O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, agosto 05, 2013

As radicais dos anos 60...e as loucas dos anos 2000

 
 
SERÁ QUE VAMOS LÁ COM CANTIGUINHAS?

"Também se leva um ano fatídico para uma única mulher gerar mudança. Para continuar nesta jornada uma mulher precisa de um desejo que seja incontrolável, um profundo desejo que se alimente na mais profunda fonte da psique humana, nas cavernas das Moiras. Daí em diante ela deve desistir de tudo que não a conduz a sua meta. Ela deve ter uma mudança total das circunstâncias, deixando para trás família e casa. Ela deve encarnar esta alta meta, respirá-la, vivê-la, manifestá-la. E ao fazer isso, ela dá a luz a si mesma. Para mim, isso significou deixar meu casamento, a Costa Leste, e a Cidade de Nova York. "
Budapest

 
 
UM EXEMPLO VIVO DE MULHER ACTUAL
(...)
Vejo o mundo real, vejo as estatísticas, há uma epidemia de violência doméstica, ou sempre houve e agora é mais visível, as mulheres casadas são as maiores vítimas... Nas estatísticas de violência infantil os próprios pais são a maioria dos violadores, seguidos de padrasto...
 
O casamento em si foi instituído pelo patriarcado como documento de posse sobre a mulher. Não vejo sentido nenhum em se defender o modelo de casamento vigente, com tantas informações e estatísticas que temos que provam o quanto tem sido maléfico as mulheres, e até aos filhos... Concordo portanto com a autora, devemos deixar o patriarcado e as instituições patriarcais para trás, na medida do possível, na medida em que podemos fazer isto, o que requer muita coragem... Não é uma fuga nem uma covardia, mas sim, uma coragem e uma fé infinita para sair do que é tido como certo, como socialmente aceito, confortável pra se jogar na incerteza, no desconhecido, em situação de risco social, de desprotecão, de críticas e perigos reais, ameaças e violências diversas... Não significa fazer mudanças radicais nem irresponsáveis, não significa uma mudança de personalidade nem de loucura temporária, lavagem cerebral, desequilíbrio, nada disso... Vai acontecendo de forma gradual e é preciso ter a coragem de se entregar e confiar que se vai sendo guiado por uma força maior, que nos leva adiante e da força pra prosseguir o trabalho... Eu senti isso quando comecei o blog, e por onde através de mim, os textos eram repassados... Hj sei que fui instrumento, e isso é muito gratificante pra mim...
Não tenho patrimônio, emprego,.estabilidade, enhuma fonte de renda ou apoio do estado ou qqr tipo de instituição. Vivo pela fé, minha Mãe não me deixa passar falta de nada, embora as contas estejam atrasadas, sei que Ela me protege a mim e ao meu filho... É difícil viver de forma não patriarcal num mundo patriarcal, mas minha força vem da Mãe, e é infinita... Tudo que faço, como vivo, meu consumo, minha alimentação, minhas roupas, tudo procura ser de alguma forma consciente e coerente com uma nova 'logica' matrista, que não é compreendida pelas pessoas 'normais' sou considerada diferente, exótica, ou louca mesmo... Mas a cada dia vejo minhas amigas decepcionadas com seus casamentos, parceiros, trabalhos, e elas vem a mim, desabafar e de alguma forma compreendem minha posição, ainda que não tenham coragem ou sintam vontade de viver de outra forma... Mesmo em coisas simples, como assumir meu cabelo crespo como é, sem ter de passar a vida escrava do salão de beleza, dos alisamentos e escovas... Então elas vem e me dizem, gostaria de deixar meu cabelo natural, acho seu cabelo tão bonito, queria ter coragem... Na verdade não é o cabelo, mas a atitude, sem querer ou programar, sou altiva, sou independente, sou forte, e as mulheres sentem isso, algumas admiram, outras se sentem ameaçadas... Tudo isto vem da
Mãe..."
(falta texto)
Junana Odara

2 comentários:

Deolinda Blathorsarn disse...

Muito belo testemunho!Obrigada por compartilhar!

danni disse...

quem é esta Junana Odara???