O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, setembro 06, 2014

UMA PENA FRÁGIL...




Maria de Castela
uma Assassina Profissional da Mente e dos seus Jogos

ponto fraco: detesta mentiras e homens; detesta mulheres másculas
ponto forte: capacidade de filtrar nos conteúdos sórdidos da mente Humana
trabalho: psicanalista de síndromes de grandezas e pequenezas 
frase habitual: sou psicanalista do Futuro. estou num outro lado da psique. a Suja.


são oito horas da manhã. em ponto,  Maria abre o consultório no cimo de um arranha-céus. escolheu as alturas, para poder  ver a vergonha humana; e também devido aos  tratamentos utilizados sobre os seus pacientes, que é a possibilidade de que os instintos atávicos não encontrarem raízes para fecundarem no solo. embora, o andar seja todo ocupado pelo consultório, ele encerra em si, jaulas. vejamos, não são jaulas para aprisionar. servem o papel de libertar o animal cru, misógino, traidor, compulsivo, vicioso. injurioso e predador que destrói a condição humana. esse animal que todos se recusam a aceitar. esse animal que mata lentamente aqueles que amam, aqueles que são caminhos, aqueles que são evolução em grande escala na humanidade e, não esses que evoluem em direcção ao Ego, aos prazeres puramente sensoriais sem consciência alguma, e às estruturas quase apocalípticas de César.  tudo em César é involução Humana... o esclavagismo que impõem, é o senhor das suas direcções e dele não nasce nada a não ser abortos putrificos e sodomizados, em que, julgam que a Merda se transformará em Ouro, pois fiquem cientes, que apenas ganharão prazer temporário e sem Dourado... o Alquimista sabe que o Ouro nasce do fundo da Terra por processos únicos, e não pelo ânus, mas também sabe que em termos mundanos isto simboliza o homem preso na mais profunda cratera do materialismo condensado, onde não habitará nenhuma Luz, Fé, Esperança ou Humanidade... 
nelas, as jaulas, entram mulheres e homens, e perante a sua própria Besta possam sentir o próprio veneno a interiorizar-se contra si mesmos até à consciência plena dos seus actos, e por fim, possam meditar a Grande tabuada do Cosmos! o Anjo Caído, Lúcifer, há muito ascendeu novamente ao céu, porque ficou chocado com a própria involução animal do homem. já que, o homem, pretende virar macaco, cão, boi, veado, burro e todos os animais de 4 patas; apenas se distinguindo dos outros, pela sua capacidade de racionalizar e comunicar. haverão de ouvir-se pela primeira vez a voz da raiva, da cólera, do ódio na forma de quatro patas humanas, porque  algo haverá de falhar neste processo rumo ao fim da raça actual. os grunhidos, os rugidos, os mugidos, serão tão dementes, que a Humanidade se aniquilará numa raiva desesperada por não saber mais de si, e nem nunca ter ouvido falar do espírito iluminado humano.

a tarefa desta psicanalista do futuro é travar a queda da humanidade... transformar os homonóides adormecidos no fundo das memórias, ou do, ADN conscientes da sua natureza Besta antes regresse a esse estado de uma outra forma. o estado dos primatas e dos homonóides naquele tempo, eram outros... faltavam-lhes o Verbo... esse Pensar Racional.
Maria de Castela tem uma árdua tarefa, o de conduzir os seus pacientes à plena consciência de quem são. nunca ninguém a vê para lá dos arranhas-céus, e ela arranha todos os pacientes à exaustão até vomitarem o próprio veneno e reconhecerem o seu instinto mais arcaico e atávico para poderem processar todas as tarefas de transformação celular e anímica, e assim libertar a Humanidade que são, eles mesmos sem terem consciência disso. uma Catarse Profunda e que vai além de tudo o que se tem dito e escrito até agora. não há escolhidos, há apenas os que acordam.
 atrás de si, há uma linhagem de Homens e Mulheres que intercedem neste mapa psicológico todo. uma linhagem oculta e poderosa e que nunca morreu desde os primórdios. estudaram este tempo todo a evolução terrestre e os seres. não são o Deus e nem o Diabo, são Universais/cosmológicos e que com eles não se brincam. são verdadeiros mediadores entre forças telúricas e cósmicas.

às 8:45:00 entra o primeiro paciente. é sempre um choque... o jejum é uma norma, apenas para obrigar as defesas a baixarem... pelo menos nos primeiros 20 minutos de psicanálise, e depois um sumo de fruto será concedido e lentamente irá se alimentando de uma forma organizada.

à esquerda, da porta do consultório, está uma personagem incógnita e que profere:

« abro-te boca gigantesca e arranco-te o veneno que está inoculado nas nervuras e esfrego-te o cérebro com a tua própria merda. não quero mais colocar  paninhos suaves e doces na língua e nas mãos. usurpador da condição amorosa, triste e pálida figura; filho do Diabo mais Preto que o Preto. mentiroso por nascença, falsa é a tua retórica... tens tanta fealdade nas palavras bonitas, apenas porque elas encerram humilhações e desprezos gigantes. não és humano  e não és nada!! furúnculo que transformas a vida interior num campo Auschwitziano... nunca devolves a vida e o melhor dela. na pertença da tua grandeza és um homem tão comum como esses que desprezas... enche-te os testículos com vontade de expelir o esperma em qualquer vagina, e numa outra perspectiva, deliras com a sodomia masculina, não há grandeza nenhuma na tua actuação... envergonhas-te a Ti Mesmo... não conheces o Principio que te rege!! Não és livre, e nem sabes o que é a verdadeira Liberdade, essa que nunca te deixará perder e faltar a nenhum respeito. Liberdade externa de ires para qualquer lugar e fazeres apenas o que os teus desejos cegos querem fazer, não é nada... nada de nada!!  achas que és livre por concretizares os teus desejos? Ou serás na verdade escravo dos desejos?»

Aos poucos continuo... quando me picar a fúria...
 
in NAOSOUEUEAOUTRA

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