O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, julho 02, 2014

O PESADELO DO PECADO...

 
UMA ANTÍTESE INVENTADA


“Entendo que essa antiga e venerável missão das prostitutas é uma ética congenitalmente feminina que só por um desvio de uma religião patrística foi reservada às sacerdotisas do amor a fim de cindir a humanidade feminina na projecção do abominável e do sublime masculino. Uma antítese inventada por esse ser eminentemente melodramático que é o homem, sem a mínima verosimilhança no cosmo da realidade da mulher que não distingue o espírito da carne. Eis porque as mulheres honestas sempre no fundo invejaram as prostitutas e vice-versa.” *
(...)
*In A MADONA de Natália Correia

2 comentários:

Anónimo disse...

A malíciae a necessidade de sentir-se desejada, faz parte do feminino. Nada tem a ver com prostituição.È algo natural como o desabrochar de uma flôr para atrair pássaros e insetos.
Cada vez mais as mulheres entendem e aceitam sem culpas sua natureza e somente por esta razão o número de cornos aumenta cada dia;
A beleza em todas suas formas,não pode ser monopolizada por poucos; é um patrimônio da humanidade; todos tem direito à contemplação, esteja a beleza onde estiver, inclusive no corpo de uma mulher. Bj.Agenor RIO.

rosaleonor disse...

Não, não tem nada a ver com a prostituição a sensualidade ou a beleza da mulher, mas quando a sociedade inventa o casamento e a mulher tem de ser casta nele e fiel ao marido (não o contrário) ...isso faz com que as que não casam sirvam de outra maneira...e acabem por se vender...embora hoje em dia tudo isso pareça diluído, os preconceitos mantêm-se no fundo senão não havia tanta violência doméstica e feminicídio...
Felizmente ainda há homens conscientes...

abraço rl