As aparições da Nossa Senhora de Fátima, como tantas outras em todo o mundo, correspondem sem dúvida, de uma forma ou de outra, a uma manifestação da Grande Deusa e dão expressão visível e simbólica à força crescente do Feminino Sagrado e ao arquétipo da Deusa Mãe que foi há milénios relegado da história dos homens para segundo plano e está adormecido ao nível do inconsciente colectivo, dentro de todos os seres humanos.
Ela surgiu de novo no princípio do séc. XX e agora no princípio do sec. XXI como resposta energética aos apelos de milhões de pessoas que a evocam e rezam e no seio das populações assoladas pelas guerras, pela fome e pela miséria. Esse apelo vem principalmente da parte das mulheres, as mães, sempre as mais castigadas pela violência dos homens. Elas respondem por sua vez, a olhos vistos, ao apelo da Deusa Mãe pela necessidade inerente e premente de restabelecer o Princípio Feminino na terra, e seguem fiéis, dentro e fora de si, os passos da Grande Deusa com fervor, mesmo que ainda não se deem conta disso.
Surgem na voz amordaçada das antigas sacerdotisas que agora eclode na manifestação do Feminino Sagrado e em cada mulher, como expressão própria da mulher desde que ela é Mulher e desde que foi condenada ao silêncio e ao descrédito pela Igreja .
No entanto, essa força inata, essa Voz do Útero, residente em cada mulher, surge como imperativo na mulher que está a acordar para si e que se manifesta cada dia mais, apesar de continuar a viver dividida e inconsciente do seu poder interior, ela surge, mesmo que oculta e recalcada dentro de cada uma delas, surge na mulher comum, na mulher casada e na prostituta, na mulher ignorante e pobre que de joelhos pede à Senhora dos Céus que a ajude e salve da maldade dos homens…
Essa voz porém continua a ser usurpada pelos padres da Igreja de Roma e mais uma vez vai ser explorada pelo Papa – na sua vinda a Portugal e a Fátima – de forma abusiva e com a cobertura mediática para todo o mundo, e a Senhora, a Grande Mãe de todos os cultos e ritos, será de novo usada quer pelos bispos, padres e políticos que se servem do Nome da Deusa sempre em detrimento da mulher verdadeira e da criança que continuam a perseguir a ofender e a humilhar.
“Houve um declínio e uma queda da Deusa por razões muito importantes."*
Mas agora é o tempo da Deusa voltar...
Que venha A Antiga e Deusa Soberana, que se manifeste, sim!
Que o mundo inteiro Lhe seja consagrado, mas que sejam as mulheres as suas representantes e sacerdotisas em festa livre e pagã, vestidas de branco e enfeitadas de flores e risos de esperança, cheias de compaixão e amor no coração porque a Deusa sempre foi a festa e vida e não apenas a morte como os padres pregam...
rosa leonor pedro - escrito em 2009
ENCONTREI ESTE TEXTO MEU SOBRE FÁTIMA em vários blogues brasileiros, copiado e plagiado, sem qualquer referência a sua autoria e claro sem estar assinado...pena que em nome da Mãe e da Deusa não se honre quem a honra a Ela...
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