O INCESTO UROBÓRICO
INCESTO COM A MÃE OU COM A IRMÃ
"Da boca do corpo sai a filha que simultaneamente devora os seios da mãe.
As duas serpentes que se entredevoraram, são as míticas serpentes que criaram o mundo.
Este foi o primeiro incesto"
As duas serpentes que se entredevoraram, são as míticas serpentes que criaram o mundo.
Este foi o primeiro incesto"
in "A Morte da Mãe" de Isabel Barreno
Neste domínio está incluído o mistério do amor entre mãe e filha e entre mulheres iguais. Anne Sexton escreveu sobre “a caverna do espelho, aquela mulher dupla que olha para si mesma”, no poema “A Imagem Dupla”. (...)E Adrienne Rich: o “Espelho em que duas são vistas como uma. É ela a quem chamamos de irmã”. Uma paciente pintava duas irmãs se abraçando e “os dois corpos apertados um contra o outro pareciam uma só pessoa”.
E ela explicava:
“Duas irmãs abraçadas fazem uma pessoa forte. E é a maneira pelo qual consigo abraçar-me quando preciso de uma mãe e não há ninguém que me ajude: Eu a mim, como uma irmã a sua irmã”.
(...)
Este incesto sugere cuidados e protecção a nível urobórico, ao nível dos laços simbióticos que firmam a mulher na sua auto-estima, permitindo-lhe ir em frente com a sua alma feminina, livre de amarras do colectivo exterior.
Este incesto sugere cuidados e protecção a nível urobórico, ao nível dos laços simbióticos que firmam a mulher na sua auto-estima, permitindo-lhe ir em frente com a sua alma feminina, livre de amarras do colectivo exterior.
(...)
É frequente ocorrer uma fixação de transferência muito erotizada quando a terapia atinge esse nível - é uma fusão urobórica que derrete as defesas do animus e permite o renascimento com a capacidade de exprimir necessidades e sentimentos activa.
É frequente ocorrer uma fixação de transferência muito erotizada quando a terapia atinge esse nível - é uma fusão urobórica que derrete as defesas do animus e permite o renascimento com a capacidade de exprimir necessidades e sentimentos activa.
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Há ainda um outro aspecto do incesto com a mãe que quase sempre aparece na análise das filhas do pai as quais energicamente repudiam as mães fracas, identificando-se excessivamente com o espírito e o intelecto masculinos. Suas mães eram vistas como o modelo de inferioridade do qual elas tentavam escapar a qualquer preço. Nesse caso, o incesto com a mãe pode ser o despertar doloroso para as qualidades com ela compartilhadas, a identidade com a fêmea humilhada e desprezada.
Há ainda um outro aspecto do incesto com a mãe que quase sempre aparece na análise das filhas do pai as quais energicamente repudiam as mães fracas, identificando-se excessivamente com o espírito e o intelecto masculinos. Suas mães eram vistas como o modelo de inferioridade do qual elas tentavam escapar a qualquer preço. Nesse caso, o incesto com a mãe pode ser o despertar doloroso para as qualidades com ela compartilhadas, a identidade com a fêmea humilhada e desprezada.
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Em todos os exemplos a mãe pessoal é idêntica à sombra negativa da mulher, que então a projecta sobre a mãe. Quando adultas as filhas do pai ficam humilhadas ao verem os laços de fraqueza e auto-rejeição que compartilham com a mãe. O insigtht prega-as na realidade, destrói-lhes o ideal grandioso e heróico do ego, iniciando um período de mergulho
-->na depressão, enquanto as faz sofrer pela identificação com o feminino ferido e desprezado.”
Em todos os exemplos a mãe pessoal é idêntica à sombra negativa da mulher, que então a projecta sobre a mãe. Quando adultas as filhas do pai ficam humilhadas ao verem os laços de fraqueza e auto-rejeição que compartilham com a mãe. O insigtht prega-as na realidade, destrói-lhes o ideal grandioso e heróico do ego, iniciando um período de mergulho
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In CAMINHO PARA A INICIAÇÃO FEMININA
De Sylvia B. Perera
2 comentários:
Olá Rosa.
Estava lendo sobre o caso da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani e não tenho como me sentir com um nó na garganta. Sei que tenho que respeitar outras culturas e tudo o mais, mas isso é demais para mim. Fico me perguntando se essa sentença seria imposta a um homem.
Estão rolando na internet abaixo assinados, mas isso não resolve o problema, pois podemos ajudar essa Ashtiani, mas e as outras mulheres iranianas, afegãs, e todas as outras que existem no mundo...
Me sinto tão impotente e espantada com tanta agressão.
Tem razão em se sentir assim...de facto há muito pouco que possamos fazer, nós mulheres comuns, a não ser estarmos cada dia mais conscientes de nós mesmas e do nosso poder ancestral e sacrificar o nosso ego social ao nosso ser interior...se quisermos não sermos apanhadas na rede...
Quanto a mim já não é culturas, mas diferentes opressões que recaem sobre a mulher no mundo e a causa é quase sempre religiosa onde o poder do homem - deus - é absoluto. Para negar a liberdade e o amor a paz e a partilha eles têm de humilhar e matar a MUlher...uma velha história mal contada...só a podemos mudar dentro de nós mesmas através da consciência do feminino sagrado e da DEUSA.
Fique em paz centre-se no seu coração..um dia será diferente.
Abraço
rleonor
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