O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, janeiro 04, 2014

O QUE SABEM AS MULHERES DE SI E POR SI?



OS REGISTOS ATÁVICOS...

Ao longo dos tempos, as mulheres sempre foram julgadas pela sua sexualidade simplesmente por a terem ou por a vivenciarem. Em ambos os casos a mulher era condenada só por isso, a não ser que fosse uma casta esposa e só procriasse…fiel ao marido e sempre em casa...ah! mas dir-me-ão que não, que  hoje já não é assim...pois não. Mas está lá o registo! A violência doméstica parte desse registo atávico...mas não tão atávico assim. A verdade é que grosso modo os dois modelos de mulher continuam activos, e a luta e conflito persiste em cada mulher e fora dela no seio da família e da sociedade...
É que se não estivesse lá esse registo...não haveria a velha reação do macho de apostrofar  contra  homens e mulheres de "filho da puta" ou "grande puta"...Portanto...enquanto estes dois grandes epítetos da mulher referentes à mãe e à amante...tiverem essa conotação, enquanto eles tiverem esta  carga pejorativa e violenta, destrutiva mesmo...é sinal de que essa distinção entre a mãe "casta e pura" (e afins)  e a mulher amante e livre como puta, existe... por  mais que me digam que não e tentem fazer passar as mulheres todas para o lado das prostitutas...como sinal de grande liberdade, seja na publicidade comercial, na moda e na arte em geral...na verdade e no fundo os homens continuam a querer uma mulher deles, como eles a sonham, fiel e casta e honesta...que não os trai que não os engane e que fique à sua mercê a todo o custo...nem que as matem...
O facto é que mesmo muitas mulheres modernas e intelectuais, as ditas emancipadas, ainda hoje seguem e defendem teóricos da sexualidade, uns professorzecos na moda, ou psicanalistas de renome como Freud ou Lacan e aceitam os seus pressupostos como verdades acerca de si mesmas e da sua sexualidade, como a ideia imbecil da inveja do pénis ou a ideia de que o falo é que é determinante na expressão do ser ("a palavra" é o falo) e continuam a duvidar quer de si e da sua voz do útero, que retiram com a maior das facilidades a qualquer ameaça de cancro...e os ovários idem idem aspas aspas...tal como os seios passam a ser de silicone...para agradar "à malta" enquanto que continuam adversas às outras mulheres e suspeitam ou rejeitam tudo o que as outras mulheres  lhes dizem ou reflectem de si mesmas como escritoras ou psicólogas...elas preferem a palavra-falo dos homens!.

As mulheres continuam aprisionadas aos padrões do pensamento masculino e vivem ainda totalmente presas dos seus conceitos…quer tenham ou não noção disso. Muitas das vezes nem se apercebem como estão completamente presas nesses padrões e os defendem.
A pergunta que urge e que não se pode mais adiar é justamente: *"É a sexualidade feminina uma experiência das mulheres ou um discurso masculino sobre a sexualidade feminina?" E esta pergunta  é válida não só obviamente sobre a sua sexualidade, mas com tudo o que se diz e escrevem os homens sobre as mulheres...

O QUE SABEM AS MULHERES DE SI E POR SI?
rlp

(*Emilce Bleichmar)

4 comentários:

Anónimo disse...

A sensualidade das mulheres é uma condição natural.Está incluida na beleza das flôres, na plumagem dos passaros no frescor da briza. A beleza de seu corpo e a forma como se movimenta, sugere uma partitura musical de rara beleza, ou um poema.
A natureza é feminina; Deus se inspirou no feminino para a criação.
Repare como a natureza se ornamenta com cores e aromas exatamente como uma mulher; acompanhe com os olhos uma cadeia de montanhas e veja como seus contornos se assemelham às curvas de um corpo feminino. Sua suavidade,sua anatomia, seus seios servem como inspiração para poetas, pintores e escultores. A tragetória da mulher no mundo é marcada pela beleza, sensualidade, ternura, doçura.
Comcluindo, posso dizer que seu corpo é tambem um milagre, dos mais inquestionáveis.
Os homens as temem; não tem como competir sente-se ameaçados e por este motivo as reprimem.
Bjs. Agenor Rio

Else disse...

Boa noite, Rosa

vim por aqui lhe passar um link, pois sei que és mais presente no blog

http://lusophia.wordpress.com/2011/07/03/manas-taijasi-teosofia-eubiose-e-sexualidade-por-vitor-manuel-adriao/

grande abraço

rosaleonor disse...

MUITO OBRIGADA ELSE!

rosaleonor disse...

Else recebi uma informação de uma pessoa a quem dou todo o crédito...sobre este português e não só: "Um esclarecimento...
O homem que escreveu isto é completamente louco. Louco ao ponto de desafiar com uma arma de fogo quem contesta as suas ideias (não estou a brincar).E não entende sobre o que escreve!... Agora as origens...segue a linha de pensamento e de uma suposta escola iniciática começada com um outro homem que se diz avatar,o Henrique José de Souza,que por acaso não se chamava Henrique mas Honorato e que surpresa das surpresas casou com a própria filha, depois de subornar muita gente pelo Brasil...era maçon...A senhora que aparece na entrevista deste artigo é essa filha."