O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, novembro 18, 2010

AS SACERDOTISAS DA DEUSA...



AS SACERDOTISAS

NÃO ERAM “PROSTITUTAS”

* POR ISSO preferia usar a palavra sacerdotisas da Deusa e não “prostitutas” porque o conceito aparece com o cristianismo e rebaixa a sexualidade sagrada da mulher, tornando-a uma venda do seu corpo, de acordo com a moral vigente e o catolicismo.

Fontes antigas revelam que Ishtar era a mesma Grande Deusa cultuada no Oriente próximo como Déa Síria, Atar, Astarte, Ashtoreth, Anath, Asherah, Mari e difamada na Bíblia como a Grande Prostituta Vermelha da Babilônia, padroeira das prostitutas. Na realidade, as sacerdotisas dos Seus templos eram honradas como rainhas na Ásia menor e admiradas pela sua sabedoria e conhecimento, que lhe conferiam poderes de cura através dos rituais de amor. Como personificações de Qadeshet - a Rainha celeste da Palestina – de Inanna e de Ishtar, as prostitutas* serviam nos templos como emissárias destas deusas para conduzir os homens para se conectar com Ela ou curar seus males e aflições. Era um costume antigo que cada mulher da Babilônia servisse como sacerdotisa do amor uma vez na vida, costume continuado na Grécia helênica, nos templos da Afrodite e em Roma, no templo de Vênus e Juno Sospita.
As sacerdotisas chamadas Ishtaritu ou Qadishtu atuavam como veículos da Deusa, proporcionando aos homens uma experiência extática, que lhes abria os canais para receberem a energia divina em um ato de amor e partilhando com eles o dom de Ishtar - a sexualidade sagrada - enquanto lhes ensinavam esta invocação:

“Reverenciai Ishtar, a suprema Deusa,

Rainha das mulheres.

O Seu corpo é vestido de amor e prazer,

Sua essência é de ardor, encanto e voluptuosa alegria,

Seus lábios são doces como mel,

Sua boca dá a vida.

Sua proximidade proporciona plenitude e a felicidade

atinge o auge quando Ela se faz presente,

pois Ela é gloriosa, poderosa, exaltada, esplêndida

e respeitada por todos os deuses, que A reverenciam

e perante Ela se inclinam chamando-A de Rainha.”


Ler na íntegra: http://sitioremanso.multiply.com/journal/item/90

2 comentários:

Nana Odara disse...

ontem fui ao cinema com o Theo ver o rei da pérsia...
numa cena uma sacerdotiza prostada diante da deusa num ritual...

me fez lembrar de tudo isso e as confusões todas com as palavras e conceitos judaico-cristãos ocidentais...

as memórias estão dentro de nós...

rosaleonor disse...

Tem toda a razão...todas essas confusões nos afastaram da origem..

abraço grande aos dois...

rleonor