O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

QUEM É LILITH?


 
LILITH É A NOVA MULHER, A MULHER DO FUTURO
E QUE UNE A MULHER MODERNA COM A ANCESTRAL...

A questão crucial que se põe para mim agora, face ao trabalho longo feito com Mulheres e Deusas e a integração da Sombra é a Integração das duas mulheres, o viver essa harmonia, esse equilíbrio entre uma e a outra...a mulher de superfície e a das profundezas...a mulher moderna e a mulher ancestral...a Mulher terrena e a Mulher cósmica, a mulher instintiva e a mulher que pensa por conta própria a partir do seu centro, do seu Útero...porque só ela faz a ligação entre o céu e a terra e é a Ponte entre Mundos...e assim une o que está em cima e o que está em baixo.
Não nos podemos deixar ficar nem na superfície em tudo o que foram as nossas conquistas como mulheres modernas nem nos deixarmos levar apenas para aquilo que nos chama no nosso inconsciente e do fundo da nossa psique e desperta para nos libertar dos limites e dos tabus impostos pelo patriarcado.

 A fusão das duas mulheres é essencial pois sem ela apenas mudamos ou INVERTEMOS os extremos de uma condição que ora nos coloca em cima ora nos coloca em baixo...ora nos coloca de um lado ou do outro, sempre uma contra a "outra"e a mulher continua dividida entre a mulher instintiva e a mulher cerebral...ora sendo assim a prostituta ora a casta...ora sendo a mulher sexual e fatal, insaciável, ora sendo a frígida, reservada ou tímida.
Para além do trabalho realizado com os dois aspectos da experiência feminina, na consciência e vivência desses aspectos como opostos e inconciliáveis dentro e for ade si,  devemos ter sempre como objectivo ou  meta, essa fusão das duas mulheres internamente e ao nível do consciente pois só essa mulher inteira, integral e completa poderá fazer face ao mundo de hoje...

Por isso não podemos cair na mitologia das deusas e os seus arquétipos ou no equiparar da deusa a deus todo poderoso, nem na sua recusa como coisa mística e inatingível...
Precisamos de ir ao fundo dos abismos, ao fundo da nossa psique, resgatar a nossa sombra – a mulher reprimida nos séculos e amordaçada pelos conceitos patriarcais - para a ligar à mulher de superfície (intelectual e mental) que pode integrar essa experiência em equilíbrio e harmonia...sem cair nos erros passados...
 Assim, todas  nos devemos unir num trabalho comum e não dividir-nos como os patriarcas em capelinhas só “nossas” entre “ santas e demónios”,  mulheres sérias e prostitutas,  esposas e amantes etc..

ROSALEONORPEDRO

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