O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, janeiro 13, 2015

Quando a mulher confronta claramente o homem

 
UM OLHAR
 
E UM TEXTO CLARÍSSIMO...
 
"A maior parte dos homens Ocidentais não se sentem nada confortáveis quando confrontados de forma clara com a situação de subjugação a que a mulher tem sido sujeita. Reagem de forma defensiva como se lhes estivéssemos a atirar pedras e eles tivessem que se defender de uma forma também ela agressiva, com uma pedra maior. Qualquer mulher que se queira ver sujeita a enxovalhos, agressões baratas, acusações machistas entre outras manifestações desagradáveis e que em nada permitem a discussão sobre o assunto de uma forma assertiva com o teor da mensagem, verbalize de forma clara o que pensa sobre a realidade da vida das mulheres nesta sociedade herdada do pensar e da ação dos homens.
Quer isto dizer que esta conversa mexe ao nível das emoções e que dificilmente homens e mulheres sem encontram a um nível de consciência que lhes permita falar das questões relacionada com o género sem os ânimos se alterarem e diria mesmo descompensarem!...
Digamos que é algo que se vivencia diariamente no nosso quotidiano, no trabalho, na família, nos convívios sociais de forma silenciosa e permissiva. Quando alguma mulher é identificada como elemento desestabilizador desta paz podre, corre o risco de ser colocada à margem por homens e mais dolorosamente pelas próprias mulheres, que desta forma não tem como esconder de si próprias e muito menos dos homens as situações de injustiça e de desrespeito social, profissional, familiar e que se reflete de uma forma dramática nas relações afetivas e sexuais que estabelecem com os seus pares. Tudo isto é vivido no silêncio das vozes, mas sentido nos olhares, nas respirações, nos bateres de coração, nas expressões e nas nossas células que não se dão nada bem com a tensão a que são sujeitas desde que nascem neste mundo hostil a tudo o que é feminino."

 
Ana Ferreira Martins
 
 

1 comentário:

Ná M. disse...

Sim !!! os homens acabam incomodados, de uma forma ou de outra..mas é necessário a mudança..O mundo só pode florescer com o despertar feminino...