O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, junho 16, 2009

SER-ESPELHO


"Um Ser-Espelho é um ser cuja Aura se aproxima do cristalino. Este ser precisa de renunciar à fascinação de querer fazer o bem. Porque se ele quer fazer o bem, a sua Aura está cheia de cores bonitas (violeta, turquesa, rosa...), mas não é cristalina! A Energia Cósmica Superior não responde à intenção humana consciente. Responde ao Vazio Sagrado. É preciso renunciar ao fascínio do bem... Quando o indivíduo renúncia ao fascínio do bem, gera-se um Vácuo dentro dele e ele é automaticamente ligado a MARIA... E só é possível contactar MARIA quando ele renuncia ao fascínio do bem. E quando ele renuncia, ele começa a fazer contacto com o Templo da Esfera, ele começa a descobrir o que é a Energia-Espelho. Quando ele supera este estado, ele está em condições de ser visitado por esta Energia muito profunda..."
(...)
ANDRÉ LOURO DE ALMEIDA
(Encontros de Belém)


A AMANTE...

"É maravilhoso ver que esta terra degenerada ainda é capaz de gerar figuras como essa! É talvez justo o que pensava um Dante ou um Goethe:
nós seremos salvos pela Mulher!"
*
(“C’est merveille de voir que cette vieille terre dégénérée est encore capable d’engendrer des figures comme celle-la ! C’est peut-être juste ce que pensait un Dante, ou un Goethe : nous serons sauvés par la Femme." )

in "LE DIT DE TIANY" de François Cheng

2 comentários:

Anónimo disse...

O Vazio seria então o momento em que a mulher a noite permiti se sentir e se entregar a todas as coisas.Seria portanto o momento UTERO aonde a mulher conhece e conversa consigo mesma ou melhor com a sua alma aonde ela encontra os misterios do ser e da essência.O Vazio seria o nada aonde a existencia de todas as coisas voltam.A Mãe.

Gaia Lil

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

SOFIA,SABEDORIA FEMININA


Sofia em grego, "hohkma" em hebraico, "sapientia" em latim, tudo significando sabedoria. Como deusa da sabedoria, Sofia possui múltiplas faces: Deusa Negra, Divino Feminino, Mãe de Deus.

Sofia é um aion (entidade de poder divino), filha de um par primordial de invisíveis e inefáveis seres transcendentais, chamados de Profundidade (masculino) e Silêncio (feminino). Deste par surgiram 30 emanações ou Aions, compostos de um Aion masculino e um feminino cada. Sofia separa-se de seu par, que em muitas variantes do mito é chamado de Vontade. Tendo perdido seu gêmeo, o seu amor divino é pervertido em "hubris" ou orgulho excessivo e arrogante. Ela abandona o caminho do "coração que compreende" (gnosis kardias) e vai em busca do conhecimento apenas do poder da mente.
[...]
Entretanto, sua paixão pelo conhecimento e seu desejo pelo pai-mãe tiraram de dentro de seu ser entidades curiosas, que subsistiram como criaturas vivas e impuras no abismo. Sofia neste instante, parece dividir-se em duas personalidades; uma mais elevada e outra inferior.
[...]
Do ponto de vista psicológico, Sofia pode ser definida como a personificação da necessidade de individualização. Sua história segue o padrão clássico dos quatro estágios do drama grego: o conflito, a derrota, a lamentação e a redenção ou solução conseguidas com o contato com o Divino. Este padrão quádruplo é a manifestação da imagem quádrupla da totalidade, celebrada por Jung.

Sofia, não é somente uma alma feminina, mas a alma de todas as coisas e pessoas. Todos nós estamos à procura da nossa totalidade. Assim como Sofia, vagamos por caminhos incertos, nesta frenética busca. A salvação do homem é a união com a mulher dentro da sua alma (anima), enquanto que a libertação da mulher depende da comunhão com seu gêmeo masculino (animus).

Sofia, grávida do conhecimento, convida-nos para beber de sua taça da sabedoria. Entretanto, o maior problema das mulheres hoje, é não se permitir abrir-se para o novo, pode ser para uma chuva que cai descompromissada, para uma nova relação ou um novo conhecimento.
[...]
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Um tema actualissimo, o ser humano enquanto ser completo, abordado com o habitual tom encantado, abundância de referências e adequada banda sonora,
por Rosane Volpatto
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IN:http://maraoluar.blogspot.com/2006/03/sofia-o-rosto-feminino-de-deus.html