O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, setembro 08, 2011

SER MULHER INTEIRA

Sem que a mulher integre efectivamente o seu feminino profundo, as qualidades intrínsecas que lhe pertencem por natureza prórpia e das quais foi drasticamente afastada e alienada na cultura e religião patriarcal, é muito difícil para ela hoje ter um verdadeiro discernimento do que é ainda a influência do masculino e dos seus atributos e as características inerentes ao seu feminino.

Vejo que muitas mulheres, mesmo dentro do campo de uma nova abordagem da mulher e da Deusa pretendem agir e afirmando-se mais pelos valores patriarcais, masculinos do que pelo seu feminino integrado e uma vez que ele não está ainda integrado, temos aí um verdadeiro problema.

Muitas mulheres pretendem afirmar-se como mulheres, mas ao seguir a linha mais ou menos das feministas, enquanto seres sociais, fizeram-no pela forma masculina apenas ao reivindicar direitos iguais...e fazem-no hoje ainda mesmo dentro de uma suposta perspectiva da Deusa e do feminino sagrado.

O drama aqui é que enquanto a mulher não integrar todo o seu potencial, enquanto não pacificar as duas mulheres em si e não fizer o seu processo de descida aos seus abismos, ao seu ser mais recondito, instintivo, psiquico e anímico, ela apenas vai trazer para o domínio da Deusa os valores patriarcais, afirmando-se pela força, pelo intelecto e pela agressividade, impondo uma forma de luta exterior que não é a que mais beneficia o SER MULHER INTEIRA.

rlp

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