O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, setembro 22, 2006



“A nossa civilização é dominada pelo instinto de morte. Se nós quisermos sobreviver, temos de colocar a tónica nos valores femininos.
A mulher está profundamente ligada ao instinto de vida: ela está do lado das crianças, da Natureza, dos outros, dos animais, das plantas e das coisas...
Uma sociedade que reconhecesse os valores femininos assentaria sem dúvida em comunidades de interajuda.
Nunca sobre a dominação, a competição, a expansão ao domínio dos outros

Com o princípio masculino, é a sobrevivência do mais forte, com o princípio feminino, a sobrevivência do mais sábio.
É preciso perguntar-se o que aconteceria se houvesse uma mudança colocando-se a ênfase nos aspectos do feminino em vez dos masculinos.
Que valores adviriam dessa mudança de atitude no plano colectivo e individual?”

(texto traduzido do francês - autor anónimo?)

O PARADOXO HUMANO

Eu continuo a perguntar a mim própria o que falta ao Homem dentro de si para que ele esteja tão doente, tão desesperado e cada vez mais violento?
O que falta ao ser humano para que fique horas a fio a ver filmes de guerra e crime na ficção tanto como na realidade, desejoso de mais espetáculo...desejoso que caiam mais bombas...hajam mais guerras, mais crimes, MAIS FOME...e a par disso o maior atordoamento no ruído a que chamam música e no álcool ou na droga, no consumo, no sexo...

Os homens elegem os carros como símbolo de poder pessoal, constantemente "bombardeados" por novas marcas de carros como sucedâneo de felicidade com mulheres "fantásticas" ao lado e tudo à volta de um imaginário masculino de força e de agressividade e depois os Governos distribuem panfletos na rua ou no combóio para o "povo" andar de biciclete por causa do azono...

Enquanto isso os "homens heróis" e eles os grandes "chefes" brincam aos carrinhos e aviões e às guerras com que sonharam desde adolescentes no ódio à mãe e o medo das mulheres...

Metade da humanidade continua a destruir a outra metade seja de que lado estiver e em nome de qualquer coisa seja em nome da fé cega ou de um deus iracundo!

Esta é a insanidade do mundo em que vivemos, o grande paradoxo para o qual contribuimos todos...

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