O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, março 24, 2010

A DEUSA ADORMECIDA EM NÓS...

"Quando eu falo do Fogo Feminino, vê bem, eu evoco esta força específica que está em ti, que está adormecida em cada mulher e que a maior parte nem sequer ainda se apercebeu dela. Escutem meus amigos...

A Mulher dorme na mulher. Quero dizer-vos que o
Divino ainda não tomou realmente consciência d...o seu poder na Mulher. Ainda
falta algum tempo..." M.G.

O QUE É SER MULHER?

Será que as mulheres querem entender o seu ser em toda a sua profundidade, para lá dos estereótipos a que obedecem e às normas sociais que as prendem vivendo apenas à superfície do seu ser, adaptando-se às suas mudanças de humor, plenas de contradições, às diferentes fases da sua vida, sem se interrogarem porque é a “Natureza” da Mulher tão complexa…tão apaixonante, tão extraordinária e tão rica?

Acho que não. Creio seguramente que a grande maioria das mulheres aceita esse facto o de serem tão paradoxais e inconstantes, sem interrogações, deixando-se andar por isso ao sabor da maré dos seus sentimentos opostos e contraditórios e de todas as opiniões alheias, seguindo os padrões sociais e exigências que lhes são impostas, as muitas exigências que lhes são feitas pela sociedade, de serem esposas, mães e trabalhadoras, e ainda por cima cultas, elegantes e inteligentes?

Falamos todas em SER Mulher…dizemos que temos orgulho em sê-lo, que ser mulher é uma virtude, que a mulher é um ser extraordinário e capaz de tudo por amor etc., mas será que sabemos o que é esse amor que tanto procuramos fora de nós e que nos faz depender totalmente dos homens e da nossa aparência, da moda e da beleza?

Será que a mulher é feliz seguindo esses padrões e as opiniões gerais, tudo o que se diz e exige da mulher e ela tenta corresponder a tudo e ao mesmo tempo e mesmo assim acha que tem vida própria? Quando afinal, lá no fundo de si mesma, não faz senão sofrer ao calar essa parte dela e acha que apenas está a ficar deprimida ou insegura com o seu aspecto a idade ou a gordura e nem sequer quer olhar para o seu íntimo e tentar perceber o que verdadeiramente a atormenta…
Não, enquanto a mulher não quiser olhar a grande causa das suas feridas e curá-las por si própria… ela não reconhecer nem aceitar o seu poder interior…

Bem sei que é chato falar disto, falar de coisas que não queremos encarar…que é melhor seguir as telenovelas e os seus absurdos enredos, preferível ir ver um filme com um galã que faz tudo o que o marido não faz…que é sensível, bonito e compreensivo quando o marido é bruto e incapaz de a ouvir?
Mas eu, mesmo sabendo que é chato e que não adianta nada, não posso deixar de dizer que tenho imensa pena quando penso que bastavam alguns milhares de mulheres conscientes de si mesmas e dessa parte oculta durante tantos anos, dado como misterioso ou pernicioso…esse lado a que a psicologia das profundidades vê como o “Feminino Sagrado”, esse aspecto numinoso do SER Mulher que lhe dá a verdadeira dimensão do Ser realmente uma mulher inteira e de que ela tem tanta sede quando procura encontrar desesperadamente a paz e o amor fora de si e não vê que a tem toda dentro de si, lá bem no fundo?

SER Mulher,
sem a dimensão do feminino sagrado é sermos inconscientes do poder da Deusa em nós! É estarmos todas adormecidas, à espera do príncipe encantado...é ficar nessa redoma e quando acordamos vimos apenas o Sapo...

Sim, sinto uma pena infinita ao ver que as mulheres do meu País continuam apenas à espero do homem da sua vida...a interessar-se por namorados, maridos e filhos, culinária, modas e cosméticos, o que não tem mal nenhum se elas também soubessem da sua alma e não estivessem sempre divididas e umas contra as outras, no fundo, a competir e a sofrer e a fazer das tripas coração para sobreviver num mundo hostil e de agressão, de violência física e psicológica, queixando-se amargamente sem saber as causas remotas de tanta violência contra a mulher.

Será que a mulher não quer saber quem realmente ela é?
Será que ela não se atreve a ir a esse fundo de si mesma e perguntar-se a razão da sua natureza paradoxal…e sobretudo a razão profunda que está na origem das suas doenças, das suas depressões e neuras e raivas…ou porque são as mulheres particularmente atreitas a cancros da mama e do útero? E depois acreditam nas vacinas e nas químio-terapia e nunca em si mesmas, nas suas forças de regeneração e cura?
Será que a mulher não quer ver as causas remotas desse sofrimento milenar, o porquê de ser sempre a vítima?
Bastavam umas milhares de mulheres conscientes desse seu poder interior para ajudar a mudar toda a geografia da terra, a salvar a nossa Terra Mãe, pois as mulheres têm dentro de si, pela sua própria condição de geradoras de vida e de amor, um Poder imenso de cura que desconhecem, uma energia de verdade e amor capaz de mudar o mundo inteiro!!!

rosa leonor pedro

2 comentários:

Nana Odara disse...

Acho q a mulher qté quer, mas não sabe... exatamente o q...
depois falta um pouco de vontade mesmo, de força de vontade, de quebrar a casca do ovo, coisa q só ela pode fazer e sozinha... como vc o fez e eu tbm...

ou talvez somos tocadas por uma varinha de condão, de algum pó mágico de pirlimpimpim q faz a mulher despertar e começar a percorrer o caminho da Deusa dentro de si... não sei...

Como saber... só podemos falar... o resto é com elas...

(por acaso não tinha lido vc... e andei o dia todo fazendo meu post aos pouquinhos... engasgada com a babaquice das novelas de ontem, q eu até gosto e assisto, com crítica... mas q pra tantas é o catecismo do patriarcado né...

nisso elas alinham...

(suspiro...) paciência...

rosaleonor disse...

pois é Nana...eu no facebook vejo como as mulheres correspondem aos apelos da moda e da cosmética da culinária e da basbaquice...estou parva com o que elas acham que é "ser mulher"...Nem entendem nada do que eu falo...é bem triste.

tantas vezes eu penso em desistir e sinceramente não sei o que me faz continuar muitas vezes sem acreditar...

um abraço muito grande