O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, novembro 25, 2020

ANTES DA "PANDEMIA"... UM RASTILHO!

REPUBLICANDO (escrito em 2016)

 GRANDE EXPLORAÇÃO DO SER HUMANO COMEÇA NA exploração abjecta da mulher corpo objecto...e da Natureza MÃE!

AGORA MAIS DO QUE NUNCA...

Se olharmos bem para a Planeta o que vemos é perfeitamente assustador e a nível humano e pessoal não há já ninguém que não se dê conta das alterações climáticas nem do ritmo acelerado das intempéries assim como todo o tipo de epidemias e doenças ou da ameaça constante da Guerra se alastrar assim como a fome… 

O rastilho arde… 

E vemos a Terra-Mãe, esta Terra abundante e resplandecente a ser totalmente desrespeitada pela agressão e violência dos homens de poder e os senhores da Guerra. Os políticos e os Media ao serviço dos poderes que devastam o planeta, pelas economias de mercado e os seus interesses financeiros, pensam apenas no seu triunfo (o triunfo dos porcos”?) e no sucesso das suas políticas globais e interesses de audiências, sem qualquer ética ou consciência do perigo a que toda a Humanidade está sujeita!
As massas alienadas pelo futebol mundial, associado ás indústrias do sexo, difundidas largamente pelos Media, favorecem as máfias de exploração e escravização das mulheres e crianças em todo o mundo que as leva para a prostituição organizada ao mais alto nível, sendo mais um flagelo para o qual as pessoas também de “elevado” estatuto social e económico, as elites e os governantes nada fazem nem querem saber.
A alienação do Princípio Feminino e da Terra Mãe é tal que em nome de uma pretensa liberdade aceita-se sem espírito crítico nem ético, organizações que promovem “Feiras de Erotismo” – a mais completa e insana pornografia - como feiras de gado em que as mulheres são expostas e se expõem como animais de circo na mais baixa e repulsiva prática-amostra do sexo abjecto-objeto, ficando os homens a olhar para as mulheres como quem olha para gado bovino (e não é por acaso que lhes chamam “vacas”) e mesmo no caso dos animais de circo e outros animais mal tratados e abandonados, para não falar do crime organizado contra as baleias e os golfinhos, toda o mercantilismo dos seres vivos, seja da fauna seja da flora, nomeadamente a forma como as mulheres e os animais são tratados em sociedade reflectem a nossa miséria humana. Miséria moral e nacional que discute o destino de um feto e não vê a par disso a exploração do corpo da mulher…
Miséria mais do que miséria comparável a dos mais miseráveis indigentes é aquela que nos permite coabitar na maior indiferença e alienação com as práticas mais monstruosas da violação não apenas dos direitos humanos, mas da essencial dignidade que começa a faltar ao ser humano comum, que se acomoda diante da violência, da violação ou da guerra como se um filme de ficção se tratasse…
Sonâmbulos, drogados do consumo, presas as consciências numa matriz de controlo que domina o Planeta através da televisão, que fomenta os ódios raciais e as guerra, as pessoas simples ou analfabetas são mantidas na mais elementar ignorância e as outras, meras consumidoras de culturas de plástico, anestesiadas pelo ecrã e pelas modas, enquanto as mais ressentidas com o consumismo a que não têm acesso, a ficar perigosamente identificados com os heróis cultivados pelos filmes de terror e crime, começando a matar violando e roubando, alastrando assim essas práticas ao quotidiano das cidades, vilas e mesmo aldeias. (...)
Estamos todos a ir contra a corrente da Vida, a ir contra a Natureza-Mãe, a destruir a Terra que nos alimenta; estamos todos a caminhar a passos largos para um abismo sem fazer nada dando por garantido a água o ar e a comida… sem ver que a precariedade não é só dos salários nem da reforma, mas da Consciência Colectiva que nos falta e dita a nossa miséria humana!
Se os homens continuarem a querer submeter as forças da natureza e a destruir o Planeta, qualquer dia acordamos todos debaixo da ponte se acordarmos vivos de um tsunami ou algo parecido…

Onde iremos parar se isto continuar assim e sem que acordemos essa verdadeira CONSCIÊNCIA DO SER MULHER?


rosaleonorpedro
in mulheres e deusas - 2006

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