrial é uma mulher que teve pelo menos uma filha mulher, e assim sucessivamente, por todas as gerações até os dias atuais. Por isso, todos nós humanos compartilhamos de seu material genético (DNA mitocondrial), embora este tenha sofrido diversas mutações ao longo da história evolutiva. " (...)
Por Joice Silva de Souza
(Mestre em Dinâmica dos Oceanos e da Terra (UFF, 2016)
Graduada em Biologia (UNIRIO, 2014)


quinta-feira, maio 23, 2024

"A minha alma é uma ponte entre o espirito e o corpo




AS DEPRESSÕES… e as mutilações da mulher...


"A maioria das depressões, tédios e confusões errantes da mulher é causada por uma severa restrição da vida da alma, na qual a inovação, o impulso e a criatividade são proibidos ou limitados. As mulheres recebem um enorme impulso para agir proveniente da força criadora. Não podemos ignorar o fato de ainda ocorrerem muitas apropriações e mutilações dos talentos das mulheres através das restrições culturais e do castigo aos seus instintos naturais e saudáveis." - Clarissa Pínkola Estés


"A minha alma é uma ponte entre o espirito e o corpo, como tal, conecta os opostos. Se eu não me mantenho centrada na minha alma não vou poder unir-me ao espírito, ou vou ficar estancada no plano material" - Marion Woodman




O VERDADEIRO PAR - A CRIANÇA E A MÃE




O par simbiotico - a criança e a mãe...

A desconstrução de algumas questões chaves como o conceito do par. Qual é o par original?

“O par tem um impacto no imaginário simbólico muito importante: porque focaliza todo o desejo, todo o anelo, da criatura humana, toda a catexia* libidinal da etapa primaria e a sua repressão.
O par é representado simbolicamente em nossos tempos com o mito patriarcal da “cara metade” a procura da sua outra “cara metade”, que efetivamente envolve um anelo de união simbiótica; ou seja, a necessidade de outr@ para ser uma coisa só, sendo a realização dessa simbiose imprescindível para minha sobrevivência.
A imagem do par que temos tem uma força simbólica impressionante porque contem toda o ordem sexual e social.
Dito de outra forma, um tecido social que é o resultado do desenvolvimento das qualidades inatas dos seres humanos, baseado na economia sexual espontânea e na auto regulação (o plano supremo natural, com a a recuperação da sexualidade da mulher e infantil, e as relações harmoniosas entre os sexos e entre as gerações) pressupõe um tipo de par que realiza a função básica erótico-relacional, ou seja, o par mãe criatura.
No entanto, o paradigma do par que desenvolve as relações patriarcais, a falocracia, o domínio do homem sobre a mulher, que arrasa a sexualidade não falocêntrica e maternal, o amaeru*, etc., é o casal heterossexual monogâmico e estável da nossa sociedade.
Em poucas palavras, o paradigma do par é em realidade um paradigma de ordem sexual e social, e um determinado estado do tecido social.
Desde meu ponto de vista, três indicadores importantes do estado (não das consequências) do tecido social deveriam de ser destacados: o parto com dor, o choro das criaturas (como expressão espontânea da falta de respeito da sociedade para com elas) e o matrimonio (ou par adulto).
Os dois primeiros nos aportam a indicação da somatização do matricídio e o terceiro da sua institucionalização social.
Esses três aspetos concretizam-se no tipo de par que nos imaginamos desde que nascemos.
A eudipização é em realidade um determinado paradigma de par que transmuta o desejo materno e a condescendência pela falocracia e as relações de dominação.
O verdadeiro par é o par formado por todas e cada uma das criaturas humanas com a sua mãe ao longo da gestação intra e extra uterina; é um par simbiótico, em estado de apego permanente que dura 21 meses; por isso existe um fortíssimo anelo emocional que projeta-se na ideia do casal.
A mudança subliminal do par é uma das mentiras mais importantes e más profundamente enraizadas em nossos corpos.”


* Catexia: é o processo pelo qual a energia libidinal disponível na psique é vinculada à representação mental de uma pessoa, ideia ou coisa ou investida nesses mesmos conceitos.

* Amaeru: Amae descreva a conduta e o afeto concomitante na criança.

IN O ASSALTO AO HADES 
P. 248-249

Casilda Rodrigañes Bustos


sexta-feira, maio 17, 2024

O primeiro objecto de amor



A LIGAÇÃO COM A MÃE É A CHAVE

"Ao separar o espírito e a matéria, a ideologia patriarcal reduziu a existência física a um mero mecanismo observável, chamada "realidade prática enquanto a existência espiritual é descartada ou abstrato em " a imaginação " ou " o ideal ou, como nos cultos solares apolínios - e nas tendências teológicas do Budismo, Judaísmo, islamismo e cristianismo - o espírito torna - se ' puro ser ' ou ' pura existência na eternidade ' ou ' bem absoluto ' ou alguma outra abstração intelectual totalmente fora de sentido. Um processo cósmico. Totalmente fora da vida, como um dente sublime.
O Espírito, na religião matriarcal, não nega a sua ligação com a mãe. É gerada fora do processo de vida no tempo e no espaço: Ela cria, dissolve e transforma-se como ela vai. O Espírito e a matéria em espiral são ambos iguais e igualmente reais. E esta é a realidade espiritual da evolução, em que a matéria se cria na consciência, uma vez que a consciência espiritual se criou em matéria."

"O primeiro objecto de amor para mulheres e homens é a mãe; mas no patriarcado, o filho tem de rejeitar a mãe para ser capaz de dominar a esposa como "um homem ...de verdade" - e a filha deve traí-la para se "submeter a um homem".
Na sociedade matriarcal, esse duplo fardo de traição biológica e espiritual não ocorre. Tanto para as mulheres quanto para os homens, existe uma estreita identificação com o grupo coletivo de mães, com a Mãe Terra e com a Mãe Cósmica. E, como os psicanalistas continuam a repetir, essa identificação é propícia à bissexualidade em ambos os sexos. Mas a homossexualidade em homens tribais ou pagãos não se baseava na rejeição da Mãe, ou da mulher, como na cultura patriarcal; era baseada no amor de irmão, irmão-afinidade, como filhos da mãe. E o lesbianismo entre as mulheres não se baseava no medo e rejeição dos homens, mas no desejo da filha de restabelecer a união com a Mãe e com sua própria feminilidade. O coletivo de mães, identificado por filhas e filhos, era formado por mulheres fortes, criativas, produtoras, sexualmente livres e visionárias. E assim o ideal da feminilidade, para ambos os sexos, não era a submissão forçada e estúpida dos oprimidos, como na cultura patriarcal."


Do livro A Grande Mãe Cósmica de Mónica Sjoo e Bárbara Moor


EM INGLÊS...



Finalmente chegou as minhas mãos o livro Lilith A Mulher Primordial, em inglês...
Fiquei emocionada ao ler as minhas palavras noutra lingua e sentir o impacto que o livro tem tido e pode ter ainda a um nivel mais alargado.
Conto convosco!
rlp

A DUALIDADE BEM MAL - DEUS E O DIABO...

Pode ser uma imagem de 2 pessoas e texto que diz "GOOD VS 7 EVIL Lagion Inbar"

“Nuestro cuerpo de mujer está colonizado y responde a la ideología del colonizador. La liberación sexual de los años sesenta no fue en realidad para la mujer sino en el sentido masculino del término y en relación a los intereses de os hombres”.
Leonor Taboada

Estava a pensar no perigo do narcisismo e do ego camuflado de espiritualidade, por exemplo, mas no caso que vou focar é um caso de mero narcisismo físico e da personalidade egoica ou infantil.

Há uma mulher bastante interessante  e conhecida dos meios virtuais que publica constantemente fotos suas quase nua, sempre ostensivamente o corpo ginasticado, e que, sendo magra, obedece ao estereótipo da mulher digamos "estupida", mas desta feita a mim o que me impressiona é que ela é inteligente e sensivel e por isso não percebo porque o faz pensando que é impunemente, mas também me espanta como é que há mulheres que se acham conscientes que apreciam e gostam  deste tipo de postura e eu comparo-as aquelas mulheres que defendem o romance barbaro e barato do novo filme (395 dias) da berra em que o heroi do filme sequestra a mulher e a viola até ela se apaixonar por ele...ou das Sombras de Gray. Sim, acho um contrasenso que mulheres façam a apologia do nu e da ousadia do corpo exposto da mulher de forma gratuita e ainda por cima, muitas se afirmam putas ou vadias porque são livres etc. 
Portanto esta é a confusão geral da mulher patriarcal. Essa mulher que se julga muito feminina é afinal uma mulher masculinizada e apenas uma mulher para agradar aos homens e cuja  aparência é ditada ou criada pela moda. Esta é a imdagem da mulher que se define afinal de acordo com os códigos e os padrões machistas que a submetem aos seus critérios e mesmo quando  aparentemente os combatem elas acabam por cair na mesma na sua armadilha.
 
O que eu vejo é que muitas dessas mulheres que se asssim se expõem ou exibem não tem desse FEMININO verdadeiro NEM dessa ESSÊNCIA que dá a mulher o magnetismo e a beleza intrinseca. São aquele tipo de mulher que corresponde aquele estereotipo vulgar que os homens apreciam e ao mesmo tempo lá no intimo desprezam. Eu lamento por essas  mulheres  e no caso referido é uma mulher que admiro a força e a ousadia de expor e defender causas importantes, e que  sendo tão inteligente acaba por deixar  esta imagem futil de si mesma. 

Serei conservadora? É o que estão a pensar... Sim, talvez seja. Mas há uma coisa que eu sei além de ser velha, mas não frustrada, é o que é uma MULHER VERDADEIRA, a mulher que possui essa ESSENCIA MAGNÉTICA E SENSUAL e que é apanágio da mulher forte e lhe dá a aura de magnificência e a nobreza ou dignidade que uma mulher consciente de si  nunca devia trair. Por tudo isso lamento que essa imagem se confunda com a da "Puta" (digo-o sem sentido pejorativo) porque está acontecer algo bastante insólito diria: esses estereótipos da "Puta e da Santa" estão neste momento a inverterem-se (como digo no meu livro) em nome dessa liberdade/igualdade, e a mulher deixa de ser a santa do lar, a bem comportada e virtuosa senhora,  para assumir o lado (vulgo) da puta e isso não lhe traz nada de bom nem tem qualquer mérito...porque usar o corpo e a sexualidade sem o fogo de dentro, apenas valendo-se do sexo ou ser a casta esposa submissa sem chama é a mesma coisa... pois só a MULHER INTEIRA reune em si as duas mulheres divididas pelo patraircado nessa essência e as une interiormente numa combustão viva que explode apenas no amor e na união com o Principio Feminino...
É bom que pensemos que Mulher queremos ser...

Mas há ainda uma outra questão que eu queria abordar aqui e que parece um pouco deslocada, e   referir apenas que existe também um narcisismo espiritual ou o ego espiritual que pode ser mera exibição...porque há muitas mulheres que se julgam entregues a uma causa espiritual e dedicadas a natureza e à deusa também se exibem ou se despem para vender a imagem e não veem o seu narcisismo ou o seu ego e como ele se serve de uma causa nobre para se enaltecerem... e portanto  uma narcisista comum que exibe o rosto ou um corpo belo e ginasticado ou um narcisista que exibe os seus dons de cura e salvação da humanidade através da imagem tem o mesmo valor para mim que é nenhum...e portanto precisamos de ter muito cuidado de cada vez que nos convencemos que somos alguma coisa de especial e nos queremos destacar das outras mulheres para aparecer na fotografia em grande plano e pensar que não vamos pagar o preço. Pagamos sempre!

rosa leonor pedro
Todas as