O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, setembro 22, 2010

UMA FORMA DE ELECTRIZAR A MULHER


O ORGULHO DA DEUSA VIVER EM NÓS e através de nós…

“O simbolismo da deusa electriliza a mulher moderna. A redescoberta das antigas civilizações matriarcais nos dá um senso profundo de orgulho, de ver a nossa capacidade como mulheres em criar e produzir cultura. Denunciar os erros do patriarcado nos dá um modelo de força e autoridades femininas. A deusa arcaica, a divindade primordial, a senhora dos caçadores da idade da pedra e das primeiras sementeira de grão, sob cuja inspiração os animais foram domesticados e as plantas medicinais descobertas, aquela cuja imagem deu origem ás primeiras obras de arte que foram criadas, para a qual foram erigidos os megalitos, aquela que inspirou a música e a poesia, é novamente reconhecida hoje.”
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“Na Witch craft, o Caminho da Deusa”* nós não cremos na deusa, nós nos religamos a ela através da Lua, das estrelas, do oceano, da terra, através das árvores, dos animais, dos outros seres humanos, através de nós mesmas. Ela está aqui, ela está no coração de todos e de tudo. A deusa existe antes de toda a Terra, ela é o obscuro, a mãe que nutre e que produz toda a vida. Ela é o poder fecundante da vida, o útero, mas também a tumba que nos recebe, o poder da morte. Tudo dela provem, tudo a ela retorna…Ela é o corpo, e o corpo é sagrado. Útero, seios ventre, boca, vagina, pénis, ossos, sangue; nenhuma parte do corpo é impura, nenhum aspecto do processo de vida é manchado pelo pecado. O nascimento, a morte e a dissolução são três partes sagradas do ciclo. Quer comamos, façamos amor ou eliminemos os dejectos de nosso corpo, sempre manifestamos a deusa.
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Seu culto pode assumir qualquer forma, em qualquer lugar; ele não requer liturgia, nem catedral nem confissão.

(…)
O desejo é a cimento do universo, ele vincula o electrão e o núcleo, o planeta ao sol, ele cria as formas, ele cria o mundo. Sigam o desejo até ao seu termo, unam-se ao objecto desejado até se tornarem esse objecto, até se tornarem a deusa.”

“Para a mulher, a deusa simboliza o seu ser mais profundo, o poder libertador, nutritivo e benéfico. O cosmo é modelado como um corpo de mulher, que é sagrado. Todas as fases da vida são sagradas. A idade é uma bênção, não uma maldição. A deusa não limita a mulher a ser um mero corpo, ela desperta o espírito, a mente e as emoções. Através dela a mulher pode conhecer o poder da sua cólera, assim como a força do seu amor.”
Star Hawk
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Citações tiradas de:
Tantra – O Culto da Feminilidade - Outra visão da vida e do sexo
André Van Lysebeth

2 comentários:

jozahfa disse...

Como vai Rosa Leonor? Sei que estás de casa nova. Espero que vá tudo bem. Gostaria de fazer-te uma consulta. Conheces alguma coisa da Sahaja Yoga ou da figura de Shri Mataji que é sua fundadora?

Anónimo disse...

Mas que liiiiiiiindo texto!!!

Hoje estou tão... triste... acho que é mesmo essa a palavra!
Na turma, do curso que frequento, somos praticamente só mulheres (apenas 3 senhores)... A sério... é tão frustrante ver a rivalidade entre mulheres (quando a mim so me apetece abraça-las a todas... elas só gostam de me espicaçar!) É triste ver como a mulher está perdida... muito perdida até, devo dizer!

A minha vontade mesmo é distribuir o único livro que tenho, sobre o Feminino Sagrado, (que por acaso é da sua autoria, "Mulheres e Deusas") por todas elas... para que elas pudessem acordar minimamente para elas próprias, em prol das que as rodeiam! Acho que iam ter um grande choque quando descobrissem que não passam de marionetas da sociedade!...

Um grande abraço cheio de carinho para si, minha querida, e desculpe o meu longo desabafo.

Que a Deusa abençoe todas nós mulheres... E que as mulheres se deixem ser abençoada por Ela!

Beijo na testa*