A Mestra apicultora sabe que tudo nasce da mulher.
Aquilo que para ti é o universo é para nós a yoni-verso; a
própria criação é um canto da yoni. O macho nunca deu nascimento a nada. Ele é
talvez a semente da concepção, mas sem a receptividade e a criatividade da
fêmea, não pode haver nenhum nascimento. Nós vemos portanto a Grande yoni como
o Vazio, como o ancestral eterno que esconde nele a ancestral avó e o avô, e
vemos nisso a origem mesmo dos ensinamentos sobre a sexualidade alquímica,
segundo os quais a nossa Terra se manifesta como o centro sexual do nosso
universo. Consequentemente no Grande Vazio existe algo no interior do nada,
esse coração da luz pura, energia na forma mental, de onde emana o sopro, o
inspirar e o expirar, a inclusão para lá das grandes avós, a fêmea, o ovo, o
elemento receptivo e criativo. E depois a expiração, a explosão, o elemento
activo, a ancestralidade vive-se ela mesma nesses dois aspectos e fazem amor; é
assim que ele se cria a si mesmo em todas as formas e em todas as coisas. É a
yoni-verso, no seio da qual nós existimos, e neste contexto que eu gostaria que
tu compreendesses o que se segue. É tempo para ti de substituíres as teorias
não confirmadas, as falsas noções e as opiniões abstractas por uma consciência
com inúmeras ligações que unem todos os elementos no ritmo da tua vida. Feito
isto, tu poderás descobrir o que nós sabemos e vemos.
A Abelha Rainha continua
Para a grande maioria das pessoas no Ocidente, a yone evoca
apenas o pecado, a vergonha e as parras da vinha! Não é um receptáculo passivo,
porque ela possui a sua inteligência própria, e o trabalho realizado graças a
esta inteligência é o pivô central da nossa obra. Nunca religião alguma foi boa
para as mulheres; para nós, elas representam todas, séculos de opressão. As
mulheres que seguem a Via do Pólen assumem plenamente o seu poder. Elas não
exercem o poder como o fazem numerosas mulheres hoje em dia, que procurando
reconquistar o poder que lhes foi tirado, elas acabam quase sempre por imitar
os homens. O Sol e a Terra porém não estão em competição; são apenas
contrários. Olha para a natureza: nós vemos que a oposição engendra um todo
mais vasto, que é a harmonia. A competição destrói. As Melissas não estão em
competição com os homens; elas antes compreendem que o seu poder como mulheres
significa que elas podem ser sensuais, sexys, apaixonadas, até mesmo
desavergonhadas, e que isso não as torna objectos sexuais para ti nem para
qualquer homem seja ele quem for. Com efeito é o seu poder que dá nascimento a
todas as coisas: a sexualidade, a emoção, o espírito e o corpo. O nosso tesouro
encontra-se na Colmeia dos nossos conhecimentos, porque nós somos as que
colhemos o mel do espírito.
A Mestra apicultora sabe que as Melissas podem ser
reagrupadas em duas categorias distintas, em dois principais tipos de pessoas
atraídas por este trabalho: as mulheres
do tipo maternal e as do tipo magnético. Cada uma das minhas filhas, das
minhas Melissas, tem a diferentes níveis disposições diversas em relação a uma
ou a outra destas duas tendências. Se uma delas é puramente do tipo maternal,
ela não terá outra aspiração que não seja ser fecundada cada ano. A proteger as
suas crias e a corresponder às suas necessidades, quer se trate de um ritual,
de um sonho sagrado ou, evidentemente, de uma criança. Se ela for do tipo
magnética, e se é fiel à lei da sua natureza, não se recusará a ninguém que lhe
faça apelo em nome da tradição. Chamada pelos poderes da feminilidade que ela
encarna, ela é por natureza sem raízes, solitária e livre nos seus movimentos,
e, se ela é fiel a si mesma, assim será com um outro, para além da comunicação eterna com
a Colmeia…”
(…)
In La Voie chamanique de l’ abeille – (A Via xamânica das
Abelhas (Trecho traduzido por mim, rlp)) de Simon Buxton
2 comentários:
Este é outro tema q me farto d procurar e nada encontro. Em tempos tive um link q me sugeriste q ate adicionei aos favoritos. recordas? um assim com longos textos, quero adicionar novamente.
Maravilhosooooooo ❤❤❤❤ como as abelhinhas e todos nossos lindos animais
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