...CONTINUAM A SÊ-LO, ATÉ PELA "CIÊNCIA"!
- Os
predadores/curadores são os antigos “curas” dos milagres…
Dissociadas
da dor, da nossa dor real, as mulheres perseguem curas e mestres que lhes digam como são
já “seres espirituais”...antes de serem MULHERES, antes de resgatarem a sua
história e a sua verdadeira identidade...e é isso precisamente que a Matriz
de controlo quer, seja ela qual for...nesta nova escalada ofensiva contra A
Mulher verdadeira desencadeada de muitas maneiras e das formas mais paradoxais, como é o caso....
Há uma crescente
onda de “espiritualidades” que se alastra e que começou com a New Age, que,
mais uma vez, é aproveitada no sentido de afastar as mulheres da descoberta de
si mesmas e de acederem ao seu verdadeiro potencial interior, impedidas assim de ter
acesso a uma consciência profunda de si mesmas, o que, a acontecer, causaria
uma enorme revolução no mundo tal como está anunciada... a ascensão do feminino
na Terra e o equilíbrio dos polos...Eu não sou contra as TERAPIAS, mas contra os falsos terapeutas e as pseudo curas!
E a maneira
como essa onda de falsas “Terapias” encabeçada por “pequenos deuses”- os novos
predadores das mulheres - se propagou precisamente através da ideia de
cura...como curar
as mulheres…o mercado mais fácil...e estes se tornarem um tipo novo de proxenetas que vivem a conta das doenças das mulheres...e não já das prostitutas...
Sim, as mulheres foram as primeiras a ser convidadas
a entrar em todo o tipo de alternativas a fim de curar as suas feridas… A
qualquer preço e a uma velocidade vertiginosa, o mercado "espiritual",
foi invadido de propaganda de todos os géneros de receitas do tipo auto-ajuda,
em livros e em workshops, para Curar a Mulher...do seu “mal”… Nessa linha foram oferecidas às mulheres processos de “cura e salvação”... assim como as mais variadas técnicas e práticas, em fins de semana...onde entra a mais atrativa de todas o "Tantra" e a "Sexualidade Sagrada"...e aí...a mulher vai a correr...
Porque a mulher é sempre o alvo mais frágil, o elo mais fraco, porque sim, ela sente-se
ferida…ela sente a sua cisão interna, mas não sabe de onde ela vem…ela sente a
sua complexidade mas ela não sabe explicar onde começa e acaba …ela só sente a
dor a dor imensa de ter nascido mulher… ela só sabe que é olhada como objecto
sexual desde muito nova, e se sente “perseguida”, na rua no trabalho e em casa…que
é permanentemente sujeita a toda a espécie de abusos, atentados e sacrifícios e
que a sua pessoa é constantemente denigrida pelos homens através dos Mídea, nos
cartazes e pelas publicidades, cinema e televisão fazem dela uma coisa
esquisita, oferecida, doentia, fatal ou reprimida, ou pornográfica… e que a sua
alma está prisioneira dessa Matriz poderosa que é falsa…a matriz que aprisiona
a mulher não e’ a sua MATRIZ – é a patriz do Pater e do Filho… Dai, a Mulher celibatária e a Mãe solteira e a Velha, que não cumprem esses papéis não terem lugar nesta sociedade. A mulher tem de ser presa e sujeita ao Sistema e as suas leis e garras e cumprir o seu papel como sua (deles) propriedade. Ou ela vai para a rua ou fica presa em casa…nos dois sentidos, literal e figurado!
Essa Saga começou na família, em casa e nas escolas e depois no casamento, no emprego e no divórcio…ela é sempre atacada e está sempre em desvantagem dentro do Sistema que se sustenta da sua prestação.
A questão
aqui, mais do que histórica, foi religiosa e retórica.
Foi sem
dúvida através das religiões e ao longo dos séculos que o controlo foi feito
mais eficazmente e a mulher é ainda sujeita a uma qualquer inferioridade, a uma
sujeição e a um papel secundário nas sociedades, mesmo que hoje se pense que
não, que há mulheres emancipadas – porque vão para a guerra mas continuam a ser
violadas pelos camaradas ou porque se despem sem que precisem de lhes pagar os
homens, ou porque andam nuas no carnaval e têm bolas de silicone no peito em
vez de seios? Mas não podem amamentar os filhos na rua porque é imoral?
No fundo e
na prática apesar de todas estas aberrações tidas como liberdade, passa-se o
mesmo controlo da mulher, do seu útero e da sua imagem o que é bastante mais
aviltante do que antes…
Estou
persuadida de que a maioria das supostas terapias e métodos que hoje em dia são
divulgados nestes meios ditos “espirituais” só tem como objectivo alienar as
pessoas, nomeadamente as mulheres, não de um sofrimento profundo, verdadeiro,
indo à sua origem para conhecer as razões ou as suas causas, mas para as manter
presas a uma ideia falsa de cura fácil precisamente porque não querem que ela aconteça.
Eles não querem que as mulheres saibam ou intuam o que o seu ser lhes diz à
partida do fundo das suas entranhas, que reconheçam o seu poder interno para continuar
a infantilizá-las, a fim de as impedir de fazer os processos de consciencialização
através da sua psique e da sua alma. No fundo querem impedi-las de passar pelas
etapas de maturação que correspondem a uma evolução e mudança de consciência o
que representa sempre, numa dada proporção, seja dor, seja sofrimento, este o
mais das vezes provocado pela resistência do despertar, do aprofundar dessa
consciência do Seu Poder interno como mulheres.
Essas
terapias falsas são sustentadas e vivem à custa da fragilidade e ignorância das
mulheres em geral – as mais vorazes clientes desses terapeutas – e mantêm-nas à
superfície do seu ser, em estados meramente superficiais, de letargia, e sem as
deixar aprofundar nada da sua existência de forma significativa, impedindo-as
de conhecerem as causas verdadeiras das suas feridas. E a maneira melhor de o fazer
é fazê-las fugir da dor verdadeira a fim de não saberem a origem
das suas feridas mais profundas…e não atingirem o conhecimento global da sua
psique, do seu emocional ferido e confuso, atordoado de ideias de cura e
salvação etc..
O que se
pretende no fundo, creio, com toda esta avalanche de “curas” e métodos, é que
não se aprofunde a questão do Ser Mulher, que ela não vá ao fundo do seu problema enquanto
mulher essência. E porque a mulher tem e sofre maioritariamente de doenças ditas “de foro feminino” que mais não são do que o afastamento de si mesma, do alheamento da sua anima e da sua psique cindida, longe que estão da sua verdadeira identidade, elas buscam esse “apoio” sem saber que estão a ser manipuladas…
As mulheres
sofrem tanto toda a vida que agarram todas as promessas de fazer cessar a sua
dor…O que elas não sabem é que se não houvesse resistência à dor, a dor seria
passageira e transformar-se-ia rapidamente em sabedoria pois a raiz de sofrer
em latim significa justamente conhecer através da experiência e passando essa
experiência pela nossa pele…dói sempre …e é preciso ir para além dessa dor
transformando- o e não suprimindo-a, como a medicina alopática faz apagando os
sintomas da doença e nunca curando, assim fazem também as terapias modernas, que
afastando as mulheres da sua dor verdadeira, das suas feridas profundas, elas
nunca irão ao fundo das suas psiques…
E porque
digo eu que essas terapias em geral pretendem impedir essa consciência da
mulher integral e deixá-la apenas à superfície desses conceitos e crentes nessa
ideia fútil de “felicidade e paz”? Porque elas não são mais do que mentiras
elaboradas por uma nova religião em marcha que se serve das mulheres mais uma
vez para atrasar o processo histórico. E mais uma vez o que se pretende é fazer
com que a mulher continue a viver dependente de mestres e dos homens e a atrasar
o seu processo de libertação e acesso a sua verdadeira consciência, a
verdadeira e não a falsa emancipação, e que lhe daria a independência do homem
e da sociedade patriarcal que fez sempre dela uma escrava ou concubina…às vezes
santa e outras rainha, mas sempre sujeita à violência e domínio dos homens,
fossem reis pais padres amantes ou maridos…e até mesmo filhos!
A História recente
é a do domínio do Homem sobre a mulher (e sobre os filhos da mulher) e a sua anulação
até na linguagem …e isso tem de acabar para haver um equilíbrio entre os
Princípios Feminino e Masculino, para que haja Justiça e Verdade e só assim a Paz na Terra será REALIDADE.
rosaleonorpedro
2 comentários:
Nossa! Toda vez que vejo alguém dizer que há uma cura para o "Mal" da Mulher, me arrepio...e é como você diz mesmo: isso vem de séculos e séculos...pena que muitas mulheres não percebam isso e que ainda se punam e se sintam culpadas!
Abraço
Araceli Sobreira
Venha nos visitar também:
www.pedradosertao.blogspot.com.br
Obrigada pela sua visita e para mim é muito bom sentir que há mulheres que entendem isto...
Vou visitá-la sim
Um abraço
rleonor
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