O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, abril 16, 2015

O PREDADOR



A VIOLÊNCIA INVISIVEL...

Es evidente cuando un cuerpo es golpeado. Moratones, fracturas, puntos quedan reflejados en un parte de lesiones.
¿Pero qué pasa con los jirones del alma, esos que sólo se vislumbran en las posturas del cuerpo deprimido?
Hacer invisibles las agresiones es una violencia aún mayor. No te pego, pero no te veo, no te escucho en lo que dices. Lo que sientes no tiene importancia. Niego lo que percibes......

Y en esa penumbra, como en la vieja película "Luz de Gas", te enloquezco hasta que no seas más que una sombra sumisa a mi ego omnipotente.
Sí, matar la psique hasta que no seas más que una alma en pena es una de las mayores violencias recibidas.
(fonte: naosoueueaoutra)

O que são as palavras?? As palavras deviam ser silenciosas e lidas com o coração. A humanidade não seria, assim, tão desvirtualizada. Mas há muito que se perdeu essa capacidade inata a todos, a telepatia, a empatia para ler nos corações as palavras justas, as palavras da verdade.
 
Nem todas as palavras são actos, e nem todos os actos são palavras. Com estas palavras, acabo de pensar a palavra Predador. O predador que bate na esposa, e depois pede desculpa e afirma e promete que nunca mais irá beber e nem bater, concorre para a maior das mentiras. A palavra amar que profere, não assenta no acto. Todo e qualquer predador é portador da voraz necessidade de controlo e poder. Há o predador que para obter poder sobre outrem, conduz esse outro ao isolamento de forma dissimulada, e fá-lo por perceber na vítima a fragilidade que a própria não tem consciência. Embora, como é da praxis, o seguro predador reverte a situação, afirmando que é a vitima que se isola. Noutros casos, afirma que a sua conduta é sempre por culpa dela. Ele nunca tem culpa de nada, absolutamente! Obviamente que a construção do poder é praticada de forma tão dissimulada que a vitima não percebe o labirinto alapado do predador.
Importa denunciar que há mecanismos inconscientes que podem ser activados e energizados sobre outra pessoa, através de um certo controlo mental induzido pela força do querer. Algo que o predador consegue fazer, porque sabe da vitima, conhece o estreito caminho da consumação da sua bestialidade. O predador não descansa enquanto não controla a vítima ao máximo na sua acção, e quando o consegue parte para um outro patamar que vai desde toda a bajulação a ofensas psicológicas. Um predador quer o controle da mente e coração do outro, descortinar toda uma vida interior para dessa forma estar no centro da pessoa e desta forma activando todo o poder e com isso a vitima vaza toda a energia que vai alimentando-o. Quando o alimento se torna pouco, ele vai se transformando cada vez mais num animal e persisti em encontrar novos meios de agressão para extorquir a vitima e assim alimentar-se. Forçosamente o predador torna-se mais forte que a vitima, e que por norma se assume como culpada, concorrendo para isso, no vicioso circulo de abusos que aquele sempre anseia exercer.
Um predador é assumidamente perante ele, um predador activo. Ele tem consciência absoluta dos seus actos pela via do coração, embora a sua mente o contradiga, ele assume que não o é. Mas como a mente sem consciência não reconhece a verdade dos seus actos, o círculo vicioso do jogo continuará a dominar todos os pensamentos sem freio. No entanto, há predadores calculistas que exercem a sua natureza complemente cientes daquilo que desejam e como obter.
Todo e qualquer predador é detentor de várias personalidades. Aquela que revela à sociedade fora do seu ambiente, onde a agressão ocorre; aquela que revela perante a vitima; aquela que revela a si mesmo quando a sós. Portanto, a sua natureza intrínseca é dissimulada e a sua capacidade de intricar ainda maior.
De referir que nem todos os predadores são violentos fisicamente, portanto há um grande leque de jogos de poder, cujas violências exercidas são sempre gravosas. Embora, o predador violento físico, englobe regra geral quase todas as outras, e em última instancia o máximo da sua violência, portanto o vértice, é o crime. Daí que não importa qual seja a violência escolhida, ela é sempre uma falta e que coloca o outro numa posição de humilhação.
Geralmente, salvo erro, os predadores se detestam uns aos outros, a não ser quando formam grupos em que a violência é exercida de comum acordo e orientado para uma certa área. Porque o predador silencioso, aquele que age de forma individualista, nunca chama outros. O seu prazer sádico e calculista está em ter ele apenas o controle e escolher a vitima ou vitimas.
(...)
Autor: NãoSouEuéaOutra - Ano: 2008
 

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