MÃE...
(...)
Vem e embala-nos,
vem e afaga-nos,
...
(...)
Vem e embala-nos,
vem e afaga-nos,
...
Vem Soleníssima
Soleníssima e cheia
De uma oculta vontade de soluçar,
Talvez porque a alma é grande e a vida pequena,
E todos os gestos não saem do nosso corpo
E só alcançamos onde o nosso braço chega,
E só vemos até onde chega o nosso olhar
Vem, dolorosa,
Mater-Dolorosa das Angústias dos Tímidos,
Turris-Erbúrnea das Tristezas dos Desesperados,
Mão fresca sobre a testa em febre dos Humildes,
Sabor de água sobre os lábios secos dos Cansados.
Vem, lá do fundo
Do horizonte lívido
Beija-nos suavemente na fronte,
Tão levemente na fronte que não saibamos que nos beijam
Senão por uma diferença na alma.
(excerto da Ode à noite de F.PESSOA)
Soleníssima e cheia
De uma oculta vontade de soluçar,
Talvez porque a alma é grande e a vida pequena,
E todos os gestos não saem do nosso corpo
E só alcançamos onde o nosso braço chega,
E só vemos até onde chega o nosso olhar
Vem, dolorosa,
Mater-Dolorosa das Angústias dos Tímidos,
Turris-Erbúrnea das Tristezas dos Desesperados,
Mão fresca sobre a testa em febre dos Humildes,
Sabor de água sobre os lábios secos dos Cansados.
Vem, lá do fundo
Do horizonte lívido
Beija-nos suavemente na fronte,
Tão levemente na fronte que não saibamos que nos beijam
Senão por uma diferença na alma.
(excerto da Ode à noite de F.PESSOA)
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