HA UMA MULHER QUE CHORA...
Há uma mulher que chora dentro do vestido da terra.
Uma mulher que semeia na terra o nome do que sem nome brota.
A mão sobre o peito segura as lágrimas.
Porque as lágrimas têm um caminho que não se confina na terra nem no azul do vestido do céu.
No jardim
onde as almas se sentam no banco de pedra da sua mesma morte corre um rio sem
tempo agarrado aos torrões da luz.
O corpo é
uma lembrança fugidia e a realidade é um traço de vento no caderno das
liliputianas palavras.
Sem comentários:
Enviar um comentário