O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, julho 12, 2011

Olhar para dentro da alma da mulher

A IMPORTÃNCIA DAS RELAÇÕES COM AS NOSSAS ANCESTRAIS...




Olhar para dentro da alma da mulher é ir ao encontro de um sofrimento abafado há milénios...não é tarefa fácil. Por isso estamos aqui, para que juntas percorramos esse caminho da exploração de nós, do inconsciente feminino.


A história, tal como é ensinada, conta só metade da mesma e há nela lacunas imensas, sendo a mais importante, a história vivida e vista pelas mulheres. Esta parte da grande história da humanidade não está escrita em pergaminhos e encontra-se fechada à chave nas nossas memórias individuais e colectivas. Cabe a cada uma de nós ir ao encontro da sua, a da nossa linhagem feminina.
Na minha perspectiva é um trabalho importante a fazer para o resgate do feminino sagrado; como é que na minha família as mulheres se situam, que lugares ocupam elas na dinâmica familiar? Quais foram os legados das minhas antepassadas? O que me foi dito em surdina ou explicitamente sobre os homens, sobre as mulheres? Como me sinto eu na relação que tenho com elas; Com a mãe, com as irmãs, com as avós? E finalmente, o que escolho eu de largar e o que vou eu guardar delas?

Deixo-vos meditar

Ana Vieira

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