Afrodite, Selene, Perséfone, Hecate, Atena, Kore, Pandora
“A consciência da Anima, é a do seu próprio inconsciente, o acesso lúcido ao inconsciente. “Ela traz a possibilidade de reflexão em termos do inconsciente.”
Qualquer coisa como o hiper-consciente de que fala Jouve ou da “consciência da consciência” de que fala Valéry.
Com efeito, a Anima mediadora do inconsciente não nos torna mais conscientes no sentido intelectual do termo, mas ela compromete-nos com as profundezas do inconsciente, da mesma maneira que Hecate acompanhando Deméter através do labirinto do inferno, clareando com o seu archote o caminho abissal.
Ela torna-nos cada vez mais inconscientes, quer dizer, mais próximos da nossa natureza secreta e profunda. “Ela abunda lá onde o inconsciente opera”, ela responde de maneira imaginativa e mágica “ pela imagem e não pelo discurso abstracto. Ela é “qualquer coisa” que nos faz pressentir do nosso destino, nos revela a nós próprios; daí a sua ligação com a Sibila, a Pitonisa, a Bruxa, a Fada. Os seus poderes, não esqueçamos, são os da noite. E também por isso que a Lua Negra nem sempre abdica e pode representar a resistência do inconsciente que se recusa a se desvelar.
Joelle de Gravelaine
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