A MULHER NO MUNDO PATRIARCAL...
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"Como uma mulher interessada em conhecer-se a si própria pode romper com esse pano grosso e escuro e colocaram sobre ela (os homens)? No mundo contemporâneo é ainda mais complicado, senão impossível aceder a essa interioridade de ser mulher, a sobrecarga de funções que a proclamada igualdade acarreta leva à falta de tempo para viver essa interioridade, a mulher vive dividida entre as responsabilidades da vida profissional e da vida familiar, cabendo-lhe ainda nos nossos dias a gestão e manutenção da casa e da família no geral." A. M. F.
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Muitas mulheres me perguntam como podem aceder a essa essência do feminino e uma vez tendo essa consciência de si como mulheres como devem expressá-la na sociedade em que estamos inseridas.
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"Como passar pela vida mantendo-nos fiéis à nossa essência de mulher?
Quando falo de essência falo de algo que eu própria não sei o que é, pois é algo que não conheço e se não conheço não posso definir. Não conheço com os sentidos, com o corpo, mas sinto dentro de mim é como uma saudade de qualquer coisa que não sabemos bem do que se trata. Como podemos ter saudades de uma coisa que não ...existe?" A.M.F.
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Essa descoberta e a vivência dessa Essência Mulher - e ela existe em nós como natureza intrínseca -, mas não nos é à partida permitido expressá-la em sociedade, primeiro porque nos tornam ignorante dela, e depois de a adquirimos passamos a ser perigosas para a sociedade que é baseada no seu domínio. Portanto não é possível ter essa vivência em plenitude no modelo patriarcal porque ele se lhe opõe de raiz e assim são modelos antagónicos - se a mulher contrariar esse modelo, o que lhe é destinado pelos homens, ela é castigada por se afirmar diferente e a sua energia além de vampirizada é combatida violentamente por todos os meios.
Se a mulher quiser usufruir dessa essência em consciência, ela tem de manter lugares secretos e expressar-se dentro de círculos sagrados e escolhidos, protegidos por outras mulheres...e nunca se exporem, tal como as sacerdotisas da Deusa tiveram que, no início do cristianismo, quando começaram a ser perseguidas, de se disfarçar de mulheres feias e bruxas...Tiveram de tapar a sua beleza com panos negros e andrajosos...para não se exporem enquanto mulheres de dom - fossem elas curandeiras ou feiticeiras, fossem elas simples parteiras, ou simplesmente mulheres iniciadoras do amor da Deusa, muito belas ou atraentes - para não serem sacrificadas ou queimadas nas fogueiras...
Penso que, tal como antigamente, as mulheres de hoje, que são conscientes de si e sentem esse amor e esse fogo nelas, não devem, por mais ousadas que sejam, expor-se nem combater frontalmente o patriarcado com as mesmas armas, mas retirarem-se estrategicamente até serem suficientemente fortes na sua MAGIA para ficarem imunes aos ataques e à destruição do seu corpo frágil e sagrado...não oferecerem o seu corpo aos predadores e às bestas num sacrifício inútil em nome de uma liberdade e igualdade que não as serve e as faz cair na armadilha do patriarcado - lutar pela força e pelo domínio, expondo-se à grande besta que a anula e perverte, divide e explora em todo o mundo.
A Sabedoria da Mulher que é interior e inata está em ser astuta como a serpente e deslizar sub-repticiamente entre os perigos ...sem se denunciar ou matar, silvando...e assustando, se for preciso, mas saindo do trilho dos homens...dos seus caminhos pedregosos e estéreis, criando a sua protecção e disfarce...mas caminhando por seus próprios pés na Terra Mãe..
Lamento imenso aquelas mulheres que querem lutar com a ordem vigente contra o Sistema e que julgam que ganham alguma coisa com isso e acabam vítimas da sua própria ilusão de ganhar direitos e igualdades ou fazer justiça para as mulheres ...e se perdem ou morrem com as mesmas armas dos homens...
rlp
1 comentário:
LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!! Adorei, gratidão ! Simmm, concordo ... ser astuta como a serpente ..RSRSRS.. sem dúvidass !!!!! Saber onde e quando se expor , agir com sutileza ..... sem dúvidas...
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