O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, março 29, 2010

OS DOIS EM UM - o interior e o exterior


“Vocês vivem num mundo onde habitam personagens de uma grande escuridão assim como seres de grande espiritualidade a transbordar de amor, mas na verdade a maioria dos humanos encontram-se entre estes dois pólos. Cada um de vocês sabe da luz interior que brilha em cada um deles; cada um sabe também a parte de sombra pela qual já foi confrontado e que traz em si. As duas faces são a expressão da dualidade que forma a natureza da vida que vocês conhecem pela vossa própria experiência humana. Ao longo da história, houve momentos de incrível iluminação espiritual mas também períodos de impenetrável escuridão e vocês podem constatar que estes dois extremos coexistem muitas vezes num mesmo momento e ocupam o mesmo espaço enquanto pólos da mesma energia. Estes pólos opostos confrontam-se e opõem-se, e no entanto, vocês podem perceber que eles são simplesmente reflexos de um todo.

Como estudantes de sabedoria esotérica, vocês aprendem que devem integrar as duas polaridades: o bem e o mal, a luz e a obscuridade, o amor e o ódio. Enquanto estiverem a alimentar as forças opostas, a guerra reinará sobre todos os planos.” *

*Le Haut Conseil de Sirius – Patrícia Cori


PORQUE NÃO GOSTO DO LOBBY GAY


Não gosto do lobby gay…nem da sua cultura; não simpatizo com os movimentos sexuais e as suas variantes, sejam eles homo ou hetero ou derivados, os mais recentes e modernos, como sempre detestei o Sado-masoquismo!

Esta sociedade consumista e falocrática criou esta pressão SEXUAL, criou este mito da mulher símbolo e do homem macho…ou TRAVESTIADO, em que não dá lugar ao SER diferente, ao homem feminino na essência, nem da mulher real e tudo se pauta pela sexualidade genital, a mais básica, quase sempre abjecta ou viciada, instrumentalizada.
Ao sobrevalorizar essa sexualidade contribuiu-se para que os gays se tornassem actores e vítimas de uma idolatria falocrática, e para isso, o próprio lobby vai acentuar esses valores num hiper-machismo em detrimento dos reais valores do feminino seja no homem seja na mulher.

Deste modo, mesmo os indivíduos mais evoluídos, sem qualquer consciência da essência do ser em si – a coexistência dos aspectos feminino e masculino dentro de cada ser e as suas dicotomias - acabam por se desresponsabilizar perante uma verdadeira evolução e consciência ontológica, de uma ordem interior inata, digo ainda de uma consciência superior e de um Conhecimento profundo: A vida em si e a importância da sua dinâmica interna-externa, para lá de todas os estereótipos, das aparências e formas, na interacção dos pólos opostos complementares, feminino e masculino, o Yin e Yang dos orientais.

Cada ser humano é pois dois à vez e por isso não precisa de alterar o seu sexo nem mutilar o seu corpo para corresponder aos estereótipos que a sociedade,
alienada da verdadeira essência do SER, lhe impõe - que prefere mutilar as pessoas em vez de mudar a perspectiva dogmática dos seus credos, do seu deus e dos seus dogmas, como no Islão – que exige à partida uma aparência macho ou fêmea sem ter em conta a dualidade sexual do ser humano.

- Vi há tempos uma reportagem feita no Irão creio, em que um aiatola justificava as operações de sexo: como o profeta rejeitava a sodomia, eles não podiam admitir a homossexualidade, mas como não está escrito que fosse proibido mudar de sexo, então eles deixam que os médicos muçulmanos operem homens e dão-lhes imediatamente identidade feminina. E vemos seres transformados em pleno sofrimento sem nunca poderem ser o que sonhavam ser…esta é a aberração do dogma religioso. E o Papa não é diferente do aiatola quando apela a uma ecologia do sexo…e quer um homem e uma mulher fixos e imutáveis, uma mulher fêmea e um homem macho para procriar e fazer aquilo que eles não fazem no seio da sua santa e pedófila…igreja…
Vi mais recentemente também um filme em que um homem, casado e com dois filhos, a dado momento resolveu mudar de sexo e na cena aparece já como mulher, “normal” (vestido como uma mulher comum) exigindo que a família os filhos e a ex-mulher o aceitassem como pai e “mulher”… Isto é um móbil gay, como agora casarem e serem “mães”, em que a mulher passa a ser uma mera barriga de aluguer, e por isso para mim é ignóbil, gratuito e ridículo. Para se ser homossexual não é preciso mudar de sexo! Não deve ser preciso travestir-se…basta amar uma pessoa do mesmo sexo…porque no amor, como dizia F. Pessoa, o sexo é mero acidente …

A verdadeira natureza do SER é à partida Andrógina, pois deus assim nos criou, parece que está escrito na Bíblia…
Por mim acho aberrante que para satisfazer meras pulsões sexuais, relações efémeras, assistamos impávidos à manipulação da ordem biológica do ser e à mutilação do seu sexo sem que isso em nada diminua o conflito interior da pessoa humana. Sacrificar-se as pessoas às intervenções cirúrgicas julgando dar-lhes maior estabilidade ou satisfação sexual e humana, como se isso fosse um direito natural, cortar ou refazer não o que deus criou, mas a ordem do que é humano…é lamentável porque todas estas manipulações não servem de forma alguma a uma verdadeira Consciência do SER em si nem ao evoluir da espécie…
Devíamos saber antes de tudo que se estamos em corpos diferentes do que desejaríamos é porque numa vida passada fomos outro sexo e estamos ainda debaixo da sua influência, e que isso serve para aprender algo, ter uma lição de vida…É importante ter a experiência de um sexo ou de uma forma e não mudar de sexo ou inverter as atitudes porque se não está bem na sua pele…A dignidade do ser humano passa pela aceitação do seu ser sem o adulterar ou alterar. Acho um horror as pessoas travestirem-se ou mudarem de sexo mesmo que gostassem de ser diferentes.
Por todas estas razões não quero deixar-me embalar na onda da compaixão pelo sofrimento dos pobres coitados que queriam ser mulheres…ou das mulheres que querem ser homens e depois querem ser mães num corpo de homem…Mais tarde ou mais cedo temos todos que perceber quem verdadeiramente somos, para lá da forma e do pensamento, a razão de sermos nesta nossa encarnação, independentemente de sermos o que aparentamos ser.

Na verdade a alma e o coração não têm sexo…e tudo o que mais falta à Humanidade é a dimensão da alma e do coração!
rlp

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