O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, maio 30, 2017

BUSCAR A MÃE VERDADEIRA


REVERENCIANDO NUESTRA FEMINEIDADE

"Busquemos a la madre verdadera, a la madre nutridora, la nutrición desapareció de este mundo con el patriarcado. El resentimiento del hijo/a hacia la madre, se debe a esa falta de nutrición, si bebemos de ella, recuperamos el amor y la plenitud perdida".

"Matar el agradecimiento natural de cualquier criatura hacia su madre, es la base de todo este desastre ecológico".



MATERNIDADE – Redefinição

“…dada a influência determinante da minha mãe em mim, sou uma pessoa marcada pelo signo materno. Tenho um apreço muito especial pela maternidade. Só que à mulher não compete apenas uma maternidade de tipo fisiológico. Cabe-lhe ultrapassar este aspecto na medida em que pode conquistar uma sabedoria de tipo maternal para intervir no mundo e orientá-lo. Um mundo onde só o homem tem a palavra, palavra essa que é a origem de tantos desmandos, guerras, conflitos e soluções precárias de caracter económico e social.

Estruturalmente, a mulher é avessa, alérgica à ideia de guerra e de conflito. A sua própria experiência maternal a predispusesse contra a guerra. Dá vida mas não gosta de contribuir para a sua destruição. É por uma actuação pacífica.

Este é um dos pontos fulcrais. É necessário que a sua emancipação obedeça desde já a uma orientação intelectual no sentido da pacificação do mundo.”

NATÁLIA CORREIA,

in “Entrevistas a Natália Correia, Parceria A.M.Pereira, 2004



1 comentário:

Anónimo disse...

Muito a propósito da procura do verdadeiro, e da troca de ideias acerca da apropriação e comercialização do Sagrado que tivémos há algum tempo atrás... parece que o profundo desconforto não é apenas nosso. Aparentemente é também partilhado com outras mulheres, não é o primeiro post do género que encontro sobre o tema: mulheres abusadas por outras mulheres que se auto-intitulam de "espirituais", em círculos do "sagrado" feminino e das terapias "holísticas":

https://www.facebook.com/isabel.cristina.marques?ref=br_rs

Perceber que começa a surgir algo que faltava: discernimento! é para mim motivo de celebração.

Um beijo grande