
Era uma vez uma mulher. Essa mulher era amada. Por ser amada, era reconhecida como inteira em si mesma.
Por ser reconhecida, era livre para existir. Essa mulher vivia com os pés na terra e a cabeça nas nuvens, possuía todos os atributos de uma deusa. Era humana e ao mesmo tempo divina e havia algo de selvagem em seus olhos que nenhuma civilização ou religião poderiam domar.
Por isso mesmo,essa mulher foi temida e, por ser temida, foi reprimida e banida do convívio dos demais. Ela foi queimada nas fogueiras da ignorância, amordaçada nas malhas da censura, presa nas correntes da indiferença.
Após tantos séculos de repressão, aqueles que a haviam desprezado acreditavam que a sua luz se havia finalmente extinguido; que a sua natureza selvagem e aterradora havia desaparecido por completo.
Porém, essa mulher faz parte da própria natureza, ela é a própria natureza e não pode ser aniquilada. De sua plenitude temos apenas resquícios mas ela sobrevive nas histórias e nos contos de fada e no fundo da alma de todos, homens e mulheres que sentem um profundo sentimento de vazio e solidão em suas vidas.
É uma busca por aquilo que há de mais verdadeiro e mais essencial em cada um(A) de nós. Uma missão de vida que, mais cedo ou mais tarde, todos (AS) teremos que cumprir…
Texto de Artemísia eu sou: Clarice (tirado do facebook)
Peço desculpa à autora de ter acrescentado o feminino das palavras a vermelho e entre parêntesis, só para reforçar...o feminino...da linguagem!
1 comentário:
Fabuloso!!!!
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