O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, fevereiro 18, 2014

SER MARGINAL...

Ser Mulher...

Há a nível nacional, pequenas "sociedade" (grupos ou capelinhas) de mulheres que alinham do ponto de vista intelectual e "cultural" comum, como há outras tantas do ponto de vista religioso ou político, mais abrangente...ou às vezes misturadas, mas sempre dentro do Sistema patriarcal...
Nenhuma se distancia ou se afirma em contrário...
Mulheres, que unidas nos seus interesses e objectivos, deixam de ser apenas as cobaias anónimas do sistema,  conscientes...
ou inocentes...estão perfeitamente inseridas nele, mesmo sendo contra um partido ou outro, a oposição, ou de esquerda, e partilham todas dos seus pressupostos...das suas ideologias, dos seus conceitos de vida e conhecimentos...que são logicamente patriarcais e masculinos e misóginos, como é inerente ao seu funcionamento e onde a mulher é secundarizada...
Entre a luta feminista, como trabalhadora, executiva, e a luta artística, criativa, dentro do sistema, a mulher tenta ter direitos e igualdades com o homem...e procura não uma diferença, mas sim uma maneira de competir e vencer a luta contra o seu opositor ou nem sempre, quando se submete facilmente ao poder vigente...e é naturalmente cordata...e é a primeira a defendê-lo com unhas e dentes...contra as outras mulheres...
O mesmo na formatação académica das mulheres; todas as mulheres do Sistema e do regime, usam a linguagem patriarcal do Homem e defendem os seus interesses aceitando tacitamente os seus valores e leis que as submetem aos seus modelos...
Eu pergunto...como pode a Mulher Integral, a Mulher consciente de si, distanciar-se desses modelos e assumir um papel..."político" através da sua diferença se pela sua Natureza intrínseca foi negada e não é aceite... e na verdade até é ostracizada...como eu sou, por acaso, no plano cultural e social porque o que eu escrevo não tem eco, nem faz sentido na estrutura dos interesses socio-culturais e económicos da comunidade humana que nos rege...seja o Estado e o Governo e as suas Instituições...
Sou portanto uma marginal...uma persona não grata e não usufruo de nenhum benefício social ou de promoção da minha persona por não ter em comum os mesmos interesses - conclusão, não entro na rota do TRÁFICO DE  INFLUÊNCIAS que rege e domina  a sociedade em que todos são coniventes com essa prática e em onde mais caro ou mais barato todos/as se vendem...por dinheiro, por fama ou prestígio.

rosa leonor pedro

4 comentários:

Unknown disse...

Pensa ... e DIZ!!!! Tantos homens de saias ... como eu fui durante 20 anos de "sono" induzido!!! Agradeço tanto a mim própria e às minhas IRMÃS ter "acordado". Beijinho e ... sempre o meu agradecimento pela sua lucidez!

rosaleonor disse...

É bom ter notícias suas!!!
saber que continua por aí...atenta...e consciente do que é mais urgente.

abraço grande

rleonor

Anónimo disse...

Gostei Imenso. NãoSoUeuéaOutra.

rosaleonor disse...

ainda bem que gostaste!

rlp