O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, agosto 30, 2013

O OLHAR DAS MULHERES...


Meiga é a mulher que é como quem diz mágica.


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Muita gente ignora que a palavra “meiga” se formou por evolução popular da palavra “mágica”. Como se explica em etimologia, o “g” intervocálico caiu e o “c” sonorizou-se em “g”. Deu-se ao mesmo tempo uma leve alteração do ditongo. Tudo por este teor: “magicam - maica - maiga - meiga”.
Meiga é a mulher que é como quem diz mágica. É ela quem seduz o homem que escolheu entre outros homens, mas finge que foi ela a seduzida, jogando admiravelmente com a nossa vaidade. Nós, quando apaixonados, julgamos sê-lo por deliberação própria; não nos apercebemos que fomos enfeitiçados. A mulher tem naturalmente o segredo das ciências ocultas. É mestra na arte de conhecer as naturezas e as intenções pela fisionomia.
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Basta observar o grau de profundidade do olhar num e noutro sexo. O homem tem uns olhos sem mistério, a superficialidade mental está neles bem manifesta. Têm qualquer coisa de opaco. Os olhos das mulheres, cuja visão lateral tem mais amplitude, vêem num relance o que se passa à sua volta, mas há neles um brilho nocturno semelhante ao das estrelas. Exprimem a misteriosidade da alma, como as estrelas a profundidade de onde emergem.
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— ANTÓNIO TELMO, “Congeminações de um Neopitagórico”. Sintra: Zéfiro Edições, 2009; págs. 127-128.


Na Foto:

JAI MA

Sri Ma Anandamayi é mais uma das grandes personalidades religiosas manifestadas na Índia do século XX. Seu nome de família era Nirmala Sundari Devi, nasceu na Índia em 30 de Abril de 1896 em uma vila onde hoje é Bangladesh.

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