O CÁLICE
"Assim como o filho da Deusa foi também outrora o seu consorte, na mitologia cristã "Cristo" é, também o noivo de Maria - a Madre Igreja, sua mãe". A pia , ou o cálice, baptismal, tão essencial aos ritos cristãos, é ainda o antigo símbolo feminino do vaso ou receptáculo da vida, como o baptismo, como o descreve o mitógrafo junguiano Erich Neumann, significa "o regresso ao misterioso útero da Grande Mãe e à sua água da vida."
"O CÁLICE E A ESPADA" De Riane Eisler
O VASO DA TRANSFORMAÇÃO
"O Vaso da Transformação só pode ser efectuado pela mulher,
porque ela própria, em seu corpo que corresponde ao da Grande Deusa, é o caldeirão da encarnação, nascimento e renascimento. E é por isso que o caldeirão mágico está sempre nas mãos de uma figura humana feminina, a sacerdotisa e a bruxa".*
...
“A água é o leite vital do corpo do mundo, e o espaço cósmico é um mar de leite”.
Agora que já temos uma noção razoável do amplo escopo do Grande Feminino, que na verdade abrange quase tudo – céu, água e terra, e até fogo – na forma de filho por ele gerado e nele contido -, compreende-se por que esse Feminino não pode ser identificado em hipótese nenhuma, com o telúrico-ctônico, com o meramente terreno e inferior, no que tanto insiste posteriormente o mundo patriarcal mascul...ino, com suas religiões e filosofias. A totalidade do Grande Feminino vai muito mais além da projecção em que ela une os elementos terra, água, ar e fogo. (...)
Entre as experiências mais impressionantes da humanidade estão aquelas relacionadas com a dependência que todos os corpos luminosos e todos os poderes celestes e deuses têm da Grande Mãe, bem como a sua ascensão e seu declínio, o seu nascimento e a sua morte, a sua transformação e a sua renovação. Não só a alternância noite-dia, mas também a mudança dos meses, das estações e dos anos estão subordinados à omnipotente vontade da Grande Mãe.”*
*In A GRANDE MÃE – ERICH NEUMANN
Agora que já temos uma noção razoável do amplo escopo do Grande Feminino, que na verdade abrange quase tudo – céu, água e terra, e até fogo – na forma de filho por ele gerado e nele contido -, compreende-se por que esse Feminino não pode ser identificado em hipótese nenhuma, com o telúrico-ctônico, com o meramente terreno e inferior, no que tanto insiste posteriormente o mundo patriarcal mascul...ino, com suas religiões e filosofias. A totalidade do Grande Feminino vai muito mais além da projecção em que ela une os elementos terra, água, ar e fogo. (...)
Entre as experiências mais impressionantes da humanidade estão aquelas relacionadas com a dependência que todos os corpos luminosos e todos os poderes celestes e deuses têm da Grande Mãe, bem como a sua ascensão e seu declínio, o seu nascimento e a sua morte, a sua transformação e a sua renovação. Não só a alternância noite-dia, mas também a mudança dos meses, das estações e dos anos estão subordinados à omnipotente vontade da Grande Mãe.”*
*In A GRANDE MÃE – ERICH NEUMANN
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