O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, dezembro 23, 2013

Como cantar o amado ou a amada?




NÃO VOS VOU DESEJAR NADA...

Hoje, confesso que quis vir aqui e deixar algo de substancial...de épico...ou de eterno. Qualquer coisa tão bela e tão verdadeira que não houvesse mais nenhuma palavra a acrescentar depois, nunca mais...
Tenho muitas vezes este sentimento, foi ele que me marcou na minha ansia de poesia desejo/sede de amor e morte...mas hoje queria palavras puras de eternidade e do AGORA...
Procurei, procurei nos arquivos de Mulheres & Deusas e nos livros que mais gosto...e nem no Livro do Esplendor ou no Louco de Shakti encontrei a palavra chave...
Não seria o Amor essa PALAVRA...porque essa é a palavra mais traída de todas as que pronunciamos...
As palavras estão tão gastas, os sentidos que lhes dão são tão estéreis, tão banais e vulgares os dizeres...

Hoje como ontem e tantas vezes acontece fiquei enjoada com o lixo tóxico das palavras prostituídas, das imagens de deuses e santos e dos jogos viciados, da mentira e da falsa vida...

Como cantar o amado ou a amada?

"Quem ama
Fica cheio de não-saber
Não pára de procurar..."*

 

*Ana Hatherly - Rilkeana

Rosa Leonor Pedro

1 comentário:

Ná M. disse...
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