"CABE ÁS MULHERES REDESCOBRIR O FEMININO,
DAR À LUZ UMA ALMA NOVA,
CAPAZ DE ASSUMIR A SUA DIMENSÃO CÓSMICA."
"A mulher é o canal
chamem-lhe inferior ou superior, já que é os dois,
ela que pode, sem intermediário,
religar a Terra e o Céu."
in "OS PORTAIS DO TEMPO"
Antónia de Sousa -
ART-MONTSERRAT
O FEMININO E A ECOLOGIA:
UMA VERDADEIRA ECOLOGIA TERIA DE SE BASEAR NA NOVA CONSCIÊNCIA DO FEMININO E NO CULTO DA GRANDE MÃE. SEM A DEUSA E A ELEVAÇÃO ESPIRITUAL DA MULHER E A SUA CONSAGRAÇÃO COMO INICIADORA DA VIDA, A NATUREZA MORRE…
A MULHER QUE DÁ À LUZ E A MULHER QUE AMA SÃO UMA SÓ. SEM AMAR E RESPEITAR A MÃE A TERRA E A MULHER O HOMEM CONDENA O PLANETA A SER UM DESERTO A QUE OS SEUS PATRIARCAS O CONDENARAM HÁ MILÉNIOS NAS SUAS GUERRAS RELIGIOSAS E DE PODER.
A ECOLOGIA DOS PARTIDOS POLÍTICOS Á ESQUERDA É ESTÉRIL E TRAI OS PRINCÍPIOS DO EQUILÍBRIO PORQUE NEGA O SAGRADO E NÃO ACORDA A MULHER ESSÊNCIA, A MULHER LIGADA À MAGIA E À CURA, NÃO LIGA A MÃE E A AMANTE.
(...)
"No nível mais profundo da psiquê, continuamos vinculados com a Mãe-Terra, que nos trouxe à vida e nos alimenta. A conexão entre o eu profundo e o mundo natural foi denominado de inconsciente ecológico, que estaria um passo além do inconsciente colectivo junguiano. Um espaço/tempo onde Psiquê encontra Gaia.
Quando o movimento feminino e o movimento ecológico se encontram, surge o Ecofeminismo, que busca uma nova visão de mundo, com ênfase nas transformações dinâmicas, nos processos cíclicos e na interrelação de todos os seres. Intimamente ligado a uma espiritualidade feminina, recupera o mundo natural como sagrado - matéria imbuída de espírito - revalorizando o corpo e suas funções, incluindo a sexualidade, o nascimento, o envelhecimento, a morte.
A espiritualidade feminina recupera a concepção da Deusa, entendida como esta totalidade que nos engloba a todos: mulheres, homens, plantas, animais, minerais. Ela é o próprio mundo e o princípio de vida que pulsa em cada ser criado. Ela é o ecosistema.
O que se busca é uma nova identidade humana, uma inteireza que inclua além da racionalidade, da auto-confiança e do poder do intelecto, os aspectos intuitivos, compassivos e o poder de cura de cada pessoa. Uma identidade humana que nos inclua, de modo consciente, na natureza sagrada de todos os seres na Terra.
Precisamos nos conscientizar que somos feitos dos mesmos elementos que constituem toda manifestação: terra, água, ar e fogo.
Nós somos parte - e apenas uma - do ecosistema!"
(in “Caldeirão da Bruxa)
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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