O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, julho 07, 2014

MALEFICENT - MAGNIFICENTE...

 
 
Onte-ontem fui ver o filme Maléfica e adorei.
Pela primeira vez vi no cinema a história inverter-se e estar do lado das mulheres...assinalando o facto de que quando Aurora nasceu toda a gente na corte começou aos gritos de contentamento a... dizer: "é menina! é uma menina, é uma menina" - ao contrario da tradição patriarcal que só festeja quando é menino! E depois vemos ao longo do filme como a Mulher má (que apenas foi ferida pela traição do homem que amava e que em busca de poder a trai e lhe corta as asas) também vemos como a sua Sombra se torna na verdadeira fada protectora e amante da menina - ao ponto de já não ser o beijo de amor que o principie lhe deu que não a acordou, mas depois o beijo de amor puro que a Fada Maléfica lhe deu de despedida e que era o amor da MULHER integrada...e as duas mulheres unem-se para se tornaram numa só ao reunirem os reinos opostos - do bem e do mal…- o da fantasia e o da realidade…etc.
Lamento ter revelado as cenas, mas é tão belo e eu intui tudo mesmo sem saber...vale pela magia e pela sensação nova de ver triunfar o amor entre as mulheres; sente-se no amor da mãe – a mulher mais velha - pela filha ou pela afilhada neste caso...como uma forma de amor genuíno, e pela primeira vez a "madrasta" ou a fada má, neste caso, revela o outro lado desta dicotomia... em que, todos os filmes de fadas e bruxas, estas são sempre representada em mulheres antagónicas, rivais, que se odeiam e que nunca são amorosas, como neste caso...e como é evidente nas cenas em que a menina conquista pela sua verdade e sinceridade o amor da mulher ferida...que a odiava…por ser a filha do Rei - o homem cobarde que usou da sua confiança e a traiu e cortou as asas…para aceder ao Poder.
rlp
 

Nota: Não gosto especialmente da atriz como mulher, mas admito que o papel lhe assentava na perfeição...e lhe dá uma dimensão mais humana do que para si mesma terá... 

2 comentários:

Ná M. disse...

Ainda não vi o filme, mas eu dei uma pesquisada e parece que tb é rico em simbologia, como por exemplo os chifres de Malévola...as Deusas Hathor e Boudicca o usavam tb..representam força, liderança e domínio, características que hj consideradas masculinas mas q essas histórias desmistificam...

rosaleonor disse...

a informação é excelente, grata...