O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, julho 09, 2011

UM SONHO EM COMUM…


MULHERES DEUSAS E SACERDOTISAS...


Sinto que um período de grande questionamento está a chegar aos nossos corações. É um período difícil, mas imprescindível, ele leva consigo a energia da criatividade e por vezes a da esperança...não me apetece nada, não tenho grande paciência para nada. Irrita-me o Facebook e os bandos de carneiros atrás dos "mestres", irritam-me as verdades espirituais descontextualizadas e feitas só para quem tem poder de compra. Irritam-me os mercadores do templo que vendem o fim do mundo e a salvação só para alguns. É caso para perguntar: que fazer minha Deusa?

 Depois chegam-me imagens de grande doçura, as do templo para as mulheres, para o sagrado feminino e aí sei interiormente o que não quero:


-Não quero um templo elitista

-Não quero um templo que busque o exotismo pelo exotismo das palavras

-Não quero um templo que se fique só por conceitos intelectuais

-Não quero um templo que seja uma empresa, cujo objectivo é o de ganhar dinheiro


Dito isto, tudo o resto é válido.

Que seja um templo que tenha várias vertentes, sempre direccionadas para o feminino sagrado: a vertente terapêutica, a vertente de estudo e pesquisa, a vertente de apoio às mulheres em dificuldade e a vertente cerimonial.

 Um templo no sentido antigo, em que tudo é consagrado, as próprias paredes, o chão e o espaço exterior. Sei que é possível, vi muita coisa em sonho e em visões, tentei mesmo fazer um esboço do plano de negócios para que pudesse ser viável economicamente e acredito nele.

Um templo querida Rosa, onde a mulher se pudesse encontrar, onde pudesse ser tratada, lavada da história e do patriarcado e depois, que pudesse voltar ao mundo mais forte e consciente dela própria.

Sei que por vezes se sente sem forças, desanimada…

Envio-lhe muito carinho e doçura para que a esperança toque de novo à porta do seu coração.

Ana Vieira

2 comentários:

Maria disse...

Grandes verdades, de uma vez só...

Mysteriotides disse...

Que postagem linda...

Gostei muito de ler e de sentir como seria um templo real para uma grande maioria de mulheres em busca de harmonia pessoal e apoio coletivo.
Ótimo texto!

Beijos e Bênçãos°