O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, agosto 26, 2011

GRANDE ENGODO DAS ALTERNATIVAS MISTIFICADORAS


E O RISCO DE UMA NOVA QUEDA PARA A MULHER...

“Alquimizar e curar a relação masculino-feminino é a iniciação do nosso tempo e o fundamento do mundo ao qual a nossa alma aspira. Para além e a através de uma união mais íntima do que o conceito solar – lunar, mulher ou homem.”
Diana Bellego

Mais do que alquimizar e curar a relação masculino-feninino, a mulher precisa primeiramente e urgentemente de curar a sua ferida milenar da cisão das duas mulheres em si. Sem que a mulher integre e se consciencialize da sua separação interior e a fragmentação psíquica que vive como mulher metade nesta sociedade há séculos – entre a mulher anima, a mulher interior recalcada e esquecida do seu lado intuitivo e instintivo, e a mulher animus, masculina e de superfície que vive os estereótipos que o poder e domínio do masculino lhe destinou, reprimindo a sua natureza ctónica e telúrica, reduzindo a mulher à função de procriadora ou de objecto de prazer, não pode haver equilíbrio entre o masculino e o feminino de per se, nem se pode alquimizar a relação.
Sem a verdadeira mulher não há o casal alquímico nem há a OBRA..
A Alquimia entre os opostos complementares faz-se ou realiza-se quando a mulher está na posse do seu poder interno e consciente da sua natureza profunda…Não é esta mulher de superfície nem esta mulher intelectualizada-masculinizada e pretensamente feminina para agradar ao homem que vai unir-se ao verdadeiro masculino…se que ele existe também…
De qualquer modo a questão fulcral para a mulher deste tempo e que a sua alma aspira em profundidade é o encontro com ela mesma com as suas forças e poder interiores sem qualquer outro propósito…só depois e por acréscimo…haverá casamento alquímico ou não…se essa for a sua escolha, porque a homem precisa da mulher para SER…mas a Mulher não precisa do homem para SER ELA inteira!

RLP

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