Fico estupefacta como há pessoas, sobretudo mulheres e contra toda as evidências do contrário, que ainda acreditam na FELICIDADE. Ainda vivem a adiar a realidade e talvez uma vida satisfatória não fora o sonho de uma felicidade absurda que nunca existiu na terra. Não, não há nem nunca houve felicidade na terra nem nada que se pareça. É só miragem e ilusão, uma projecção da vida ideal como uma religião – virados para o futuro e para o alem, seja no ceu ou nas estrelas, seja algures num paraíso artificial.
A terra nunca foi um Paraiso. A natureza destrói e dizima espécies…Tudo nasce e apodrece… Os animais matam-se uns aos outros para comer, e os homens morrem de doenças por comer cadáveres e também se matam uns aos outros somente por ganância e ódio e crenças. Eles marcam o terreno como cães e gatos…fabricam armas e estão se nas tintas para os humanos que morrem… mulheres e crianças que matam e violam sem qualquer escrúpulo.
Onde é que há felicidade mesmo quando há paz? Paz também é um mito, ela nunca existe na realidade, fora de nós, mas nós ignoramos as guerras e a fome lá longe e fingimos que somos felizes…e amamos o próximo, a maior mentira que já existiu. Quando vem a peste quase nos comemos uns aos outros ou matávamos também se pudéssemos…
Isto de acreditar na felicidade é também uma espécie de romantismo proveniente de idealizações e cultos antigos. Ninguém quer viver nesta realidade… Por isso inventam-se hotéis e férias e descanso para fugir a escravidão do trabalho…cria-se musica e arte e romances para simular realidades enquanto camuflamos os nossos males e sofrimentos. Cantamos e dançamos para exorcizar a dor e o vazio de não haver respostas ou sentido para a nossa vida…
AS pessoas pensam que por pensar coisas bonitas e acreditar no amor ele é verdade… e não percebem que se olhássemos todos a nossa verdade e tivéssemos o reconhecimento desta realidade, ela podia dar-nos muita mais compreensão do fenómeno vida-morte que nos transcende. Penso que se olhássemos a realidade nua e crua e sem medo e não fossemos tão fantasistas e cegos acerca da vida na Terra talvez encontrássemos respostas para o nosso vazio existencial que vem dessa projecção constante com que criamos deuses e anjos e fantasias celestiais e vivemos de idealismos sociais a acreditar no que não existe. Mas só tarde demais vemos isso – sim só a idade nos mostra isso... e eu digo-o porque sou velha...Não me restam mais ilusões nem fantasias… a morte aproxima-se e eu quero a verdade, doa o que doer, em vez de qualquer felicidade fictícia…
rlp
Onde é que há felicidade mesmo quando há paz? Paz também é um mito, ela nunca existe na realidade, fora de nós, mas nós ignoramos as guerras e a fome lá longe e fingimos que somos felizes…e amamos o próximo, a maior mentira que já existiu. Quando vem a peste quase nos comemos uns aos outros ou matávamos também se pudéssemos…
Isto de acreditar na felicidade é também uma espécie de romantismo proveniente de idealizações e cultos antigos. Ninguém quer viver nesta realidade… Por isso inventam-se hotéis e férias e descanso para fugir a escravidão do trabalho…cria-se musica e arte e romances para simular realidades enquanto camuflamos os nossos males e sofrimentos. Cantamos e dançamos para exorcizar a dor e o vazio de não haver respostas ou sentido para a nossa vida…
AS pessoas pensam que por pensar coisas bonitas e acreditar no amor ele é verdade… e não percebem que se olhássemos todos a nossa verdade e tivéssemos o reconhecimento desta realidade, ela podia dar-nos muita mais compreensão do fenómeno vida-morte que nos transcende. Penso que se olhássemos a realidade nua e crua e sem medo e não fossemos tão fantasistas e cegos acerca da vida na Terra talvez encontrássemos respostas para o nosso vazio existencial que vem dessa projecção constante com que criamos deuses e anjos e fantasias celestiais e vivemos de idealismos sociais a acreditar no que não existe. Mas só tarde demais vemos isso – sim só a idade nos mostra isso... e eu digo-o porque sou velha...Não me restam mais ilusões nem fantasias… a morte aproxima-se e eu quero a verdade, doa o que doer, em vez de qualquer felicidade fictícia…
rlp
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