O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, julho 23, 2012

UMA MENSAGEM PARTICULAR


Ando há dias para vos deixar uma mensagem particular...
A mensagem seria de facto perguntar-vos qual é  importância deste Blog e qual a ressonância que os textos aqui apresentados têm para as mulheres que os lêem.  
Gostava sinceramente saber qual é a vossa opinião e a razão de ninguém comentar...
Será que o Facebook e Twitter ou qualquer outro meio mais imediato de interacção vos afastou do blog ou serão os textos  demasiado complicados ou aborrecidos?
Eu sei que eu própria acabo por me  aborrecer e muitas vezes deixo de parte o Blog para me entreter com alguma superficialidade, diga-se de passagem, na Internet e no  Facebook onde  a interacção é realmente maior e mais rápida...Isso é verdade sim, mas a profundidade e a qualidade do que se sente perde-se muitas vezes em lugares comuns e banalidades... 

Espero que alguma de vós se sinta com coragem para me responder e com disposição para me dizer algo nem que seja para discordar de alguma coisa...que eu escrevo...

Fico à espera das vossas opiniões...
Ou quem sabe estamos a precisar todas de um bom Interregno?

rlp

7 comentários:

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

a maior parte do tempo nossa mente está meio dopada pelas preocupações do dia-a-dia a dia...Também os sofrimentos e os aborrecimentos, as polêmicas irritantes alimentadas pelo patriarcado e toda a crise que tem permeado o Feminino...Sugam e exaurem nossas forças nos chupam o sangue...É isso que eles querem e nos apelas para as coisas rápidas...Mas sempre a toque da Vida e da Deusa nesses ciclos de morte e renascimento e quem sempre parece prestes a partir para sempre acaba voltando, lendo, comentando, entendendo...Enfim se restaudando... Vamos nos restaurando e aprendendo a restaurar o Feminino aqui contigo.

Janaina Beserra disse...

Olá!

Sempre que posso eu leio as suas postagens.São muito boas e esclarecedoras.Mas infelizmente é verdade...o Facebook, principalmente, está entre os principais acessados no momento...eu mesmo fico lá bastante...divulgando o meu artesanato e interagindo com os outros.E eu também senti a diferença no meu blog.O número de vistas diminuiu e os comentários também,mas nada faz eu deixar meu bloguito e digo mesmo para você.Não desanime.
bjos e tudo de bom!

Maruska disse...

Caríssima,

não deve depender do blog; deve sim, expressar e continuar. concerteza suas estatísticas internas lhe demonstram que tem visitas, e se as têm, perceberá que é lido.

nem todos tem aptidão para lerem e se exporem... os melhores blogues e com conteúdo informativo são quase na sua generalidade os menos comentados.

essa dependência que lhe respondem, não devia ser uma prioridade. sei que gostaria de ter comentários, mas acorre que nem sempre depende de nós... há blogues com idéias lindas, poesias formidáveis e ninguém responde, nem «prá mandar àquela parte». siga escrevendo e postando, o blogue é vivo por sua própria natureza ao longo do tempo. um registo compactuado, uma biblioteca a investigar... um legado raro.
apenas narciso se viu espelhado na água, e você como não se vê, entristece-se por não ver respostas a este seu trabalho de investigação sobre a identidade feminina, esse elo que está em profunda cisão!!
posto isto, deve continuar aqui o seu trabalho...

eu não participo do facebook, e teria toda a estrutura para fazê-lo... mas reneguei-me a isso!! apenas porque reconheço a dependência visceral que ele provoca!! Não digo não a ele, porque ele está ali disponível para acessá-lo, mas ficar tão dependente de mais um «orgão», não o desejo, por enquanto não!!

um abraço

Arielle disse...

eu leio cada postagem com atenção... mas tendo a idade que tenho (18, fazendo 19) prefiro não me manifestar... a falta de experiência me intimida, agora, (antes de percebê-la eu me manifestava mais), me faz preferir me manter quieta e aprender, refletir... pra quem sabe um dia ser como a Senhora.

rosaleonor disse...

Minhas queridas muito obrigada a todas pelas vossas palavras...para mim muito importantes. Não só são um estímulo como uma certeza de que vale a pena continuar...preciso naturalmente de um eco...como qualquer outra pessoa que escreve...

grande abraço

rleonor

rosaleonor disse...

Areille...
Não deixe de dizer o que sente. Não se preocupe com a idade nem com o que ainda não sabe...a verdade é que nós já sabemos tudo...mas o tempo e a experiência ajudam-nos a lembrar o que esquecemos.

abraço

rleonor

ME disse...

Cara RLP,

Tenho vivido nestes dias uma situação semelhante, de me sentir isolada, sem eco, sem despertar ressonâncias em grande parte por minha iniciativa. No meu caso, senti-me culpada pelo isolamento, porque foi-me ensinado, e continua a ser, que devemos procurar os nossos, que devemos comunicar. Quando vem resposta do exterior, o isolamento fica esquecido; mas quando não vem - ou não o percebo - vem o sentimento de culpa, de inutilidade.
Mas será que estou alguma vez realmente isolada? Nunca estou fora do alcance da Deusa, mesmo sem perceber eco ou ressonância.
Diz quem estuda esses fenómenos, que a época dos blogs já terminou. O FB substituiu-os, mas é mais fugaz, mais virtual, mais ilusório. Esta comunicação virtual nunca é realmente comunicação porque não se está cara a cara. Portanto, nos blogs ou no FB estamos isolados, com a ilusão de estarmos a comunicar. Mas no FB há mais eco, e por isso as pessoas sentem-se menos sozinhas, sem deixarem de o estar, muitas vezes.
Acho que há pessoas a ler o seu blog, mas o que tenho visto é que quem apresenta pontos de vista fortes e sem papas na língua é mal visto hoje em dia, o tempo da cultura 'light' e Facebook, em que tudo é bom, luminoso e Coca-cola.