O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, fevereiro 07, 2014

O CORPO DA MULHER É SEU...NÃO DO ESTADO!

 
 
ONTEM, MULHERES EM FILA, EM ESPANHA, PARA REGISTAREM OS SEUS CORPOS COMO PROPRIEDADE SUA, INALIENÁVEL...

Navarra- El objetivo de esta acción, ha sido “poner de manifiesto que el cuerpo de las mujeres no es perteneciente de ningún órgano eclesiástico ni partido político, pues la capacidad de decisión recae única y exclusivamente sobre nosotras mismas, las mujeres”, explica este colectivo en un comunicado.
 
 
 
POR UM LADO, EM PORTUGAL, AS FEMINISTAS NÃO TÊM QUALQUER CONSCIÊNCIA DO FEMININO ONTOLÓGICO...E POR OUTRO,  AS FEMINISTAS POLITIZADAS NÃO TEM QUALQUER VOTO NA MATÉRIA...

Em Portugal nunca houve uma consciência efectiva das feministas tirando algumas autoras dos anos sessenta, que se salientaram nos meios académicos e culturais... internacionais na altura de Salazar e da Pide e sem dúvida que houve sempre mulheres lutadoras, de têmpera, de que reza a história, mas na realidade, ou porque se perderam em afirmações individuais e interesse particular ou porque foram aglutinadas aos partidos, tal como o foram pelas igrejas antes, continuam obedientes ao Pai, ao Poder e agora são-no ao líder, todas as mulheres de esquerda. Em Portugal as feministas estiveram sempre ligados ao partido comunista e aprisionadas à cartilha da partido e nunca houve de facto, penso eu, mulheres livres e independentes com a força das escritoras dos anos 70 como a Mary Daly, a Carol P. Christ, a Merlin Stone, a Marija Gimbutas... , mulheres capazes de fazer a mudança ou criar uma base de unidade de consciência efectiva que se tornasse notável em Portugal. Ainda andamos as voltas com uma existencialista, Simone de Beauvoir....Há sempre a cartilha do líder ou a do marialva...que impera em Portugal, mesmo entre as intelectuais modernas...quem decide sempre é o romance e o amante...o editor o chefe e o patrão, em suma o Estado ou o Pai. E agora vem todo este simulacro de "espiritualidades" NEW AGE e como diz a Luiza Frazão: " As nossas feministas eram e presumo que continuem a ser ridicularizadas e depois entrou o Reiki e a meditação e pronto, já estamos em Neptuno como se diz em astrologia mas o Saturno e o Úrano estão por resolver e é tudo tão balofo que não se aguenta..."

rlp

1 comentário:

Anónimo disse...

Adoro seu blog; tão lúcido, lógico e óbvio que causa espanto não ser uma regra. Gostaria de ver um mundo onde esta consciencia prevalecesse de forma natural. Creio todos seriamos mais felizes.
Agenor agenorcr@terra.com.br