O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, julho 19, 2010

MEMÓRIA...


“Sentia-te como se entre os meus braços estivesses a levitar uma criatura antiga, de rosto doce e rugoso de velha cabra, uma serpente que saia do mais profundo do meu corpo, e adorava-te como a uma "mãe" antiquíssima e universal.
(...)

Mas seria talvez de ti que eu andava à procura? Talvez eu esteja aqui sempre a esperar por ti. De todas as vezes perdi-te porque não te reconheci ou não me atrevi? De todas as vezes perdi-te porque ao reconhecer-te sabia que devia perder-te?”


In “O Pêndulo de Foucaul”
UMBERTO ECO

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A minha memória de mim…a minha história ao inverso...


...Às vezes assola-me uma dor enorme, súbita que me golpeia o peito e todo o meu ser se esvai em pranto…é a memória de um tempo ido, um passado esquecido, uma saudade pungente de um amor talvez perdido, de alguém que não conheço e antevejo ou adivinho mas que nunca se revela…

Depois mergulho numa sonolência dolorosa, fico exausta, e como num sonho turvo, vejo uma vida que não vivo, de uma grandeza imensa, de uma beleza esmagadora de que me lembro na pele mas sem nunca a ter vivido aqui nesta obsoleta realidade tão constrangedora…onde as pessoas são mesquinhas e ciumentas, pequenas e invejosas.


RLP

Mas eu sei...eu sei...

"Há uma Alma dentro de tua Alma. Busca essa Alma.
Há uma jóia na montanha do corpo. Busca a mina desta jóia.
Oh, sufi, que passa!
Busca dentro, se podes, e não fora." RUMI


2 comentários:

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

Eu oro, pois não há outra alternativa para mim agora se não orar:

Virgem-Deusa guia de todas as mulheres
Mãe Terra dos muitos seios
Senhora e Doadora da Vida
Guie me nos caminhos que devo agora percorrer
Senhora da Terra e dos Céus
Mãe Serpente do Mundo Subterrâneo
Senhora da Lua Escura e Mãe do Sol
Seja minha guia nesta Sagrada Jornada
Que trilho seguindo Seus caminhos
E Pegadas...

Abraços do fundo do coração.
Gaia Lil

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

Existe uma Fonte, que está atrás e além de mim, e está Fonte tem sido o que mantem a minha vida, a Fonte de minhas palavras.