O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, agosto 06, 2014

"Eu sinto, logo existo"

 

 
AS MULHERES SENTEM-SE? 

"As mulheres, de maneira geral, são condicionadas desde a infância a depender de membros do sexo masculino de nossa sociedade para conceptualizar e iniciar as mudanças. Os feiticeiros, a cujo treinamento me submeti,... tinham opiniões bastante definidas a este respeito. Consideravam indispensável que as mulheres desenvolvessem seu intelecto e ampliassem sua capacidade de análise e abstração, a fim de obterem uma melhor compreensão do mundo à sua volta."*

- Sim, isto é verdade em parte e em alguns lugares remotos do mundo, mas para as mulheres ocidentais, as mulheres ditas civilizadas, não, pois elas desenvolveram de há quase um século a esta parte, precisamente o seu intelecto e a sua capacidade de análise exclusivamente em detrimento da sua intuição e capacidade de síntese...e isso fez com que afinal as mulheres se perdessem da sua essência, da sua natureza profunda, ctónica e visceral, viradas apenas para o mundo objectivo e a ciência em vez de ter em conta a sua subjctividade e ir além dos cinco sentidos... e assim vivam completamente dependentes, ainda, não só dos homens, como da sua maneira de ser e pensar que é estritamente masculina e tem a ver com todos os padrões e referências de conduta social e moral que aprisiona a mulher de forma ora ostensiva ora subtil!
Assim como as universidades e a formação académica é apensa e só o pensamento do Homem que a omite simplesmente da língua e não fala em momento algum do Ser Mulher e ignora totalmente uma maneira diferente de ser e de sentir e até de se expressar. A mulher é aglutinada na linguagem e em todas as suas expressões que caracterizam o cérebro direito...usando como os homens apenas o cérebro esquerdo...que deu no "Eu penso logo existo" - que no caso da mulher seria: "Eu sinto, logo existo"...e desta forma vemos que as premissas todas desta humanidade está falha e desequilibrada e daí o caos e a ignorância - nomeadamente o ódio à mulher - que reina neste mundo racional e lógico e falocrático, que é o Sistema social político e religioso patriarcal.
Não digo com isto que seja um hemisfério apenas a estar activo, e imperar o da mulher...Não, mas os dois (esquerdo/activo/positivo e direito/passivo/negativo) em equilíbrio...como é "lógico"...e com isto podemos ver que o ser lógico é muito redutor ou muito estúpido...

rosaleonorpedro

*in Taisha Abelar, Travessia das Feiticeiras

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