Sem que a mulher integre efectivamente o seu feminino profundo, as qualidades intrínsecas que lhe pertencem por natureza prórpia e das quais foi drasticamente afastada e alienada na cultura e religião patriarcal, é muito difícil para ela hoje ter um verdadeiro discernimento do que é ainda a influência do masculino e dos seus atributos e as características inerentes ao seu feminino.
Vejo que muitas mulheres, mesmo dentro do campo de uma nova abordagem da mulher e da Deusa pretendem agir e afirmando-se mais pelos valores patriarcais, masculinos do que pelo seu feminino integrado e uma vez que ele não está ainda integrado, temos aí um verdadeiro problema.
Muitas mulheres pretendem afirmar-se como mulheres, mas ao seguir a linha mais ou menos das feministas, enquanto seres sociais, fizeram-no pela forma masculina apenas ao reivindicar direitos iguais...e fazem-no hoje ainda mesmo dentro de uma suposta perspectiva da Deusa e do feminino sagrado.
O drama aqui é que enquanto a mulher não integrar todo o seu potencial, enquanto não pacificar as duas mulheres em si e não fizer o seu processo de descida aos seus abismos, ao seu ser mais recondito, instintivo, psiquico e anímico, ela apenas vai trazer para o domínio da Deusa os valores patriarcais, afirmando-se pela força, pelo intelecto e pela agressividade, impondo uma forma de luta exterior que não é a que mais beneficia o SER MULHER INTEIRA.
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