E O RESGATE DO FEMININO
A Planeta na Web entrevistou May East em uma de suas curtas passagens por São Paulo. Ela falou da Fundação Findhorn e explicou porque o resgate do feminino é tão importante para o futuro do planeta
Planeta na web - Como você traz esses ensinamentos do eco-feminismo para o Brasil?
May - A reconsagração do ventre, por exemplo, que é um dos trabalhos que faço aqui, é de profunda intimidade da mulher consigo mesmo, de resgate da sua conexão com seu ventre, seu cálice de luz, seu centro de gravidade -- mas ao mesmo tempo é um trabalho profundamente politizado. Historicamente há as feministas políticas, que representam o yang do yin dos anos 50 e 60, que queimavam sutiã em praça publica, Depois temos essas mulheres que vieram nutrindo a chama do que era ser mulher em sociedades secretas, muito preocupadas em serem interpretadas como mulheres quer estão fazendo bruxaria. Essas duas vertentes da reemergência do feminino do século 20 muitas vezes fluíram em oposição. As feministas políticas olhando para as mulheres do retorno da deusa dizendo "essas mulheres estão num exercício narcisista, não estão conseguindo articular esse corpo de valores na sociedade e mudá-la", e as mulheres do retorno da deusa sem poder para realmente fazer essa articulação, essa tecedura, do mistério do feminino na realidade -- nem mesmo de passar para os seus filhos homens e mulheres. Então aconteceu foi o encontro de Beijing, na China, há quatro anos. Foi um encontro histórico para a reemergência da mulher, porque lá estavam as feministas políticas e as mulheres do retorno da deusa, e elas perceberam que tinham que entrar em diálogo e começar a trocar. Foi aí que o eco-feminismo assentou na consciência das mulheres. As feministas perceberam que se continuassem com sua ação política mas ao mesmo tempo estivessem ancoradas, enraizadas nos mistérios do que é ser mulher, elas seriam mais eficientes agentes da transformação. E as mulheres do retorno da deusa perceberam que não há mais tempo mesmo de ficar relembrando o passado, nós temos que mudar o hoje pra garantir o futuro das próximas gerações. É fantástico, é um privilégio estar encarnada como mulher nesse momento e poder fazer esse resgate consigo mesma, passar para as filhas... Eu sou apaixonada pelo que eu faço.
Planeta na web - E os homens, como ficam nessa história?
May - Quando encontrei o Craig ele há muitos anos trabalhava com o movimento de homens. Percebemos nesse encontro que o mais fácil mesmo era polarizar, as mulheres ficarem celebrando o passado, inaugurando o presente e sonhando o futuro, e os homens buscando essa nova identidade do masculino. Então fomos treinados num método chamado de Reconciliação entre o Feminino e o Masculino. O crucial para a questão do masculino e do feminino é o entendimento. Existe uma série de métodos para que a gente saia da comunicação defensiva entre homem e mulher, onde só escutamos aquilo que é necessário para empilhar munição para ganhar no duelo de quem tem a verdade mais forte ou melhor articulada. Nós percebemos que, ao longo dos séculos, o que era ser mulher e ser homem era segredo dos respectivos clans, e começamos tentar explorar um novo caminho: uma vez que já resgatamos o feminino, convidar os homens a visitar, em termos simbólicos, e serem introduzidos ao que é ser mulher -- e vice-versa.
*
ENVIADO POR GAIA LIL: http://sagrado-feminino.blogspot.com/
VER TUDO EM: http://www.terra.com.br/planetanaweb/flash/reconectando/agrandeteia/may4.htm
Planeta na web - Como você traz esses ensinamentos do eco-feminismo para o Brasil?
May - A reconsagração do ventre, por exemplo, que é um dos trabalhos que faço aqui, é de profunda intimidade da mulher consigo mesmo, de resgate da sua conexão com seu ventre, seu cálice de luz, seu centro de gravidade -- mas ao mesmo tempo é um trabalho profundamente politizado. Historicamente há as feministas políticas, que representam o yang do yin dos anos 50 e 60, que queimavam sutiã em praça publica, Depois temos essas mulheres que vieram nutrindo a chama do que era ser mulher em sociedades secretas, muito preocupadas em serem interpretadas como mulheres quer estão fazendo bruxaria. Essas duas vertentes da reemergência do feminino do século 20 muitas vezes fluíram em oposição. As feministas políticas olhando para as mulheres do retorno da deusa dizendo "essas mulheres estão num exercício narcisista, não estão conseguindo articular esse corpo de valores na sociedade e mudá-la", e as mulheres do retorno da deusa sem poder para realmente fazer essa articulação, essa tecedura, do mistério do feminino na realidade -- nem mesmo de passar para os seus filhos homens e mulheres. Então aconteceu foi o encontro de Beijing, na China, há quatro anos. Foi um encontro histórico para a reemergência da mulher, porque lá estavam as feministas políticas e as mulheres do retorno da deusa, e elas perceberam que tinham que entrar em diálogo e começar a trocar. Foi aí que o eco-feminismo assentou na consciência das mulheres. As feministas perceberam que se continuassem com sua ação política mas ao mesmo tempo estivessem ancoradas, enraizadas nos mistérios do que é ser mulher, elas seriam mais eficientes agentes da transformação. E as mulheres do retorno da deusa perceberam que não há mais tempo mesmo de ficar relembrando o passado, nós temos que mudar o hoje pra garantir o futuro das próximas gerações. É fantástico, é um privilégio estar encarnada como mulher nesse momento e poder fazer esse resgate consigo mesma, passar para as filhas... Eu sou apaixonada pelo que eu faço.
Planeta na web - E os homens, como ficam nessa história?
May - Quando encontrei o Craig ele há muitos anos trabalhava com o movimento de homens. Percebemos nesse encontro que o mais fácil mesmo era polarizar, as mulheres ficarem celebrando o passado, inaugurando o presente e sonhando o futuro, e os homens buscando essa nova identidade do masculino. Então fomos treinados num método chamado de Reconciliação entre o Feminino e o Masculino. O crucial para a questão do masculino e do feminino é o entendimento. Existe uma série de métodos para que a gente saia da comunicação defensiva entre homem e mulher, onde só escutamos aquilo que é necessário para empilhar munição para ganhar no duelo de quem tem a verdade mais forte ou melhor articulada. Nós percebemos que, ao longo dos séculos, o que era ser mulher e ser homem era segredo dos respectivos clans, e começamos tentar explorar um novo caminho: uma vez que já resgatamos o feminino, convidar os homens a visitar, em termos simbólicos, e serem introduzidos ao que é ser mulher -- e vice-versa.
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ENVIADO POR GAIA LIL: http://sagrado-feminino.blogspot.com/
VER TUDO EM: http://www.terra.com.br/planetanaweb/flash/reconectando/agrandeteia/may4.htm
10 comentários:
Rosa,que saudades! andava tão louca estes dias estressada e muito....raivosa atacando as pessoas sem motivo parecia ate outra pessoa....mas sinto como se tivesse voltado ao meu corpo...e como é bom estar em casa estas em meu templo e sentir o poder da Deusa Mãe!!!e bom o dia-a-dia pode nos levar a loucura se não pararmos e pensarmos em nos mesmas e SENTIRMOS NOS MESMAS.
Que alivio
Abraços
Gaia Lil
Foi uma TPM Gaia Lil...
agora se cuida, vem ai a ovulação...
Bjins
Nana Odara
Ah, e obrigada tbm pelo texto...
vê, estamos todas conectadas...
TPM ? nossa tenho que me cuidar...obrigada pelo aviso
Carinhosamente de Gaia Lil(sacerdotisa da Deusa da Terra)
A Nana Odara(sacerdotisa da Deusa do amor)
NANA ODARA NÃO É SACERDOTIZA,
É SÓ PUTA...
E MÃE DE SANTO,
POMBA GIRA...
GIRAÇA...
NANA ODARA, NEANDERTHAL NÃO TEORIZA...
A Mulher cosciente de si mesma é uma sacerdotisa independente dos nomes que venha receber,ela é livre em sua lam e em seu coração não a correntes,ela é totalmente livre dos conceitos santa e puta porque ela sabia que é a Deusa e que a Deusa e´todas as coisas,a Mãe a vida e a Arte que se mostra no nosso dia-a-dia ela é a legria do sol e a froça da lua é o poder profunda que emana das mulheres e de seu coração é tambem a Mulher selvagem correndo liberta pelos campo em busca do Deus cornifero dançando alegre por entre as moitas,é a feiticeira ,a empata fadas que se comunica com os espritos profundos de seu passado e de sua alma,bem como sua essência feminina e as mulheres que a guiaram em seu caminho.a Mulher plena "Teleia" a eterna virgem do sol nascente sempre foi uma-em-si-mesma perfeitamente harmonioza seja ela representada com consortes ou não,pos a sexualidade sagrada já faz parte de si e de sua liberdade,liberdade de alma,de coração
Eu não sou sacerdotiza nem sábia...
nem empato fadas nem fodas...
sou apenas uma puta...
e nunca fui santa...
nem nunca serei...
Não conheço a mulher de que vc fala, todas as mulheres q conheço são umas grandas putas...
Não nego a minha puta, nem a quero santa, assim como admiro os homens q são capazes de não mascarar o q lhe pesa os ombros, e q não precisam se esconder debaixo da saia da deusa...
a mulher está muito longe da sua essencia sagrada, assim como o homem está ainda mais...
palavras são só palavras...
...
Ísso que vc diz intristece meu coração pos apesar do que fizeram de nos eu esperava que pelomenos de alguma forma fossemos nossa propria essencia....mas eu não vou desistir por causo do que vc me disse....não pense que sou santa que eu não tenho nada de santa eu ardo em prazer e gosto do meu corpo coisa que nem a santa sabe....e tambem não sou puta porque não sou um ser utilizado e descartavel como a puta do patriarcado,eu sou apenas eu mesma uma mulher tentando sentir a Deusa
Gaia Lil, não fique triste por tão pouco... isso q vc quer, é o q muitas mulheres estão querendo tbm... ter esse contato com uma essência da deusa, uma experiência muito distante da realidade da mulher, que nesse mundo são todas tratadas como putas...
ou vc se sente tratada como uma mulher autêntica vivendo num mundo onde as mulheres se irmanam?
Nana
Também eu fiquei profundamente triste...não vale a pena insistir quando não se é compreendida nem há sintonia na alma. A teimosia às vezes cega-nos. Tenho imensa pena e não voltarei ao tema.
rleonor
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