O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, abril 22, 2017

A mulher terra e raiz...



A MULHER INTEIRA - a mulher terra e raiz...

(...) A Mulher que quiser ser Mulher inteira tem de definitivamente resgatar o seu ser de dentro dela própria, ir alem de todos os estereótipos, tem de se recuperar inteiramente de uma velha fracção - de fraccionar: partir, dividir, fragmentar, seccionar, romper - do seu ser em duas ou mais e que se baseia na sua divisão interna em duas mulheres, a santa e a puta, e para isso tem que recuperar a sua identidade profunda, ir ao mais fundo de si e da sua psique e integrar a sua totalidade MULHER.

As mulheres em geral, sejam elas jovens maduras ou velhas, sejam elas homossexuais bissexuais ou heterossexuais…serão sempre Mulheres se forem fiéis à sua natureza profunda, onde nascem mulheres e não se deformam, e são Mulheres em si antes da moral e da cultura, mas elas só terão acesso a essa Mulher Raiz se acordarem em si esse potencial interior e despertaram por elas mesmas (sem o conceito ou ideia drama ou ficção do seu anulamento no príncipe encantado, no homem de sucesso ou no macho alfa) porque dentro da mulher há um manancial enorme de amor, uma fonte…de poder e beleza que só por si lhe pode valer uma totalidade de SER!
Para se encontrarem a si mesmas, bastaria às mulheres  serem  fiéis a essa essência e a si próprias a partir dos movimentos da vida que se geram autónomos dentro do seu ser - para lá da gravidez gestação e parto - a fim de descobrir esse Amor raiz centrado em si e a partir de si; nessa altura a mulher autónoma conheceria o seu potencial e saberia ver o seu real valor, o seu valor intrínseco e assim também reconheceria o valor da outra mulher, de qualquer mulher, sem precisar de depender de ninguém em especial nem do sexo, nem de remédios, nem de estímulos exteriores para se sentir mulher e viva e plena! E isso pode acontecer a todas as mulheres que se busquem e encontrem dentro de si nas raízes mais fundas do seu SER, no sentido mais puro da vida, que reside no seu âmago e não fora, no outro, seja o amante seja o filho. Então e só então elas verão por si mesmas como foram anuladas da sua identidade e como sofreram toda a sua vida sujeitas à milenar exploração do Homem e como seres humanos  explorados por outros; veriam como o Sistema usou a mulher e a fez escrava de um escravo, o Homem que nesta sociedade  de domínio a tem usado e explorado o seu corpo e o seu sexo e que até aos nossos dias a usa e abusa dela, a subestima, despreza e maltrata.

Republicando

Excerto de texto in mulheres & deusas

rosaleonorpedro

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