O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, agosto 25, 2012

O SACRIFÍCIO DA MULHER E DA NATUREZA...



SOCIALMENTE...
I

A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E PSICOLÓGICA NAS FAMÍLIAS - consentida e desenvolvida pelo sistema patriarcal: É uma espécie de programação que funciona na base da culpabilidade ancestral da mulher (a Eva é a culpada da queda) e...a mulher/mãe (sem nenhuma consciência de si enquanto individuo) vive em função da espécie, isto é do Homem...Assim, levar pancada, ser abusada, servir sexualmente em casa "cumprir com o seu dever" e no bordel ser objecto de prazer do homem, faz parte do programa arraigado na "cultura" geral e da educação secular...e como todos dizem - a sabedoria popular - se ela mulher é a culpada, se leva pancada é porque merece...
E neste sistema o homem é sempre ilibado pela cumplicidade dos outros homens! Polícias juízes e governantes...e as próprias mulheres mães ou amigas e até irmãs...defendem sempre o pai ou  o filho, o marido, o varão...o herdeiro legítimo, o fidalgo, o padre, etc.

O Sistema Patriarcal fomenta essa programação na família e nas escolas…e vive dela; o esclavagismo do homem acabou em certa medida, mas o da mulher nunca, portanto  este  Sistema nunca poderá defender pelas suas leis e instituições, as mulheres. Em todo o mundo os “Direitos humanos” não são das mulheres porque humanidade é sempre Homem.

 
A RELIGIÃO E AFINS...

II

O patriarcalismo está a chegar ao extremo de usar as mulheres, como aliás sempre o fez, e nós sabemos, pondo-se aparentemente do lado delas...e usando-as para difundir uma nova espécie de abuso...que é o "abuso espiritual"...os padres de antigamente era só sexual, não as permitiam nos seus púlpitos, mas os líderes de agora, fazem-lhe uma bela de uma lavagem ao cérebro (nem precisam de ter muito trabalho) e depois põem-nas a falar por si em defesa do Velho Sistema camuflado de "novas oportunidades"...Que a mulher trate do que concerne só o lar e a família, agora psiquiatra, educadora ou mestra...mas sempre ao serviço da espécie e do homem, garantindo que ela não se encontra a si própria nem à sua identidade. O perigo era o matriarcado...e justiça social...

RLP

2 comentários:

Isabel disse...

E põe-se sempre a tónica na mulher como se fosse a principal culpada, omitindo-se o papel da sociedade e do homem.
Atente-se na publicidade de não sei quantos produtos para não sei quantas coisas e na mudança que não é mudança nenhuma no papel da mulher: antes não trabalhava fora de casa, agora além de o fazer ainda tem uma dupla jornada.
Ou seja, a meu ver, o papel de cuidadora dos filhos, do marido ainda sai mais reforçado (exclusivamente isto sem pensar em si mesma, nas suas vontades, gostos). Pelo menos se formos a ver a publicidade: sempre os produtos associados à limpeza ligados à mulher, a educação e o cuidado dos filhos idem. Gostava de saber como é que se muda isto. Ainda bem que a mulher hoje trabalha fora de casa, ainda bem que cada vez mais tem o seu sustento mas tem de deixar de ser vista exclusivamente como mãe, mulher de.... e passar a ser vista como um ser pleno de vontade, de ideais, etc.

Anónimo disse...

Bem, qto ao "papel da mulher", não tenho nada contra.
Não me sinto diminuída em ser mãe ou dona-de-casa, porém isto não é valorizado. Por quê?
Na verdade, toda sociedade valoriza o que é remunerado.
O problema é a própria mulher se sabotando e minimizando a importância de tais "papéis".
A própria mulher julga as outras, qdo uma mulher é solteira é evitada, por medo de perder seu marido, pois o homem é que dá valor a existência feminina.
A mulher é sempre a mais exigida e culpada, sim.