O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, junho 09, 2014

Reencontro com Liltith...

Reencontro com Lilith...

"De repente, sinto uma mão delicada pousar no meu ombro. Não me viro. Logo de seguida. Deixo acontecer, por uma vez na vida...
A desce ao longo do meu braço. Esta mão é doce. Eu sei-a benevolente. Então viro o rosto a fim de descobrir o ser que vem ao meu encontro, o ser que me veio buscar.
E eu vejo-a. Ela, a Divina Obscura......
Ela parece ser una com o oceano. O seu corpo tem o movimento das profundidades e uma indolência sublime. Os seus longos cabelos tecem a volta dela uma tela imensa, com os reflexos da lua. Ela traz um vestido de sombra, com as cores da noite. A sua silhueta tem qualquer coisa de envolvente, sensual. Na sua pele morena, algumas joias de prata desenham raios de luz.
Os meus olhos cruzam os seus. Duas pérolas sublimes, intensas...
Ela sorri-me. Uma lágrima nácar cai ao longo da sua face."


Anne Schwartzweber

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